A energia solar está vivendo um verdadeiro boom no Brasil, com projetos espalhados por todo o país e investidores interessados em surfar essa onda de crescimento com excelentes perspectivas de retorno.
Após ultrapassar a marca de 32 GW de potência instalada, a energia fotovoltaica se consolidou como a segunda fonte mais importante da nossa matriz elétrica e avança a cada dia.
Entre os fatores que explicam essa forte expansão está a queda de custos, os incentivos governamentais, as excelentes condições de geração, a demanda crescente com a chegada de veículos elétricos e, principalmente, a necessidade de diversificar nossa matriz, ainda muito dependente de barragens.
Diante desse cenário promissor, a Bloxs ouviu especialistas e elaborou o guia Lucrando com a Transição Energética, contendo insights e perspectivas de grandes gestores que avaliam e investem em projetos de energia solar.
No artigo de hoje, vamos entender melhor a visão de Márcio Paiva, Head de Originação da Bloxs, que fornece uma análise do contexto atual do setor e explica o cenário de captação de projetos nos próximos anos.
Os tópicos que vamos abordar a partir de agora são os seguintes:
Um mercado que pode atingir mais de R$ 2 trilhões no país
Desde a aprovação do primeiro marco regulatório da geração distribuída, em 2012, a energia solar já trouxe ao Brasil cerca de R$ 155,2 bilhões em novos investimentos, gerando mais de 960 mil empregos e evitando a emissão de 40,6 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
Esses dados comprovam que o setor está em franca expansão e se tornou uma peça-chave para o desenvolvimento econômico e social no país.
E isso não é à toa: com diferentes aplicações, como sistemas instalados em residências, empresas, escolas, hospitais e outros estabelecimentos, até usinas centralizadas abastecendo cidades inteiras, a energia solar está ajudando a reforçar e diversificar nossa matriz elétrica.
Veículos elétricos e hidrogênio verde impulsionam demanda
E os investidores estão de olho nessa expansão: um estudo do Portal Solar projeta que a demanda extra por energia elétrica nos próximos anos, devido à eletrificação da frota de veículos e à produção de hidrogênio verde, deve movimentar o mercado nacional de energia solar em cerca de R$ 2,2 trilhões até 2050.
Isso porque a energia solar fotovoltaica é vista como a tecnologia mais viável para atender o crescimento do consumo de energia no país, graças à redução dos preços dos equipamentos e ao aumento na geração de energia por metro quadrado de placas solares.
Não é segredo que o Brasil é um dos países mais privilegiados quando o assunto é incidência de irradiação solar, e a tecnologia será fundamental para atender o aumento da demanda nos próximos anos, que exigirá a adição de cerca de 540 GW em sistemas fotovoltaicos, incluindo sistemas centralizados e distribuídos, além de aplicação de baterias para armazenamento energético.
De acordo com Márcio Paiva, Head de Originação da Bloxs, a energia solar é vista como protagonista nesse cenário, com base em sua competitividade e atratividade em relação a outras fontes renováveis.
Estamos vendo uma revolução na indústria automotiva, com a rápida eletrificação da frota e a necessidade de atender ao aumento da demanda que deve crescer exponencialmente nos próximos anos. Estudos mostram que a migração total para veículos elétricos traria uma demanda adicional de 403 TWh/ano, o que exigiria cerca de 270 GW de capacidade instalada em energia solar na matriz energética brasileira.
Nesse sentido, Márcio reforça que as perspectivas para quem deseja investir no setor são extremamente promissoras, fazendo com que projetos de energia fotovoltaica se tornem importantes ativos geradores de renda e valorização de capital.
Precisamos considerar ainda nessa conta outros fatores que impulsionarão a demanda por energia nos próximos anos, como o crescimento do PIB, a eletrificação de outros setores industriais e a produção de hidrogênio verde.
Investindo na expansão da energia solar no brasil: oportunidades e vantagens
Essa vigorosa expansão da energia solar no Brasil está sendo financiada por diversas fontes, como instituições financeiras públicas, privadas, cooperativas de crédito e até mesmo fintechs.
A Bloxs entrevistou recentemente especialistas e gestores com projetos de energia solar na carteira para saber por que é interessante ter esse tipo de ativo no portfólio. Entre os pontos destacados no guia Lucrando com a Transição Energética, podemos destacar:
- Ambiente regulatório estável: o setor de energia possui um ambiente regulatório estável e testado, o que historicamente manteve um bom nível de rentabilidade para os investidores.
- Segurança e crescimento do setor: a energia renovável, especialmente a solar, tem um papel estratégico no mundo e promove o desenvolvimento econômico sustentável. O Brasil, como país emergente, está buscando diversificar suas fontes energéticas e aumentar a eficiência da geração, criando um ambiente propício para investimentos.
- Oportunidades na geração distribuída: a geração distribuída, com destaque para projetos fotovoltaicos, tem se mostrado mais assertiva e previsível em relação a riscos construtivos, tornando-se uma opção atrativa para investidores.
