O agronegócio brasileiro é um dos mais dinâmicos e competitivos do mundo. Isso não é segredo para ninguém.
Porém, existe um detalhe que muita gente não sabe a respeito do agronegócio. Esse setor da nossa economia representa quase 25% de todas as riquezas que produzimos. Ele garante cerca de 20% dos empregos da nossa população e responde por mais de 60% de tudo aquilo que exportamos.
Investir nesse setor é indispensável a qualquer pessoa que deseja obter retornos maiores para suas aplicações em renda fixa.
Isso porque o governo federal, ao longo dos últimos anos, procurou atrair mais recursos privados para financiar a agroindústria nacional. Além disso, as linhas de crédito tradicionais disponibilizadas pelos bancos de fomento estatais, oferecem incentivos como isenção de impostos de renda e de operações financeiras (IOF).
É nesse contexto que foi criado, em 2004, o Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), sobre o qual falaremos com mais detalhes no artigo de hoje.
O que é Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA)?
O Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) é um título que permite a empresas do agronegócio (produtores e cooperativas) captar recursos de curto e médio prazo no mercado financeiro, principalmente para o período de entressafra.
Seu objetivo é viabilizar o financiamento da cadeia do setor agro com recursos privados, oferecendo garantias e retornos atraentes aos investidores. Além disso, o CDCA pode ser usado para fazer rolagem de dívidas, atender necessidades de fluxo de caixa. Ele melhora, dessa forma, as condições de financiamentos já existentes.
Os CDCAs são emitidos geralmente por produtores e cooperativas de pequeno porte. Elas, geralmente, exercem atividade de comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos e insumos agropecuários ou máquinas e implementos utilizados na produção do setor.
A intermediação entre as empresas agropecuárias e os investidores é feita por uma instituição financeira autorizada. Ela será a responsável por custodiar o título e ofertá-lo no mercado de capitais.
Quais são as vantagens do Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio?
- Linha de crédito alternativa que garante ao produtor condições de financiamento mais favoráveis do que os produtos tradicionais oferecidos pelos bancos;
- O investidor tem acesso a mais uma opção de renda fixa, com rentabilidade mais alta do que outros títulos do segmento, além de contar com incentivos como isenção tributária;
- Sua garantia advém de direitos creditórios do emissor, como LCAs, que, por lei, devem ser penhorados no momento em que a emissão se concretiza.
E quais são suas desvantagens?
- Apesar do registro na bolsa de valores brasileira, o mercado secundário de CDCAs é bastante restrito. Dificultando, dessa forma, a saída do investidor antes do vencimento do título;
- Não conta com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Ele protege os investidores contra uma falência no setor financeiro, até o valor-limite de R$ 250.000 por CPF.
Estratégia de investimento em Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA)
Como é de costume ocorrer nos títulos de renda fixa, o CDCA pode ter sua remuneração atrelada a uma taxa estabelecida de antemão (prefixada).
Ele pode, também, vincular sua quitação a algum indicador econômico ou inflacionário (pós-fixada). O CDI e IPCA são os indicadores mais usados nesse caso. Da maneira idêntica, pode ainda acompanhar a variação cambial prevista na emissão do certificado.
Como se trata de um título com liquidez limitada, o investidor deve estar atento à possibilidade de seu capital ficar imobilizado durante todo o prazo de vencimento, elevando o custo de oportunidade da operação. Dessa forma, só é recomendado aplicar em CDCAs que ofereçam taxas remuneratórias verdadeiramente atraentes – muito acima das praticadas por outras modalidades de renda fixa – a ponto de convencer o investidor imobilizar seu capital por um prazo razoável.
O grau de risco dos CDCAs é intermediário, já que os direitos creditórios arrolados como garantia do financiamento são penhorados imediatamente após a concretização da emissão, mitigando, assim, o risco para o investidor.
Agora é possível investir em um dos setores mais dinâmicos da economia brasileira
Extremamente disseminado no exterior, o chamado crowdfunding, ou financiamento coletivo, só foi recentemente disciplinado no Brasil pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O órgão é responsável por disciplinar as ofertas públicas em nosso país.
Essa modalidade de captação permite que empresas e empreendimentos em fase inicial possam financiar seus projetos por meio de uma capitalização de baixo custo, com pouca burocracia e de forma totalmente digital através de plataformas de investimento habilitadas, como é o caso da Bloxs.
A pecuária de corte no Brasil tem se beneficiado pelo aumento de demanda causada pela Peste Suína Africana. Países do continente asiático e localizados no Oriente Médio foram os protagonistas do crescimento. Tal fator permitiu que o setor crescesse de maneira exponencial com o aumento das exportações. Para se ter uma ideia da força do agronegócio do nosso país, o Brasil bateu recorde de exportação em 2020, vendendo mais de US$ 10,9 bilhões só no mês de maio. Detalhe: tudo isso no período em que os confinamentos provocados pela covid-19 atingiram seu ponto mais alto.
Entre as oportunidades de investimento coletivo disponibilizadas pela Bloxs no agronegócio, destaca-se a oferta feita em parceria com a Edafopec Agronegócios para a aquisição de bovinos magros destinados a engorda em confinamentos localizados em diferentes estados do Brasil. Sua rentabilidade-alvo é de 8,73 a 16,77% ao ano, muito acima da maioria dos investimentos em renda fixa, como os CDCAs.
Se você deseja conhecer outras modalidades de investimento altamente lucrativas e lastreadas em ativos reais como essa, não deixe de conhecer as ofertas que a Bloxs tem em seu portfólio de produtos, que abrange setores em crescimento exponencial em nosso país, como a pecuária de corte.