O mercado de insumos biológicos no Brasil está em constante crescimento, impulsionado pela crescente preocupação com a sustentabilidade e o uso de práticas agrícolas mais naturais. Segundo dados do Ministério da Agricultura, o mercado de bioinsumos cresceu cerca de 20% ao ano nos últimos cinco anos e atingiu faturamento de R$ 3,5 bilhões em 2020.
Para a Research and Markets, o mercado de insumos biológicos deve alcançar uma receita de US $18,5 bilhões até 2026, representando um crescimento surpreendente de 74% em comparação com um crescimento moderado de apenas 3,7% do mercado de defensivos químicos.
Um estudo divulgado pela consultoria Kynetec, as vendas de insumos agrícolas biológicos no Brasil aumentaram 67% na safra 2021/22 em relação à safra anterior, alcançando R$ 2,9 bilhões. O estudo, intitulado Farm Trak, foi adquirido pela Kynetec no ano passado a partir da aquisição da empresa brasileira Spark Inteligência Estratégica. Este levantamento é considerado tradicional e tem como objetivo fornecer informações precisas e atualizadas sobre o mercado de bioinsumos no país.
Mercado de insumos biológicos no Brasil está em expansão
O crescimento das vendas de insumos agrícolas biológicos surpreendeu, especialmente quando comparado com o desempenho nos ciclos agrícolas anteriores, quando as vendas aumentaram cerca de 40% a cada safra, em média. A razão para este crescimento significativo é, em parte, resultado do “momento de experimentação” dos produtores, que estão cada vez mais dispostos a testar novas técnicas e produtos para melhorar a eficiência da produção e a qualidade dos alimentos.
O mercado de insumos agrícolas biológicos no Brasil decolou a partir de 2018, quando os agricultores começaram a utilizar esses produtos em conjunto com soluções químicas para proteger as lavouras contra doenças. A crescente procura por essa tipo de solução sustentável tem contribuído para a projeção de um aumento entre 30% e 50% nas vendas na safra 2022/23, de acordo com André, especialista no setor.
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Avanço de pragas contribui para crescimento dos bioinsumos
O interesse crescente dos produtores por soluções biológicas, combinado com as ações de indústrias e outros agentes para promover o uso desses produtos, contribuiu para o aumento das vendas no ciclo 2021/22. Segundo Alves, especialista no setor, a praga da cigarrinha, comum na Bahia e em Minas Gerais, mas que acabou mas alcançando as plantações do cereal no Paraná e Rio Grande do Sul, foi um dos fatores que impulsionou as vendas, já que os agricultores buscaram soluções biológicas para controlar a praga nas lavouras de milho.
A praga da cigarrinha contribuiu para o crescimento significativo do mercado de insumos agrícolas biológicos no Brasil. Segundo dados do estudo Farm Trak, o nicho de bioinseticidas cresceu mais de 100% na safra 2021/22, alcançando uma receita de R$ 890 milhões. No entanto, os itens mais vendidos no setor de biológicos foram os bionematicidas, que tiveram um aumento de 60% e faturamento de R$ 1,1 bilhão. Isso se deve ao fato de esses produtos serem eficazes no controle de nematóides, que afetam principalmente as culturas que têm folhas largas.
As culturas que mais utilizaram os biológicos na safra passada foram algodão e cana-de-açúcar, seguidos por soja e milho. Na cultura de algodão, os biológicos foram utilizados em 993 mil hectares, ou 64% da área total, enquanto em cana-de-açúcar foram utilizados em quase 5 milhões de hectares, ou 52% da área total. Esses dados indicam a crescente tendência dos produtores em adotar soluções biológicas para melhorar a eficiência da produção e a qualidade dos alimentos.
O algodão e cana-de-açúcar foram as que mais utilizaram bioinsumos na safra passada, seguidos por soja e milho. A utilização desses produtos foi de 64% na cultura de algodão, com 993 mil hectares, e 52% na cultura de cana-de-açúcar, com quase 5 milhões de hectares. Esses dados mostram a tendência crescente dos agricultores em optar por soluções biológicas para melhorar a eficiência da produção e a qualidade dos alimentos.
Já as culturas de soja e milho, as principais do país, também têm usado cada vez mais biológicos. Embora essa utilização seja menor se comparada a algodão e cana, a consultoria considera os avanços significativos e afirma que as soluções são aplicadas em áreas “representativas”, segundo o consultor Alves.
De acordo com o estudo Farm Trak, os bioinsumos alcançaram 28% da área plantada de soja, ou 10,5 milhões de hectares, e 26% da área plantada de milho safrinha, ou 3,8 milhões de hectares. Segundo Alves, especialista no setor, o perfil dos produtores explica o comportamento de compra, já que setores como algodão e cana geralmente reúnem produtores de grande porte ou agroindústrias, que são mais abertos a experimentar novas técnicas e produtos.
O setor de insumos químicos também teve um crescimento positivo, com um aumento de 33% em 2021/22, alcançando R$ 75 bilhões em faturamento. Esse crescimento foi impulsionado pela crescente demanda pelos produtos, devido ao aumento da área plantada, e pelo aumento dos custos das matérias-primas utilizadas nos agrotóxicos.
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