- Ótimas condições de geração: o Brasil tem extensas áreas com grande incidência de radiação solar e alto potencial para geração de energia eólica e biomassa. Além disso, o país pode se tornar uma potência energética e exportar energia verde para o mundo, incluindo a produção de hidrogênio verde para exportação.
- Perspectivas promissoras: a energia limpa e o foco em usinas solares em geração distribuída são uma opção estratégica para os investidores, diante da crescente demanda que o setor deve registrar nos próximos anos, impulsionada principalmente pelos veículos elétricos e a produção de hidrogênio verde.
Todas essas vantagens estão atraindo investidores que desejam participar da expansão do setor, principalmente através do investimento direto, que costuma trazer resultados mais robustos no curto prazo.
Como explica Márcio Paiva, Head de Originação da Bloxs:
O investimento direto em energia nem sempre esteve ao alcance do pequeno investidor, já que esse tipo de operação estava restrito a investidores qualificados, com milhões em patrimônio financeiro investido, devido às regras da CVM. No entanto, a evolução do mercado de capitais, principalmente com o surgimento das fintechs, está permitindo que mais projetos sejam concretizados, tanto na modalidade de crédito quanto de participação societária.
E a Bloxs é uma das plataformas de investimentos alternativos que está liderando esse movimento, com projetos de energia solar fotovoltaica de excelente qualidade e altas taxas de retorno, localizadas em setores estratégicos do país.
Nos últimos anos, a Bloxs já ajudou a captar cerca de R$ 40 milhões em empreendimentos no setor, reforçando sua equipe de análise de projetos e implementando tecnologias próprias para acelerar a seleção dos melhores ativos.
Insights sobre cenário atual e perspectivas para o setor de energia
Marcio Paiva, Head de Originação da Bloxs, é um dos diversos especialistas que ouvimos para elaborar o guia Lucrando com a Transição Energética, e ele compartilhou insights importantes para quem deseja se posicionar estrategicamente no setor de energia renovável.
Confira a seguir um trecho da entrevista que realizamos com ele e saiba mais sobre o atual cenário do setor e suas perspectivas para os próximos anos:
- Bloxs: Como o mercado está avaliando os investimentos em energia, especialmente em fontes renováveis e energia solar? Quais são os pontos positivos e negativos? Como está a situação?
Marcio Paiva: Investir em energia é considerado seguro, pois há proteção contra inflação e uma correlação positiva com o crescimento do PIB. Isso traz tranquilidade aos investidores. No Brasil, a energia é essencial para uma sociedade produtiva, e investir nesse setor é atrativo, pois a demanda por energia cresce proporcionalmente ao crescimento da economia.
- Bloxs: E quais são os produtos específicos de investimento em energia? Quais são as vantagens e riscos desses produtos?
Marcio Paiva: Existem diferentes produtos de investimento em energia, como fundos de investimento imobiliário, debêntures, e participação direta em usinas. Um dos principais riscos é quando a usina ainda não está pronta, mas isso pode ser mitigado com a contratação de seguros. É importante verificar a empresa por trás do projeto e exigir garantias antes de investir.
A demanda por energia renovável no Brasil é alta, e o mercado de capitais está atraído por esses projetos devido à previsibilidade e à segurança que eles oferecem. As taxas de retorno são atrativas, e os investidores estão dispostos a financiar esses projetos de longo prazo.
- Bloxs: E o governo tem um papel importante no desenvolvimento da energia renovável?
Marcio Paiva: Sim, o governo tem um papel crucial no desenvolvimento da energia renovável. O Brasil precisa investir em infraestrutura e regulamentação para atrair mais investidores para o setor de energia. Reduzir a taxa de juros também pode impulsionar o crescimento desse mercado. Além disso, o governo pode incentivar projetos de energia verde e estabelecer políticas favoráveis para promover o desenvolvimento sustentável.
- Bloxs: Você acredita que a energia renovável pode se tornar o grande protagonista para o crescimento econômico no Brasil?
Marcio Paiva: Sem dúvida, a energia renovável tem um enorme potencial para impulsionar o crescimento econômico do país. Com a demanda crescente por energia e a conscientização sobre a importância da sustentabilidade, investir em fontes renováveis é uma oportunidade de negócio promissora. Além disso, o país pode se beneficiar das exportações de energia verde para outros países, impulsionando ainda mais o setor.
- Bloxs: Com base no cenário de crédito atual, você acredita que há recursos suficientes para atender a essa crescente demanda por energia renovável?
Marcio Paiva: Com certeza, os investidores estão interessados em projetos de energia verde devido à sua previsibilidade e segurança. O mercado de capitais e bancos estão dispostos a financiar esses projetos, desde que apresentem riscos mensuráveis. Com o crescimento contínuo da economia e o foco no desenvolvimento sustentável, o setor de energia renovável deve atrair ainda mais investimentos.
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