Healthtechs são empresas de saúde que prometem melhorar a experiência dos pacientes e a gestão de negócios através da tecnologia.
Essas startups querem repetir, no setor de saúde, todo o sucesso das fintechs no mercado financeiro, ampliando o acesso a serviços e atendimentos de qualidade, a custos reduzidos.
No primeiro semestre de 2021, os investimentos nessas empresas ultrapassaram a incrível marca de US$180 milhões no Brasil, quase o dobro de tudo o que foi investido na área em 2020, mostrando como o setor é promissor e está crescendo em ritmo exponencial.
Desde soluções de telemedicina até gestão de equipes e estoques, as healthtechs vêm mudando a cara do setor de saúde ao redor do mundo, permitindo atendimentos mais ágeis, equipes mais produtivas, controles mais rígidos de processos e margens de lucro maiores.
Vamos conhecer mais a fundo o que são healthtechs e por que elas estão chamando a atenção de tantos investidores que querem diversificar suas carteiras com excelentes projetos da economia real.
O que são healthtechs?
São empresas de tecnologia do setor de saúde que oferecem soluções inovadoras para ampliar o acesso à medicina de qualidade, aumentar a eficiência dos negócios e revolucionar a experiência de atendimento dos pacientes.
O termo healthtech vem da junção de duas palavras em inglês, “health” (saúde) e “tech” (abreviação de tecnologia), englobando praticamente todos os serviços oferecidos no setor de saúde, desde aplicativos de bem-estar até softwares de gestão hospitalar e plataformas de atendimento a distância.
Por que as startups de saúde estão crescendo tanto?
A saturação do sistema público de saúde e o alto custo de alguns convênios fizeram com que startups se aproveitassem dos gargalos existentes para abrir novas frentes de mercado, como a telemedicina, ainda pouco explorada em um país tão carente de assistência médica.
Esse movimento ganhou ainda mais força durante a pandemia, quando o distanciamento social e o medo do contágio fez com que milhões de pessoas deixassem de realizar seus exames de rotina por falta de alternativas ao atendimento presencial.
Nos quase 19 meses de pandemia de covid-19, um dos efeitos da crise preocupa os médicos: o brasileiro está deixando de fazer exames de rotina por medo de ser contaminado.
De acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde, a queda nesses procedimentos foi de 20%, comprometendo o acompanhamento de doenças importantes, como o câncer, o que pode ter consequências drásticas para a saúde dos pacientes.
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Investimento em healthtechs bate recorde
Um levantamento feito pelo Distrito mostra que as startups de saúde estão em ritmo acelerado de crescimento, recebendo, no primeiro semestre deste ano, quase o dobro de aportes realizados em todo o ano passado.
Como mostra o gráfico a seguir, o crescimento do volume investido em empresas de tecnologia de saúde cresceu quase 400% desde 2018, quando foram investidos cerca de US$53 milhões, contra 183,9% nos seis primeiros meses de 2021.
No mesmo período, percebemos que o número de negócios fechados ficou estável, um claro sinal de que essas empresas estão se valorizando no mercado e atraindo um volume maior de capital.
Setores de atuação
As healthtechs atuam nos mais variados setores, como:
- Consultas e exames de diagnóstico;
- Telemedicina;
- Planos de saúde;
- Sistemas de administração de pessoal;
- Softwares de gestão hospitalar;
- Equipamentos de laboratório;
- Aplicativos de saúde e bem-estar, etc.
As startups de saúde estão usando a tecnologia para impactar diretamente a vida das pessoas, com serviços mais acessíveis e um atendimento mais cômodo e de qualidade.
Healthtechs de destaque
Entre as empresas de tecnologia de maior destaque no setor de saúde, podemos citar os casos de sucesso das clínicas Dr. Consulta, que recebeu um aporte de US$300 milhões em 2017 e não para de crescer em todo o país.
No mesmo segmento, outra empresa que vem se destacando é a Clínica Sim, com foco no eixo Rio-São Paulo para consultas presenciais, além de oferecer o serviço de telemedicina para pacientes do Norte e Nordeste.
A startup Theia tem atuação focada no atendimento da mulher, oferecendo uma rede completa com 38 especialidades, inclusive pré-natal, parto e pós-parto. Suas clínicas atendem presencialmente em São Paulo e, através da telemedicina, a empresa consegue chegar a todo o Brasil.
Outro serviço inovador que vem crescendo muito no país é a aplicação de vacinas em domicílio. E a carioca Beep Saúde é uma das pioneiras nesse segmento e já ampliou seu campo de atuação para também realizar a coleta de exames laboratoriais. Em abril deste ano, a startup recebeu um aporte de US$110 milhões e conta atualmente com mais de 800 colaboradores.
No segmento de planos de saúde, a Alice vem ganhando cada vez mais adeptos com o conceito de “gestão de saúde”, mais focado em prevenção do que tratamento. Somente neste ano, a healthtech já recebeu aportes de quase US$50 milhões.
Por que investir em healthtechs é tão promissor?
O Brasil está entre os 10 principais mercados de saúde do mundo e registra demanda crescente por atendimento médico acessível e de qualidade.
O gasto médio com saúde em nosso país representa 9,2% do PIB, com destaque para o desembolso das famílias, que chega ao equivalente a 5,4% do nosso PIB.
Diante desse cenário, é natural que empresas de tecnologia queiram se aproveitar das imensas ineficiências do setor para ganhar escala e fechar as lacunas deixadas pelo sistema público de saúde, incapaz de atender às necessidades de toda a população.
De acordo com um relatório do Distrito, o país já conta com mais de 900 healthtechs, e o número não para de crescer a cada ano, atraindo volumes crescentes de investimento.
Ter exposição a startups de saúde é, portanto, investir em um setor com amplo espaço para crescimento em todas as regiões do país, principalmente no interior e regiões menos assistidas, além de grandes centros urbanos e capitais.
E ter projetos diretamente ligados ao setor de saúde, em um mercado totalmente regulado pela CVM é muito fácil. Através do crowdfunding, você tem acesso a captações criteriosamente selecionadas para impulsionar o crescimento de empresas promissoras em seus ramos de atuação.
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