Em um mundo repleto de desafios econômicos e políticos, os ativos alternativos podem ser a resposta que os investidores procuram para ter uma rentabilidade acima da média, protegendo-se dos riscos do mercado financeiro.
Essa é a avaliação de Leandro Miranda, profissional com mais de 30 anos de experiência nos mercados financeiros, em um artigo publicado recentemente no Valor Econômico.
Na visão de Miranda, em ambientes como esse, marcados pelo conservadorismo na gestão financeira e operacional das empresas, o espírito empreendedor percebe inúmeras oportunidades de crescimento orgânico e inorgânico, pois sabe que onde há crise para alguns, há oportunidades para outros.
De outro lado, os investidores mais arrojados buscam ativos com “alpha”, isto é, que gerem retorno acima da taxa básica, com baixa volatilidade e baixa correlação com os mercados tradicionais.
Essas oportunidades, afirma ele, podem gerar retornos de até 25% ao ano, dependendo das características da transação.
Quer saber mais sobre como os investimentos alternativos são “a nova resposta do mercado financeiro” a um ambiente incerto e seletivo a operações mais sofisticadas e rentáveis do que os títulos tradicionais?
Então continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre os seguintes tópicos:
Ativos alternativos em uma economia de juros altos e aversão ao risco
Os mercados financeiros passaram por profundas mudanças nos últimos anos, especialmente com a volta da inflação no mundo e do vigoroso aumento das taxas de juros em algumas economias avançadas.
No Brasil, o aperto das condições financeiras foi mais rápido e intenso, dificultando os esforços de captação das empresas, ao praticamente fechar o mercado de ações e aumentar enormemente o prêmio de risco do crédito privado estruturado.
O resultado foi que houve uma redução acentuada dos lucros e retornos corporativos, fazendo com que o investidor ficasse muito mais seletivo em relação a operações no mercado financeiro.
Nesse cenário, por que seria interessante ter ativos alternativos na carteira?
Em um artigo recente no Valor Econômico, intitulado “Altivos Alternativos, a nova resposta do mercado financeiro”, Leandro Miranda, especialista com mais de 20 anos de experiência no segmento, explica o conceito de crise é relativo, na medida em que ela pode representar oportunidades de crescimento para empreendedores que não hesitam em fazer captações para satisfazer suas necessidades financeiras.
Grandes players buscam descontos em momentos de maré baixa
Miranda explica que diversos investidores qualificados, como endowments, fundos de pensão, fundos de fundos, seguradoras, family offices e pessoas físicas de elevado patrimônio são capazes de fazer o monitoramento operacional, financeiro e o acompanhamento próximo da gestão de empresas para conseguir determinar excelentes oportunidades de retomada a um custo mais baixo.
A capacidade de identificar bons ativos com baixos riscos de performance, boas alavancas de crescimento e ótimos retornos potenciais será fundamental para que a estruturação da operação proteja o valor buscado pelos investidores com a devida proteção jurídica dos ativos, bem como viabilize o crescimento das empresas com a flexibilidade necessária. Profissionais com experiência na estruturação de operações em investment banking, consultores e advogados poderão fazer a diferença na estruturação.
Ele explica ainda que uma equipe multidisciplinar, com experiência em investment banking, private placements, asset management em ativos ilíquidos, wealth management, financiamento e crédito corporativo, direito, private equity, venture capital e participação em conselhos pode fazer toda a diferença para melhor atender às empresas e investidores.
Mas, e os investidores pessoas físicas, como poderiam melhorar sua alocação de portfólio em um cenário tão desafiador?
Investidores de varejo também podem diversificar com ativos alternativos
Para Felipe Souto, fundador e CEO do Grupo Bloxs, um ecossistema de investimentos alternativos que oferece soluções de acesso ao mercado de capitais para pequenas e médias empresas:
Hoje já existem opções bastante atraentes para que o pequeno investidor consiga colocar ativos mais sofisticados na carteira, capazes de entregar retornos de até 25% ao ano, com o benefício de poder reduzir a correlação dos ativos do portfólio, especialmente em teses emergentes, que devem ganhar força nos próximos anos e gerar retornos extraordinários para quem assumiu o risco primeiro.
A Bloxs diversificou suas teses de investimentos recentemente, para incorporar oportunidades em mercados que geralmente não são acessíveis a pequenos investidores, como energia renovável, mineração de criptomoedas, emissão de créditos de carbono e muito mais.
Essas operações, segundo Felipe, costumam atrair grande interesse dos investidores de varejo, que geralmente não costumam ter acesso a esse tipo de operação através do seu banco ou corretora.
O mais comum era que apenas investidores de alto patrimônio líquido tivessem acesso ao investimento direto em empresas jovens, mas com grande potencial de crescimento em pouco tempo. Com a regulamentação do crowdfunding, ou investimento participativo, pela CVM, qualquer investidor agora pode ter na carteira projetos exclusivos, seja oferecendo crédito (debt) ou se tornando sócio (equity) dos empreendimentos.
Já as empresas passaram a contar com uma nova fonte de captação recorrente nos mercados, ajudando-as a obter o tão necessário funding para amadurecer suas ações, no caso de startups.
De fato, o mercado de crédito está muito mais seletivo com as concessões depois do caso Americanas e a recente alta de juros, mas empresários de pequeno e médio porte podem recorrer ao mercado de capitais para formar uma base de investidores e realizar captações recorrentes, a um custo relativamente mais baixo..
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