Governo federal, bancos e fintechs estão trabalhando em um projeto capaz de facilitar o acesso dos produtores ao crédito rural.
Essa iniciativa visa dar mais agilidade à distribuição de recursos obrigatórios para o campo, reduzindo, ao mesmo tempo, a burocracia e o custo dos financiamentos.
Com isso, as startups do setor financeiro podem servir de canal alternativo de crédito ao agronegócio, já que as linhas subsidiadas andam cada vez mais escassas.
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As fintechs que atuam no financiamento do agro poderão, então, impulsionar ainda mais a produtividade e o uso da tecnologia nas fazendas brasileiras.
Para explicar melhor o potencial desse projeto no desenvolvimento do campo, preparamos um artigo completo sobre os seguintes tópicos:
Produtores têm dificuldades para acessar o crédito
Empreendedores do campo enfrentam cada vez mais dificuldades para financiar sua produção.
Isso porque as fontes tradicionais de crédito rural estabelecem muitas barreiras até que o dinheiro chegue às fazendas brasileiras.
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Dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mostram que cada vez menos produtos conseguem acessar o crédito rural.
De 2008 a 2020, houve uma queda de 560 mil contratos de financiamento do Plano Agrícola e Pecuário.
Nas palavras de José Mário Schreiner, vice-presidente da CNA:
As taxas praticadas atualmente no crédito rural são muito elevadas e não acompanharam a queda de juros da economia nesse período.
Além disso, as despesas de contratação e toda a burocracia dos bancos e cooperativas são mais uma barreira para a chegada do dinheiro aos produtores.
As instituições financeiras costumam embutir taxas administrativas e tributárias no valor do financiamento, além de exigir muitas garantias para liberar o crédito.
Tudo isso torna os juros do campo muitas vezes mais altos do que os praticados em outros setores.
Leia também: Agritechs impulsionam produtividade e eficiência no campo
Startups podem ajudar na distribuição de recursos para o agronegócio
Um novo projeto de lei ainda em discussão pode mudar esse cenário, ao permitir que as startups se tornem uma fonte alternativa de crédito rural.
A intenção é eliminar barreiras para o financiamento do campo, ajudando a destravar mais investimentos em produtividade e tecnologia.
Uma matéria do Valor Econômico explica que 27,5% da média de captação dos depósitos à vista deve ser destinada ao agronegócio com juros controlados.
Ou seja, são recursos obrigatórios que precisam ser distribuídos. Caso isso não aconteça, as instituições financeiras acabam pagando multa ao Banco Central.
Ideia é que startups financiem produtores com parte do dinheiro que os bancos têm que destinar obrigatoriamente a empréstimos no campo.
Para isso, as startups poderiam criar fundos de investimento e vender suas cotas para os bancos que, assim, cumpririam as exigências de distribuição.
O cálculo é que essa iniciativa tem potencial para liberar pelo menos R$ 20 bilhões por safra.
As fintechs podem usar tanto a estrutura dos FIDCs (Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios) como do recém-criado Fiagro (Fundo de Investimento nas Cadeias Agroindustriais), com vantagens fiscais.
O projeto pode criar um canal de abastecimento direto das fintechs, que hoje buscam recursos no mercado financeiro para repassar aos produtores.
De acordo com Mariana Bonora, diretora da Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs):
No agronegócio, além de buscar boas taxas, é importante que o acesso seja rápido, pois o produtor tem janela para comprar insumos e aplicar.
Além disso, as fintechs têm capacidade de criar novos modelos de distribuição, aumentando a escala dos repasses, com menos burocracias e custos que as instituições financeiras.
Confira mais detalhes sobre as exigências do Banco Central nesta reportagem do Canal Rural:
Leia também: Crowdfunding facilita o acesso de produtores rurais ao mercado de capitais
Crowdfunding amplia acesso ao crédito rural
O investimento direto no agronegócio através do crowdfunding é uma das melhores soluções para alavancar a produção e a exportação de produtos do campo.
O crowdfunding é uma modalidade de investimento coletivo regulamentada pela CVM que permite a entrada de novos investidores em bons projetos agropecuários.
Plataformas autorizadas de crowdfunding, como a Bloxs, facilitam o acesso de empresários rurais ao mercado de capitais, sem os altos custos e a burocracia das instituições financeiras.
Entre as principais vantagens do crowdfunding para o agronegócio, podemos citar:
- Projetos de qualidade conseguem captar recursos rapidamente.
- Os custos são menores, assim como a burocracia, já que a análise das propostas é feita rapidamente.
- Os investidores conseguem ter rentabilidade maior que a média em menos tempo.
Crescem investimentos diretos no agronegócio
Desde que concluiu com sucesso sua primeira captação para o agronegócio, em 2019, a Bloxs vem ampliando o número de ofertas no segmento a cada ano.
Só no ano passado, foram captados mais de R$ 25 milhões em operações de dívida e equity em diversos segmentos do agro, desde a pecuária bovina até empreendimentos florestais.
Segundo Rafael Rios, cofundador e COO da Bloxs:
Registramos um crescimento de 482% no volume de captações para agro em nossa plataforma, e nossa meta para este ano é chegar à marca de R$180 milhões.
Esses números explicam por que a Bloxs foi escolhida pela Daily Finance como uma das 100 melhores startups brasileiras.
Nas palavras de Felipe Souto, CEO da Bloxs:
Nossa intenção é aumentar em mais de 7 vezes nossas captações destinadas ao agronegócio neste ano, contribuindo para a modernização e o desenvolvimento do campo.
Em maio, a Bloxs realizou um mês inteiro dedicado a investimentos diretos no agronegócio e captou volumes recordes com as ofertas Rural II (R$ 3 milhões), Agro SL (R$ 1,5 milhão) e Agropec Goiás I (R$ 2,5 milhões).
Atualmente, está aberta na plataforma a oferta Invest Grãos I, que visa financiar a implantação e comercialização de um projeto de grãos (em especial, soja e milho) em uma área de até 300 hectares no município de Goiatins/TO.
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