O investimento em startups e empresas com alto potencial de crescimento não para de crescer no mundo, e o Brasil é o principal destino desses recursos na América Latina.
Essa é a avaliação da Preqin, maior consultoria internacional de investimentos alternativos, cujos relatórios servem de referência para a tomada de decisão de grandes fundos e investidores institucionais.
Saiba as nossas novidades através do Telegram da Bloxs
Suas análises costumam apontar com precisão quais são as principais tendências em private equity e venture capital em todo o planeta.
Em seu mais recente relatório global de inteligência, a empresa explica por que o apetite estrangeiro por startups brasileiras está aumentando.
No artigo de hoje da Bloxs, você ficará por dentro dos principais destaques apontados pela Preqin no mundo dos investimentos alternativos e mais:
Brasil é terreno fértil para investimento em startups
Em seu primeiro relatório sobre a América Latina, a Preqin afirma que a região sairá fortalecida da pandemia e atrairá cada vez mais fluxo estrangeiro de olho nas boas oportunidades de crescimento.
No Brasil, a consultoria ressalta que reformas importantes – como a da previdência e a independência do Banco Central – darão mais previsibilidade às contas públicas e estabilidade à moeda nacional.
As reformas recentes no Brasil oferecem a estabilidade que os investidores internacionais de private equity buscam. O movimento em direção à independência do banco central ajuda a encerrar o ciclo de fuga de capitais, inflação e desvalorização monetária. Isso é importante para a entrada de fluxo estrangeiro no país.
O mercado de venture capital na região também está bastante aquecido.
Segundo a empresa, o Softbank lançou um fundo dedicado de US$ 5 bilhões para alocar em startups latino-americanas e impulsionar o ecossistema empreendedor da região.
O foco principal de grandes fundos de private equity e capital de risco é ter participação em empresas capazes de criar novas tecnologias e usar dados para desafiar indústrias tradicionais.
Isso explica por que o Softbank fez um aporte de R$ 822 milhões na Afya, sartup educacional brasileira com foco na formação de profissionais de saúde e medicina.
Para Felipe Affonso, co-head de investimentos do Softbank Latin America Fund:
Ao contrário dos grandes grupos de saúde, que ainda competem muito entre si, a Afya tem potencial para ser parceira de todo mundo, conectando vários players de saúde praticamente como um marketplace.
Investimento em private equity e venture capital é estratégico para grandes fundos
Ao olhar para a América Latina e o Brasil, em especial, os gestores de grandes fundos buscam maior retorno absoluto e capacidade de inovação.
Segundo a Preqin, o fluxo de capital em ativos alternativos cresceu rapidamente no primeiro trimestre e as captações já voltaram aos níveis pré-pandemia.
Mais de 450 fundos de private equity levantaram US$ 188 bilhões no 1º tri de 2021, uma alta de 13% em relação aos US$ 123 bilhões e 431 fundos no mesmo período do ano passado.
O histórico mostra que as estratégias de private equity com foco em pequenas e médias empresas apresenta melhor desempenho na maioria das fases do ciclo econômico.
A razão é que essas empresas apresentam múltiplos mais atraentes tanto na entrada quanto na saída, além de conseguirem realizar mudanças mais rápidas de acordo com as condições do mercado.
As empresas de menor porte tendem a ser mais ágeis e oferecer uma amplitude maior de oportunidades de investimento, permitindo que os investidores ajustem sua estratégia de investimento com mais facilidade.
Outra vantagem é que a injeção de recursos via participação societária permite que as empresas expandam seus negócios com menor alavancagem financeira (endividamento). Isso lhes permite entregar resultados mais expressivos em menos tempo.
Ambiente favorável para investir diretamente na expansão de empresas
Os fundos de private equity tiveram um excelente desempenho nos últimos anos, principalmente nas economias avançadas, que cresceram 12,4% na última década.
A Preqin avalia que os dados dos investimentos alternativos mostram que a normalidade já voltou ao mercado nos primeiros meses de 2021, após um ano turbulento.
À medida que a economia se recupera, podemos ver claramente a distinção entre os vencedores e os perdedores. A adoção de novas tecnologias foi acelerada pela pandemia, e os investidores querem ter exposição a empresas que estejam no lado certo dessa mudança.
Ainda segundo a consultoria, o private equity já está firmemente estabelecido como componente central no portfólio de investidores institucionais.
Nos EUA, mercado mais desenvolvido, a alocação média nesse tipo de investimento é de 6,3% dos ativos sob gestão, e as outras regiões estão rapidamente seguindo na mesma direção.
Além disso, uma constante no relatório global da Preqin é a necessidade de inovação e desenvolvimento, com atenção a bons princípios ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês).
Um tema comum entre nossos parceiros é a ênfase em estratégias de alto retorno absoluto, sem descuidar dos princípios ESG. Os fundos com foco em tecnologia digital também tiveram sucesso com base no perfil demográfico da região. A classe média latino-americana é jovem, crescente e ávida por novas tecnologias.
Megatendências em investimentos alternativos
A Preqin destacou as seguintes megatendência em seu relatório global sobre o mercado de investimentos alternativos:
Maior alocação em Private Equity
A expectativa é que o ambiente inflacionário no médio e longo prazo continue benigno, apesar do risco de pressões transitórias no curto prazo.
Isso deve permitir que o rendimento de títulos governamentais de longo prazo permaneçam ancorados em níveis baixos e incentive o aumento contínuo de alocações dos investidores em private equity.
Investimento em projetos ESG
Os princípios ESG são cada vez mais importantes na indústria de fundos de investimento, e no mercado de private equity não é diferente.
Os gestores de fundos confirmam que está aumentando a demanda de investidores institucionais que querem alocar recursos em projetos com foco ESG.
Transformação digital
Tecnologias disruptivas, como a inteligência artificial, estão ajudando os gestores de fundos a melhorar sua eficiência operacional e identificar novas oportunidades.
Por isso, cresce o interesse por empresas que estejam tendo sucesso na inovação de tecnologias que revolucionem indústrias tradicionais e abram novas avenidas de crescimento.
Se você gostou deste conteúdo, não deixe de se cadastrar gratuitamente em nossa plataforma para ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo dos investimentos alternativos e saber quais são as melhores oportunidades do setor.
Abra sua conta grátis e aproveite as vantagens de investir com a Bloxs