O Brasil pode se tornar uma referência mundial em energia limpa e desenvolvimento sustentável, com esforços modestos na agricultura, combate ao desmatamento, geração de energia e reforma urbana.
É o que aponta o Relatório sobre Clima e Desenvolvimento, do Banco Mundial, para o Brasil que, segundo a instituição, tem posição privilegiada para combater a mudança climática e, ao mesmo tempo, impulsionar seu desenvolvimento econômico.
De fato, a mudança climática representa uma grande ameaça aos objetivos de desenvolvimento no longo prazo, exigindo ações mais contundentes dos países para reduzir as emissões de carbono.
Ocorre que os efeitos da mudança do clima afetam desproporcionalmente os países, com mais impacto sobre as populações mais pobres em nações emergentes, como o Brasil.
Por isso, o Banco Mundial afirma que, se não houver avanços no país para combater o aquecimento global e promover o desenvolvimento sustentável, até 3 milhões de brasileiros a mais podem entrar na extrema pobreza até 2030.
É, portanto, um tema de extrema relevância para o futuro do país e requer ações imediatas para que possamos aproveitar todo o potencial que nosso vasto território tem para produzir energia limpa e renovável, preservando nossas florestas e criando novas soluções tecnológicas para a indústria do amanhã, como o hidrogênio verde.
Neste artigo, vamos apresentar os principais pontos do Relatório sobre Clima e Desenvolvimento, do Banco Mundial, para o Brasil e mostrar por que os investidores devem se posicionar estrategicamente hoje para surfar o crescimento da economia verde amanhã.
Os tópicos que vamos abordar a partir de agora são os seguintes:
Brasil pode combater a desigualdade social com desenvolvimento sustentável
É possível realizar esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e, ao mesmo tempo, promover o desenvolvimento econômico e a qualidade de vida da população.
Esse é justamente o caso do Brasil que, na visão do Banco Mundial, tem todas as condições para se tornar uma potência verde e servir de referência para os efeitos benéficos do combate ao aquecimento global, principalmente para os mais pobres.
Isso porque as mudanças climáticas já estão alterando os padrões de temperatura e o regime pluviométrico no Brasil, reduzindo a disponibilidade de água e provocando secas prolongadas, o que afeta de maneira mais intensa a agricultura familiar de baixa renda.
Além disso, o aquecimento global tem implicações para a energia hidrelétrica, a agricultura e o uso urbano da água, além de ameaçar os ecossistemas únicos do Brasil, especialmente os biomas Amazônia e Cerrado.
De acordo com o relatório:
Eventos climáticos extremos, tais como secas, enchentes repentinas e inundações fluviais nas cidades causam perdas de R$ 13 bilhões (ou 0,1% do PIB de 2022) ao ano em média. Os desastres também impactam significativamente a infraestrutura de transporte e energia do Brasil, afetando a competitividade econômica. A população pobre de regiões urbanas, principalmente os moradores de assentamentos informais, é especialmente vulnerável.
O Banco Mundial explica ainda que, embora o Brasil tenha reduzido bastante o contingente populacional em situação de pobreza extrema nas últimas três décadas, esse avanço acabou tendo uma reversão desde a desaceleração econômica de 2015–2016, tendo chegado a cerca de 5,8% em 2021.
Cabe lembrar ainda que, nos próximos anos, a pobreza pode ser exacerbada no país devido à redução do rendimento agrícola por conta do clima, o que pode alterar os preços dos alimentos e impactar a saúde e a produtividade do trabalho.
Dependendo do caminho de desenvolvimento subjacente, o aumento resultante da pobreza extrema pode variar de 0,4% a 1,3% da população até 2030.
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Objetivos climáticos não comprometem o desenvolvimento econômico
Os objetivos climáticos podem ser alcançados sem comprometer o desenvolvimento econômico, mas apenas se algumas condições forem atendidas, segundo o Banco Mundial, com destaque para:
- ações climáticas bem projetadas;
- forte participação do setor privado;
- apoio internacional adequado; e
- medidas complementares para gerenciar compensações inevitáveis, proteger o consumo dos pobres e facilitar uma transição justa.
Um fator que pode acelerar o avanço brasileiro nesse campo é justamente as ótimas condições existentes no país para a geração de energias renováveis alternativas, como a energia solar e a eólica.
O país já possui uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo, porém pode avançar muito mais em novas modalidades de geração de energia, principalmente na modalidade de geração distribuída, em que a eletricidade é produzida de forma descentralizada, mais perto das unidades consumidoras.
O perfil de emissões brasileiro apresenta opções de baixo custo para reduzir as emissões gerais do país, ao mesmo tempo em que melhora a sua resiliência aos riscos climáticos e mitiga o risco de chegar ao ponto de inflexão.
O Banco Mundial aponta ainda que o Brasil tem todas as condições para acabar com o desmatamento ilegal até 2028 e zerar as emissões liquidas até 2050, o que poderia remover volumes significativos de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e mitigar o aquecimento global.
Além disso, tais ações ajudariam a preservar serviços ecossistêmicos vitais para os setores agrícola, energético e urbano.
A grande parcela de energia renovável e o potencial brasileiro para a produção de bens e serviços ecológicos colocam o país em vantagem competitiva no fornecimento dos produtos necessários para a descarbonização, incluindo minerais verdes, hidrogênio verde e produtos ecológicos manufaturados.
O Brasil já é competitivo em vários produtos necessários para a descarbonização, como os relacionados à cadeia de valor de turbinas eólicas e peças para motores e geradores elétricos, além de contar com outras oportunidades para diversificar as cadeias de valor de energia solar.
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Investimentos modestos podem tornar o Brasil uma potência verde
Uma matéria publicada no Correio Braziliense, assinada por Mariana Albuquerque, afirma que o Brasil está em posição favorável para enfrentar com sucesso as mudanças climáticas.
A reportagem também se baseia no Relatório sobre Clima e Desenvolvimento para o Brasil, divulgado pelo Banco Mundial, apontando que o país pode se tornar uma potência global em energia limpa, salvar a Amazônia e, ao mesmo tempo, proporcionar uma vida melhor à população.
O Brasil pode expandir a economia e combater as mudanças climáticas com investimentos relativamente modestos em agricultura, combate ao desmatamento, energia, cidades e sistemas de transporte.
Um fator que colabora para o cenário, segundo a matéria, é a posição privilegiada do país em termos de acesso a energias renováveis.
Entre as principais recomendações do Banco Mundial para o Brasil estão:
- cumprir a promessa de zerar o desmatamento ilegal até 2028;
- fortalecer a agricultura inteligente em termos de clima;
- realizar intervenções em toda a economia;
- acelerar reformas;
- promover o manejo de terra e usos sustentáveis;
- melhorar a eficiência energética;
- investir em soluções baseadas na natureza;
- e capitalizar as vantagens do país em energia renovável.
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