Quer aprender a investir no vinho?
Investir em vinho tem as suas sutilezas. Pode ser que você não tenha um paladar para vinho, como um sommelier, porém nem precisa ter.
Hoje em dia, investir em vinho já não é mais um passatempo de elite!
Existem bolsas de valores de vinhos, fundos de investimentos específicos no assunto e soluções profissionais de armazenamento das garrafas à medida que elas envelhecem.
Há muitos caminhos (digamos fáceis e acessíveis) para comprar e vender esses bens.
Neste artigo, vamos mostrar tudo o que precisa saber sobre como investir em vinho e entrar no mercado financeiro de investimentos alternativos.
Ao longo do texto, iremos abordar sobre:
- Porquê investir em Vinho?
- O que é o Investment-Grade Wine?
- Formas de Investir em Vinho.
- Investir em Vinho em Cinco Passos – Como Fazer Você Mesmo.
O que é um investimento em vinho?
A qualidade e a escassez do vinho fino melhoram com o tempo e o seu valor corresponde. Esta é a principal característica do investimento.
Em alguns casos, você pode não possuir fisicamente a garrafa de vinho que comprou. Pode deixá-las guardadas durante anos, até obter lucros, em locais apropriados para isso; de forma profissional.
Se o armazenamento do vinho não for para você, há outras opções como a compra de ações e os fundos de “blue-chip”.
Por quê investir em vinho?
Investir em vinho é uma opção de investimento alternativo rentável para investidores e apreciadores de vinho. O objetivo principal é diversificar a carteira.
Além disso, o vinho fino tem uma baixa correlação com o mercado de bolsas, ou seja, uma oscilação da economia que impactaria a bolsa, pouco iria afetar o investimento alternativo.
Veja como:
O mercado do vinho fino tem tido um desempenho superior ao da maioria das ações e dos fundos negociados em bolsa (ETF) e é menos volátil do que o imobiliário ou o ouro.
Mais importante ainda, nos últimos 15 anos, tem proporcionado 13,6% de rendimentos anuais.
É possível investir em vinho fino para:
- Diversificar a sua carteira de investimentos ou classe de ativos;
- Gerir o risco da sua carteira;
- Equilibrar a volatilidade do mercado.
O que é o Investment-Grade Wine?
Um vinho fino que aumenta de valor após cinco anos, é conhecido como Investment-Grade Wine.
Características dos Investment-Grade Wine
Um exemplo de sucesso e rentabilidade é de 12 garrafas de Domaine de la Romanée-Conti, da safra de 1988, que foi vendida por 305.000 dólares em 2019.
É um bom negócio, não?
Mas como é que se identificam grandes oportunidades de investimento como esta?
O vinho vale o seu dinheiro se ele tiver os seguintes elementos:
Idoneidade
Os vinhos mais badalados ficam realmente melhores com a idade?
Para ser suscetível ao investimento, precisa saber se um vinho é digno de ser envelhecido ou não. Deve ter a mistura certa de acidez, álcool, sabor e taninos para aumentar a sua qualidade à medida que envelhece.
Escassez
Os vinhos finos são finitos e diminuem em quantidade ao longo do tempo. Os vinhos de edição limitada são normalmente caros e mais valiosos.
Os vinhos que ainda estão no barril são mais baratos e a primeira oportunidade para comprar um vinho de colheita.
É possível comprar enquanto ainda está no barril. É mais arriscado, mas poderá aumentar as suas margens caso o preço venha a subir depois de serem engarrafados e armazenados.
Avaliações da crítica
Vinhos de alta qualidade, que são classificados como “clássicos” ou equivalentes ( em uma escala de 0 a 100, 95 é uma excelente opção), são dignos de investimento.
Pedigree
Os vinhos de investimento são feitos por vinicultores de elevada reputação. Os vinhos produzidos na região de Bordéus, Borgonha, Vale do Ródano, Toscana em Itália e em outras zonas designadas como “zonas vinícolas” tendem a ser mais valiosos ao longo do tempo.
