Com a crise global, mais opções de investimento em ativos judiciais serão abertas.
A Covid-19 chegou sem aviso, e para tentar frear o triste impacto da doença foi necessário o isolamento social. Além das consequências sanitárias, mercados tiveram grandes reduções e empresas não tiveram outra saída, senão abrir pedidos de recuperação e falência, e encontrar alternativas para acessar capitais.
Os impactos no mundo dos investimentos também foram marcantes. Em março, por exemplo, os investimentos privados caíram vertiginosamente, até 30% no Ibovespa.
Neste cenário, os distressed assets ganharam mais visibilidade e posições estratégicas nas montagens de carteiras.
O que é uma Distressed Asset
Os Ativos Reais Judiciais, também conhecidos como “Distressed Asset”, se tornaram cada vez mais recorrentes no Brasil. Dessa forma, o mercado acabou se organizando e se estruturando ainda mais.
Por meio da Lei de Recuperação Judicial foi possível atingir bastante segurança para esse tipo de negociação.
Distressed Assets em tempos de crise

Quem já está acostumado a investir por meio de ativos judiciais sabe que o valor do prêmio costuma ser bem acima da média. Como resultado, os riscos elevado é compensado.
Entre os motivos que elevam a oferta de distressed assets estão a depreciação da empresa em momentos de crise como o que coronavírus trouxe entre 2019/2020. Entre os motivos, destacamos:
- baixo fluxo de caixa;
- problemas de governança;
- incapacidades gerais de arcar com seus públicos.
Portanto, geralmente, em momentos de crise é possível adquirir títulos e ações de empresas com preços reduzidos, principalmente em função das dívidas.
Tais empresas que passam por situações difíceis e não conseguem mais acesso ao crédito convencional, usam dessa saída para buscar sua manutenção.
Nestes momentos mais recentes, o setor hoteleiro, restaurantes e empresas que atuam com turismo e viagens estão entre as principais ofertas de distressed assets em função da Covid-19.
Como os riscos das negociações que envolvem os distressed assets são elevados é cobrado mais pelas operações. Dessa forma, a rentabilidade para os investidores é acima da média em relação aos investimentos mais comuns.
Ou seja, os investimentos em ativos judiciais são uma modalidade que podem trazer muito retorno, mas exigem diversificação e paciência. Afinal de contas, a empresa da qual será adquirida a dívida ou as ações estará em meio a processos judiciais que podem levar meses ou até quase uma década para serem concluídos.
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As regulações sobre os ativos judiciais
Como mencionamos, há uma regulação que facilitou a existência e adesão desse tipo de ativos entre os investidores brasileiros. A Lei de Recuperações Judiciais e Falências – nº 11.101/2005.
Que estipula, entre outras coisas, a possibilidade de venda de ativos da empresa ou filiais, mesmo durante um processo de recuperação feito judicialmente, de forma isolada, por uma meio de uma UPI (unidade produtiva isolada). E isso ocorre sem acarretar ônus ou obrigações anteriores do devedor, inclusive trabalhistas, previdenciárias e tributária, para o novo investidor.
Há ainda outras regulações que atuam em favor dos investidores, a fim de assegurar que os investimentos em distressed asset, embora exijam bastante dedicação e acompanhamento na operação, sejam feitos com todas as garantias e segurança necessárias para os interessados prosseguirem com seus investimentos.
Se você deseja seguir por este caminho, não deixe de visitar aqui em nosso blog o artigo Resumo LIVE Capital Aberto – O mercado de distressed investing em meio à pandemia.
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