A tokenização é uma tendência que está revolucionando o mundo dos investimentos, trazendo mais segurança, eficiência, transparência e redução de custos às operações.
Basicamente, tokenizar um ativo significa fragmentá-lo em porções digitais criptografadas, que podem ser negociadas sem intermediários através de uma blockchain.
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A tokenização de ativos entrou no radar dos investidores quando o banco BTG lançou o ReitBZ, primeiro token da América Latina com lastro em cotas de fundos imobiliários. Até o momento, o ReitBZ já distribuiu mais de US$200 mil a seus titulares.
A seguir, vamos entender melhor o que é tokenização e como ela irá mudar completamente a forma como você investe. Os tópicos que vamos abordar são:
O que é tokenização e como funciona?
Tokenização é o processo através do qual ativos reais ou intangíveis são digitalizados e fragmentados em porções criptografadas únicas, que podem ser negociadas através de uma blockchain.
Entre os exemplos de ativos reais que podem ser tokenizados estão:
- Imóveis;
- Empreendimentos da economia real;
- Obras de arte;
- Metais preciosos;
- Commodities agrícolas;
- Artigos colecionáveis, etc.
Como exemplos de ativos intangíveis que podem ser tokenizados, podemos citar:
- Direitos autorais;
- Royalties;
- Participação societária;
- Ativos financeiros, como ações e cotas de fundos de investimento;
- Marcas registradas, etc.
O que é tokenizar um ativo?
O significado de tokenização é transformar um ativo real em um ativo digital, fragmentado em unidades criptografadas chamadas tokens. As transações desses tokens ocorrem dentro de uma blockchain, uma rede computacional descentralizada de registro público.
Exemplo prático: o que é investir em token?
Vamos deixar de lado um pouco o conceito de blockchain, contratos inteligentes e criptomoedas para entender, na prática, por que a tokenização é útil e irá mudar a forma como as pessoas fazem negócios.
Suponhamos que você queira investir diretamente no mercado imobiliário para diversificar suas fontes de renda, mas ainda não têm recursos suficientes para construir seu próprio empreendimento.
Com a tokenização de imóveis, você pode comprar “frações” de um apartamento de alto padrão em São Paulo, por exemplo, e receber uma parte proporcional do aluguel desse imóvel.
Esse negócio pode ser feito através da aquisição de tokens (“frações digitais”) desse apartamento.
Imagine que uma empresa especializada em comprar, reformar e alugar apartamentos na modalidade coliving, ou moradia compartilhada, queria ampliar sua carteira de imóveis, mas não deseja pegar um empréstimo bancário, por causa dos juros elevados.
Essa empresa pode captar recursos através da tokenização de ativos imobiliários, ou seja, ela “fragmenta” os apartamentos em tokens, e os investidores desses ativos digitais recebem, em troca, uma parte do lucro dos aluguéis.
Todas as transações são feitas em blockchain, que é uma espécie de registro digital que grava, de forma imutável e criptografada, todas as transações realizadas com esse token. Vamos entender melhor como funciona.
O que é blockchain?
Blockchain é um tipo de banco de dados que, em vez de informações, armazena “blocos” que vão sendo unidos uns aos outros.
O termo blockchain vem do inglês e significa, literalmente, “cadeia de blocos”. À medida que os dados são registrados, os blocos vão sendo preenchidos e conectados de forma cronológica.
Diferentes tipos de informação podem ser armazenados na blockchain, mas seu uso mais comum é para transações. Isso porque a blockchain nasceu para registrar as negociações feitas em bitcoin.
Segurança da blockchain
A blockchain é segura, pois o registro das transações armazenadas é feito através de uma rede mundial e descentralizada de computadores.
Cada transação é validada por meio da resolução de complexas equações, num processo conhecido como mineração. Após validada, a transação não pode ser mais alterada, ou seja, ela é gravada de forma definitiva na blockchain.
Dessa forma, não é possível exercer o controle sobre o que acontece na blockchain, pois tudo é feito de forma descentralizada, mas sincronizada e criptografada. É um sistema muito robusto e seguro.
De acordo com a Liqi, empresa que presta serviços de emissão de tokens:
A descentralização do sistema garante uma proteção a mais para todas as informações contidas ali dentro, dificultando as invasões aos dados. Além disso, garante também a segurança de todo o processo de transação, seja de valores, bens, serviços ou dados confidenciais.
Saiba mais sobre como funciona a blockchain no vídeo a seguir:
Por que tokenizar?
A emissão de tokens é uma alternativa extremamente eficiente e segura de dar liquidez a ativos reais e financeiros, além de democratizar o acesso ao mercado de capitais.
Entre as vantagens da tokenização, podemos citar:
- Transações sem fronteiras
Qualquer pessoa pode investir em propriedades localizadas em qualquer lugar do mundo, de forma segura e rápida.
- Eliminação de intermediários
A negociação de tokens não requer intermediários, já que tudo é feito através da blockchain, a um custo muito menor do que no mercado financeiro tradicional. Assim, não existem despesas como custódia, emolumentos, corretagem, comissões, etc.
- Aquisição fracionada de bens
O investidor pode ter participação em bens e negócios a um custo muito acessível, já que está adquirindo apenas uma fração do ativo.
- Maior liquidez
Negociar tokens é muito mais fácil e rápido do que negociar propriedades inteiras.
- Acesso fácil ao mercado de capitais
Os tokens eliminam barreiras geográficas, ampliando a base de investidores potenciais em escala planetária.
Como tokenizar um ativo?
O processo de emissão de tokens é estruturado por empresas especializadas, que avaliam aspectos como existência e viabilidade da oferta.
Geralmente é aberta uma sociedade de propósito específico (SPE) e uma conta-garantia (escrow) onde será depositado o dinheiro das transações e distribuições, dando transparência ao processo e garantindo sua governança.
Todo o processo de identificação de titularidade e transmissão de direitos é feito por contratos inteligentes, ou smart contracts. São protocolos autoexecutáveis que dão confiabilidade às transações.
O último passo é a listagem ou distribuição, em que os tokens são disponibilizados aos investidores dentro de uma plataforma.
Tokenização: principais tipos de tokens
Entre as principais opões de tokens existentes hoje no mercado, podemos citar:
- Payment tokens
Funcionam como meios de pagamento aceitos para compra de produtos e serviços. É o caso do bitcoin, ethereum, litecoin, etc.
- Utility tokens
São ativos com aplicações específicas, como descontos em lojas, direitos de acesso a serviços, programas de fidelidade, etc.
- Security tokens
São ativos financeiros muito parecidos com ações na bolsa de valores, já que permitem ter participação em empresas, fundos de investimento, etc.
- NFTs – Non-fungible tokens
Os NFTs são ativos digitais únicos e insubstituíveis, que funcionam como um certificado de propriedade exclusiva sobre algo, como uma obra de arte ou um item colecionável.
Tokenização: regulamentação de tokens
A regulamentação dos tokens ainda é algo incipiente e repleto de lacunas, que vão sendo preenchidas com o tempo, dadas as características descentralizadas e sem fronteiras desses ativos digitais.
No entanto, diversos países já estabelecem regras para negociação de payment tokens, como criptomoedas, por exemplo, como é o caso do EUA, Reino Unido, etc.
No Brasil, a CVM é órgão responsável por fiscalizar e disciplinar a tokenização de empresas e a negociação de security tokens.
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