O mercado de veículos seminovos está batendo recordes de crescimento, e as projeções da indústria indicam que o setor continuará extremamente aquecido nos próximos anos.
A alta dos juros e do dólar deixou o financiamento dos veículos zero-quilômetro muito mais caro, e a falta de componentes, como semicondutores, está obrigando o fechamento de fábricas e reduzindo a oferta do segmento.
Com isso, a venda de seminovos explodiu e atingiu um recorde histórico no último ano, de acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Diante desse cenário promissor, as empresas do segmento têm tudo para registrar um crescimento robusto de negócios, já que os juros e o dólar devem continuar em patamares elevados por bastante tempo.
Se você deseja saber como anda o mercado de veículos seminovos e quais são as perspectivas para esse setor, continue a leitura deste artigo e fique por dentro dos seguintes tópicos:
Preço do veículo zero-quilômetro dispara, e procura por seminovos bate recorde
Não está fácil a vida de quem se planeja para trocar de carro, ainda mais se o modelo for zero-quilômetro.
Normas mais rígidas de segurança e a valorização do dólar acabaram pressionando ainda mais as margens das montadoras, principalmente no segmento de veículos de entrada, que costumavam ser chamados de “populares”.
Esses dois fatores, aliados aos juros mais altos e ao nosso complexo ambiente de negócios, fizeram com que diversas marcas simplesmente abandonassem o mercado nacional, como foi o caso emblemático da Ford, que era uma das montadoras mais tradicionais do nosso mercado.
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Além disso, os efeitos da pandemia se mostram muito mais persistentes do que muitos imaginavam, com bloqueios econômicos em várias partes do mundo ainda gerando problemas na cadeia de fornecimento.
Exemplo disso foi a escassez de semicondutores, que atingiu em cheio a indústria automotiva e obrigou as marcas a reduzir os turnos das fábricas ou simplesmente fechá-las por falta de componentes.
Some a tudo isso a disparada das commodities, em especial as metálicas, e pronto: não é preciso muito esforço para ver que os preços dos veículos zero-quilômetro subiram forte no último ano e devem continuar assim ainda por muito tempo.
O resultado é que o mercado de seminovos registrou um boom extraordinário no mesmo período, com os consumidores buscando modelos mais acessíveis, econômicos e com manutenção mais em conta.
Dados da Fenabrave mostram que 2021 foi um ano histórico para o segmento de seminovos, com as vendas crescendo quase 60% em relação ao ano anterior. Esse é o maior crescimento da série histórica registrada pela Federação, iniciada em 2003.
De acordo com uma matéria do jornal Valor Econômico:
Cálculos de empresas e consultores indicam que, no ano passado, os preços dos carros novos e seminovos subiram entre 14% e 21%. Dos dez carros zero-quilômetro mais vendidos no primeiro trimestre, cinco estão na faixa de preços que começa acima dos R$ 100 mil e vai muito além disso, dependendo da versão.
Enquanto variação de preços dos carros novos subiu quase 20% de um ano para o outro, os valores da maioria dos veículos seminovos permaneceram praticamente estáveis, apesar das vendas em alta, como mostra a imagem a seguir, do Valor:
Os números da Fenabrave mostram que, por dia, foram vendidos em média 54.802 veículos usados no Brasil, um aumento de 7,8% em comparação a 2019, antes da pandemia.
A entidade estima ainda que deixaram de ser fabricados em nosso país, no ano passado, mais de 300 mil unidades devido à falta de componentes, restringindo a oferta de veículos zero e aumentando seus preços.
“Parece que voltamos à década de 1990 no mercado de veículos zero-quilômetro”
O que impulsionou a alta dos carros novos foram basicamente três fatores: dólar, juros e inflação.
A moeda americana se valorizou forte contra o real nos últimos anos e, após a implementação de vastos incentivos econômicos para combater a pandemia, a fatura acabou chegando na forma de inflação e juros mais altos.
Como vimos, o resultado foi uma alta impressionante dos veículos zero-quilômetro, levando alguns especialistas a comparar a variação dos preços com o cenário vivido na década de 1990, como foi o caso de Cássio Pagliarini, diretor de estratégia da Bright Consulting, em entrevista ao Valor:
Parece que voltamos à década de 1990, quando a cada dez dias as montadoras soltavam uma nova lista de preços. A falta de componentes é uma ótima desculpa para a subida dos preços.
A diferença do momento atual para aquele período é que as regras de segurança ficaram muito mais rígidas, bem como o conteúdo tecnológico dos veículos, exigindo uma quantidade enorme de semicondutores, que dispararam de preço durante a pandemia, devido à grande demanda.
Para se ter uma ideia de como o valor de um carro novo subiu nos últimos tempos, hoje já não é possível encontrar um modelo completo por menos de R$ 65 mil, mesmo os menores, muitas vezes chamados de “populares”.
Excelente janela de oportunidade para os seminovos
Além do encarecimento dos veículos zero, é preciso lembrar ainda que seu financiamento e custo de manutenção, seguro e impostos também subiram.
Com isso, os consumidores passaram a abrir mão dos veículos novos para dar preferência a um bom seminovo, a fim de reduzir principalmente o alto custo do parcelamento do modelo. Não é à toa que especialistas projetam crescimento robusto de vendas do segmento para os próximos anos.
Segundo uma reportagem do portal Capital Econômico:
Para 2022, a perspectiva é que o crescimento continue. Mesmo que já exista uma tendência de leve retomada na produção de carros no Brasil, a expectativa é que demore alguns anos para que o mercado se normalize e a produção não atenderá o mercado interno como um todo.
Tudo isso mostra que estamos vivendo uma excelente janela de oportunidade para apostar no mercado de veículos seminovos, especialmente investidores de olho em empresas que possam aproveitar esse bom momento para impulsionar seus negócios e entregar ótimos resultados aos investidores.
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