Longevidade
Os vinhos finos atingem o pico de maturação pelo menos 10 anos após o engarrafamento, podendo envelhecer por mais de 25 anos.
Apreciação do preço
O preço do vinho deve ter apreciado durante um período de 10 anos, ou mais.
Posso investir em um vinho novo, sem históricos? Como saber se é um bom investimento ou não?
Verifique o histórico de valorização do preço das colheitas anteriores da mesma adega. Se há um histórico de colheita excepcional e é produzido numa região famosa como Bordéus ou Borgonha, tem uma boa perspectiva de valorização futura.
As 3 formas fundamentais de investir em Vinhos
Comprar e vender grandes vinhos e champanhes pode parecer uma proposta complexa, assim como investir em whisky.
Mas desde que compreenda o mercado, tudo ocorrerá bem!
Investir em Vinho em Cinco Passos – Como Fazer Você Mesmo.
Passo 1. Pesquise sobre Vinhos
Faça uma investigação exaustiva sobre todos os detalhes da operação, desde os vinicultores até o históricos de colheitas.
Veja os resultados dos leilões e acompanhe os dados do mercado de trocas de vinhos online, como o London International Vintners Exchange (Liv-Ex).
Examine as críticas de vinhos e os detalhes do fabricante em sites como o Wine Searcher e o Wine Spectator.
Passo 2. Compra de fundos em ativo real
Você também pode colocar o seu dinheiro em fundos de vinho individuais com bom desempenho ou em Estoques de Vinho como Truett-Hurst, Constellation Brands ou Diageo.
Passo 3. Onde você irá comprar as garrafas
Outra opção é comprar você mesmo garrafas de vinho e armazená-las até a sua valorização.
Mas, será tão simples como parece? Vamos analisar os detalhes.
- Decida qual será a origem dos vinhos que quer comprar
Você pode comprar vinho fisicamente através de vários canais.
Alguns deles são:
Leilões: Pode realizar a licitação pessoalmente em leiloeiros como a Sotheby’s Wine, Christie’s, e Acker Merrall. E também pode optar por leilões online através de plataformas como WineCommune, VinFolio, e Spectrum Wine Auctions.
Para se favorecer com o menor preço e impostos mais baixos, pode também aproveitar oportunidades de negociação (arbitragem) entre os três grandes mercados: Nova Iorque, Londres e Hong Kong.
Através de um corretor: Os corretores de vinhos oferecem serviços de aconselhamento personalizado, bem como transações e comércio em seu nome.
Bolsas de Valores de Vinhos: As bolsas de valores de vinhos possíveis são Cavex, Liv-Ex e Berrys’ Broking Exchange. Elas têm uma boa coleção de vinhos finos que podem ser comprados internacionalmente.
Adegas: Compre vinhos diretamente de uma adega ou vinhedo reconhecido. Eles irão se valorizar na sua própria casa. Um porém é que as adegas, que transacionam internacionalmente, possuem alguns regulamentos que impedem a livre comercialização do ativo.
Lojas especializadas: Algumas lojas boutique, que comercializam vinhos, armazenam uma seleção de vinhos finos, que se incluem nos investimentos alternativos.
Passo 4 – Como armazenar os vinhos?
O armazenamento é fundamental para os investimentos a longo prazo.
Se descuidar do armazenamento das garrafas, ele perderá o sabor com o tempo, ou pode amadurecer muito cedo. Ambas as situações fazem o seu investimento despencar.
Você tem duas opções:
Armazenar o vinho por conta própria: é uma possibilidade guardar o vinho numa área de armazenamento personalizada e climatizada em sua casa.
Terá que ter uma adega ou comprar uma unidade de refrigeração de vinho. Ter cuidado com a temperatura (cerca de 13° C), controle de umidade (60% de umidade relativa), e deve ser mantido longe da luz.
Além dos custos de armazenamento, também tem que suportar os custos de seguro e manutenção das suas instalações.
Armazenamento do vinho num local profissional: a outra opção é armazenar o seu vinho numa adega com infraestrutura adequada.
