Um dos segmentos mais estratégicos da nossa economia, o setor mineral é responsável por cerca de 4% de todas as riquezas produzidas no país. O setor tem participação fundamental em nossas exportações, já que responde por quase um quarto dos nossos produtos remetidos ao exterior, somando US$ 51 bilhões em bens exportados. Por isso, o interesse pelo setor cresce a cada dia e muito ainda se é questionado quando o assunto é o financiamento alternativo no setor mineral.
Com mais de 3000 minas espalhadas pelo território nacional, o Brasil é um dos cinco maiores produtores minerais do mundo.
De fato, é uma indústria gigante, que vem se expandindo e se transformando nos últimos anos. O setor evolui rapidamente quando o assunto é sofisticação de seus processos. Sejam eles em relação a aumento da produtividade, sustentabilidade e tecnologia em processos extrativos.
Dada sua importância em nossa balança comercial e sua posição de destaque no mundo, já que somos detentores de importantes reservas de recursos minerais, como nióbio, níquel, estanho, ferro, entre vários outros, o setor mineral tende a demandar investimentos substanciais nos próximos anos.
Grandes investimentos serão vistos para atender ao crescente consumo da indústria mundial com a retomada do crescimento pós-pandemia.
No artigo de hoje, vamos abordar como o financiamento alternativo no setor mineral pode exercer um papel fundamental na diversificação da oferta de capital a empresas mineradoras incipientes e de pequeno porte, que muitas vezes encontram dificuldade para acessar as linhas de crédito tradicionais disponíveis no mercado.
Desafios do financiamento alternativo no setor mineral
Na última década, a extração mineral brasileira disparou mais de 550%, fornecendo matérias-primas não só para a indústria nacional, como a automobilística e a de construção civil, mas também para países como China, Estados Unidos, Japão e Argentina.
No total, o setor gera mais de 700 mil empregos diretos e cerca de 2,2 milhões de empregos indiretos, absorvendo um volume substancial da mão de obra em nosso país, além de contribuir com o avanço socioeconômico das cidades onde a atividade extrativa é realizada.
No entanto, se considerarmos a evolução do setor no mercado internacional como um todo, o que vimos foram fortes oscilações na demanda na última década, que também ficou marcada pela depreciação das commodities e pelos altos custos operacionais das empresas do segmento.
Além disso, o setor vem sofrendo profundas mudanças regulatórias, especialmente em relação aos impactos sociais e ambientais da mineração.
Bancos e investidores acabaram se afastando do setor, reduzindo o acesso a capital principalmente das mineradoras de pequeno porte, que se viram forçadas a buscar alternativas para financiar novos projetos e reestruturar seus ativos existentes.
Cenário econômico das pequenas mineradoras
De acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração, apenas 2% da extração mineral no Brasil é realizada por empresas de grande porte, capazes de produzir acima de 1 milhão de toneladas por ano.
Isso quer dizer que a grande maioria das mineradoras do nosso país é composta por companhias de pequena escala, que atuam principalmente na mineração de recursos não metálicos. Mas ainda assim a mineração em pequena escala representa cerca de 73% da atividade extratora no Brasil.
Mesmo após sete anos do crash das commodities mundiais, muitas mineradoras incipientes ainda encontram dificuldade em garantir o financiamento dos seus projetos. