O capital privado é uma estratégia de investimento que busca diversificação e boa rentabilidade com projetos de alta performance em todo o mundo.
Ao avaliar as tendências dos grandes fundos que atuam nesse segmento, a Preqin, importante consultoria de investimentos alternativos, apontou o que os gestores estão procurando.
Basicamente, as empresas que estão no radar do “dinheiro esperto” são aquelas que estão na fronteira tecnológica e demonstram capacidade de revolucionar setores tradicionais.
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Além disso, os tomadores de decisão estão de olho em projetos que adotem boas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês).
A seguir, você vai saber o que é capital privado e como essa forma inovadora de investir pode trazer retornos atraentes nos próximos anos.
Confira os tópicos que vamos abordar:
O que é capital privado?
Capital privado, ou private capital, é qualquer tipo de investimento em participações ou títulos de dívida de empresas não listadas em bolsas de valores, incluindo ainda bens imóveis e outros ativos reais.
Como prática ativa de investimento, o capital privado vai além do aspecto monetário e abrange iniciativas como:
- Participação atuante na gestão de empresas e ativos investidos;
- Contribuição em planos de negócios e estratégias concorrenciais;
- Criação de valor a partir do aprimoramento de aspectos operacionais;
- Fortalecimento do quadro gerencial, identificando sinergias e pontos de aperfeiçoamento;
- Reforço da estrutura de capital.
Para gerar retornos acima da média, o capital privado adota estratégias de médio e longo prazo, sem descuidar da diversificação de portfólio e da busca de ativos de alta performance.
Os retornos obtidos pelo investimento em private capital apresentam baixa correlação com o desempenho de outras classes de ativos, como ações e títulos públicos.
Por isso, é uma ótima opção para quem busca retornos mais robustos e com menos volatilidade, mas podem abrir mão da liquidez no curto prazo.
O conceito de capital privado está fortemente associado a ativos reais mais rentáveis e menos suscetíveis às oscilações cotidianas do mercado financeiro.
No mundo, costuma-se usar essa estratégia de investimento através de fundos específicos, dotados de corpo técnico capacitado a identificar as melhores oportunidades nos diferentes mercados.
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Preqin aponta o que os grandes gestores estão buscando
Em relatório recente, a Preqin mostrou que grandes fundos de investimento querem novos mercados e diversificar seus portfólios com ativos privados de alto retorno.
Entre as novas tendências do investimento em capital privado, a Preqin aponta o seguinte:
Nossos dados mostram que os gestores querem projetos com maior transparência ESG e que forneçam alguma inovação tecnológica.
A consultoria aponta diversos tipos de investidores e instituições interessados em oportunidades de private capital, como:
- Fundos de pensão;
- Investidores corporativos;
- Bancos de investimento;
- Gestores de patrimônio;
- Family offices;
- Planos de endowment;
- Fundos de investimento especializados.
Confira abaixo a participação de cada um desses tipos de investidores nas seguintes classes de ativos: private equity, real estate, recursos naturais, dívida privada e infraestrutura.
Na América Latina, o Brasil tem atraído o maior volume de investimentos de private capital, como mostra a imagem a seguir:
Nos mercados emergentes, o maior interesse dos investidores está em ativos dos setores de recursos naturais e infraestrutura, conforme o gráfico a seguir:
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Estratégias de investimento em capital privado
O investimento em private capital pode seguir estratégias bastante variadas em uma diversidade de setores e oportunidades regionais. Confira as principais:
Private equity
As estratégias de private equity investem em participações e títulos de dívidas de empresas de capital fechado. Essas estratégias podem variar desde o financiamento inicial de startups (venture capital) até a aquisição de grandes companhias.
Em razão dos riscos e da baixa liquidez desse tipo de operação, os retornos costumam ser elevados, mas exige um corpo técnico qualificado capaz de determinar se vale a pena realizar o investimento.
Como explica Felipe Souto:
O objetivo desse tipo de investimento é comprar, lapidar/aperfeiçoar e vender uma participação privada com precificação mais alta. Desse modo, é possível gerar uma rentabilidade progressiva.
Existem diversas empresas e fundos de investimento focados em operações dessa natureza, mas eles são exclusivos para investidores de alta renda, profissionais e institucionais.
Por isso, a CVM criou regras específicas para essa categoria e impede que investidores comuns apliquem seu capital em participações privadas dessa natureza.
No entanto, a partir da regulamentação do crowdfunding pela CVM, qualquer pessoa pode investir diretamente em projetos de capital privado, nos setores mais promissores da economia, do agronegócio ao turismo.
Special situations
As estratégias de special situations buscam bons ativos que apresentem dificuldades operacionais ou financeiras e, portanto, apresentam valor de mercado abaixo da média.
Geralmente, busca-se resgatar empresas em crise ou adquirir ativos de valor que estejam sendo oferecidos em recuperação judicial a preços baixos para vendê-los com maior valorização no futuro.
Sem dúvida, é uma estratégia mais arriscada e de longo prazo, mas que pode gerar retornos extremamente elevados, fora de qualquer padrão de referência.
Existem fundos especializados nesse tipo de operação, capazes de identificar oportunidades em segmentos específicos, com boa relação risco-retorno.
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Investindo em capital privado
Tradicionalmente, o investimento em private capital é feito no Brasil através de fundos estruturados, também conhecidos como fundos alternativos.
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No entanto, em razão das suas características de risco e liquidez, tais fundos costumam estar abertos apenas para investidores qualificados ou profissionais, ou seja, com mais de R$ 1 milhão de patrimônio investido.
Nesse tipo de investimento, é essencial avaliar o ambiente macroeconômico em que se pretende atuar, para que se possa identificar as tendências com maior potencial de retorno no prazo previsto.
Um exemplo claro disso ocorreu na década de 1990, quando o investimento em empresas do setor de internet acabou se revelando extremamente rentável para muitos investidores.
Atualmente, estamos vendo a emergência do conceito ESG, que cada vez mais ganha importância na tomada de decisão de grandes fundos e investidores institucionais.
Por isso, para quem deseja ter uma carteira robusta, capaz de entregar retornos formidáveis nos próximos anos, é essencial ter projetos em segmentos como energia renovável, florestas comerciais e com boas práticas de sociais e de governança.
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