Cenário demonstra a propensão de operações menos conservadoras entre os players, diante do aumento da abertura de janelas de investimento
Existe um consenso entre os experts do mercado financeiro de que as reformas, especialmente a tributária e da previdência, vão impactar o cenário de investimentos. Porém o nível de confiança relacionado à política e ao crescimento econômico nacional por parte dos empresários também tende a interferir nas negociações.
No Brasil e no exterior, pairam os efeitos de um novo contexto social, político e econômico, recorrentes do pós-pandemia e das eleições presidenciais. Não por acaso, nos últimos anos, o mercado acionário brasileiro tem aproveitado as janelas de ofertas de investimento dentro e fora do país.
As bolsas americanas, nos Estados Unidos, têm sido as mais procuradas, especialmente pelas companhias ligadas ao setor de inovações tecnológicas, como as fintechs. Mas, apesar de permitirem o acesso a investidores estratégicos, com múltiplos elevados, possuem altos custos operacionais e instabilidade na manutenção dos papéis.
Principais tendências
De imediato, os players em 2023 contam com projeção positiva do mercado para as fusões e aquisições. No jargão da área, essa operação é conhecida pela sigla M&A (Mergers and Acquisitions) e leva meses ou anos para ser realizada. Em síntese, se trata da união de empresas para aumentar a cartela de clientes e os resultados obtidos.
No entanto, é consenso entre especialistas que os 100 primeiros dias do novo governo serão fundamentais para orientar as estratégias no mercado de capitais. Espera-se circunstâncias de estabilidade fiscal, através da aprovação de reformas, apresentação de saídas para diminuição da dívida pública e consequente queda nos juros e na inflação.
Caso o cenário se mantenha instável e nebuloso, a recomendação é controlar os riscos na aquisição de papéis de qualidade. A diversificação das carteiras do portfólio é uma tendência global que contempla a realidade brasileira, e poderá proporcionar retornos em médio e longo prazo.
Novidade no mercado
Com o índice Ibovespa hoje é possível acompanhar os indicadores das ações negociadas na B3 e, assim, comprovar a tendência mundial de que os títulos das empresas de tecnologia se mostram mais promissores. Porém a presença tech no mercado não se basta apenas na busca por investidores.
As inovações tecnológicas chegaram ao segmento promovendo mudanças significativas. Embora a autarquia Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regula e supervisiona o mercado de ações no Brasil, não permita investimentos em criptomoedas, autoriza fundos em investimentos internacionais com criptomoedas no portfólio.
Atualmente a CVM estuda quais medidas regulatórias são necessárias para as moedas digitais, o blockchain e as fintechs. Tanto que, no início deste ano, foi criado o Laboratório de Inovação Financeira (LAB), com o intuito de observar e regular o mercado de criptoativos, Web3 e DeFI, para que colaborem com a modernização do sistema financeiro atual.