Qual a maior ameaça de uma empresa hoje?
Recentemente fiz essa pergunta em uma sala de aula para alunos de um curso de pós-graduação. Entre respostas relacionadas a fluxo de caixa e recursos humanos, um dos alunos foi ultra-assertivo:
“O mercado da minha empresa pode simplesmente não existir amanhã. Veja o caso da revista Playboy, dentre tantos outros”
Apesar de não esperar a citação do caso da Playboy, a resposta foi certeira! De forma prudente direcionei para outros exemplos, como os táxis, CD’s e tantos outros mercados que foram completamente disruptados.
Mas o que é disrupção?
Um inovação disruptiva é aquela que cria novos mercado e redes de valor, eventualmente eliminando mercado já estabelecidos.
E quais fatores estão catalisando estes processos disruptivos?
Além da tecnologia, o fator que tem gerado maior volume de oportunidades, com possibilidade concreta de eliminação de muitos mercados é o COMPARTILHAMENTO.
A tecnologia começou compartilhando informação, conteúdo e promovendo conexão entre pessoas. A última onda de disrupção vem sendo promovida através do COMPARTILHAMENTO DE ATIVOS. Podemos ver exemplos da economia compartilhada em casos como do Uber e AirBnb, atualmente maiores empresas de transporte e de hospedagem do mundo sem possuir veículos ou imóveis.
O coliving e como isso vem afetando o mercado imobiliário
O mercado imobiliário brasileiro está capitalizado em cerca de US$ 10 trilhões. Isso equivale a cerca de 3x o valor do somatório das empresas negociadas na BOVESPA.
Apesar de representar volume expressivo de negócios, o setor imobiliário apresentou desde sempre pouquíssimo nível de inovação, quer nos modelos de negócio, quer no próprio processo construtivo.
Nós na Bloxs de alguma maneira nos posicionamos dentre essas inovações. Conseguimos dar ao investidor comum acesso a operações imobiliárias antes restritas a grandes investidores. Mas queremos mais!
Estamos avaliando continuamente os novos modelos de negócio surgidos recentemente. Um destes modelos que nos chamou a atenção, e envolve a economia compartilhada, foi o de COLIVING.
Sem comparações ao modelo arcaico, associado a repúblicas estudantis ou congêneres, o COLIVING vem atendendo a demanda por boa localização e condições de moradia em grandes cidades, com preço acessível. Alguns modelos focam em um público específico como o de idosos (Senior Living) ou de estudantes (Student Living). Parte deles organizam a sua estrutura de forma centralizada, usando toda uma edificação. Outros pulverizam a sua operação em diversos imóveis.
Independente do foco ou da forma, fato é: O COLIVING atende a um público que valoriza a experiência, a qualidade de vida e a praticidade, estando dispostos a pagar por isso.
Este é um mercado ainda em consolidação, com poucos players atuando de forma profissional e uma demanda muito maior do que a oferta. Mercado no qual acreditamos ainda existam amplas assimetrias, com alto retorno e relativamente pouco risco.