Utilize instalações oferecidas por leiloeiros e bolsas, ou armazenamentos especializados em vinhos, como as utilizadas pela Vinovest.
Paga-se uma taxa pelos seus serviços (incluindo seguro), mas garante condições de armazenamento exigentes com as normas do segmento. Isto garante segurança e estabilidade ao ativo durante longo prazo.
Passo 5 – Decida onde quer vendê-lo
Há várias formas de vender o seu vinho.
Leilões: Os leilões presenciais e online são a forma mais popular de vender vinhos. A comissão cobrada numa casa de leilões on-line seria inferior à de uma casa de leilões física como a Sotheby’s.
Bolsas de Valores de Vinhos: Bolsas de vinhos (como a Cavex e Liv-Ex) facilitam a venda entre investidores. Paga-se uma comissão de venda à bolsa, normalmente inferior a 10%.
Diretamente a outro colecionador: É possível vender a sua coleção de vinhos a colecionadores ou a entusiastas do vinho.
Quatro dicas que vão lhe ajudar a investir em Vinhos
Aqui estão quatro dicas de especialistas em vinhos para te ajudar a entrar no mercado de investimentos alternativos.
a) Entenda os Riscos do Mercado
Os vinhos finos são conhecidos por serem menos voláteis do que a maioria dos outros ativos reais, do segmento de investimento alternativas.
Não deixa de haver riscos. Os vinhos caros podem ser mal manuseados ou danificados em armazém ou em trânsito, ou devido a uma catástrofe natural, por exemplo.
O valor do vinho não aumenta para sempre. Existe um pico a ser atingido. Após uma certa idade, o vinho perde o aroma e, consequentemente, reduz de valor. Também é difícil prever o momento certo para a sua venda.
Deve-se ficar atento a fraudes. Há casos de vinhos finos sendo fraudados. Mitigar este risco é fundamental para ter boa rentabilidade no ativo.
b) Deve controlar os custos, incluindo os tributos
O vinho tem uma duração de vida limitada (menos de 50 anos) e diminui irreversivelmente de valor ao longo do tempo.
Nos países como a Áustria, a Alemanha, a França, o Reino Unido e Hong Kong, os vinhos não são taxados, no entanto, vinhos com vida útil com mais de 50 anos não possuem isenção de impostos.
Em paraísos fiscais, como as Bermudas e Panamá, também não há incidência de tributação sobre estes ativos.
Porém, na maioria dos outros países há legislação específica para investimentos em vinhos. Tem que conhecê-la para que os tributos não depreciem os ativos.
Os custos de transporte também serão aplicáveis quando os seus vinhos são enviados por empresas especializadas em transporte de vinho.
c) Conheça a procedência da vinícola
A história, a origem, a autenticidade, o ciclo de vida e o armazenamento de um vinho é conhecida como a sua procedência.
Ela é tão importante, pois irá ajudá-lo a pagar o valor justo e vender com rentabilidade.
- É necessário rastrear a origem da vinícola no detalhe.
- Deve obter um certificado de autenticidade.
- Verificar o histórico do produto e suas avaliações.
- Revisar (sempre) as condições de armazenamento e localização.
D. Empresas especializadas em vinho
Por mais que o vinho seja um ativo real e esteja inserido como Investimento Alternativo, é arriscado seguir uma abordagem “faça você mesmo”.
Deve haver especialistas por trás da operação para que você consiga mitigar os riscos e obter excelentes rentabilidades.
Se não contar com empresas que entendam da operação, irá gastar tempo e conhecimento. E se você pode contar com gestores especializados em vinho, por que não usar desta estratégia?
Deixe que os especialistas façam isso para você: selecionar os melhores vinhos, gerir o portfólio e garantir a autenticidade dos ativos.
Conclusão
O intercâmbio entre os ativos reais (vinhos) e as plataformas eletrônicas trouxeram novos níveis de eficiência e transparência a um mercado tradicionalmente fechado.
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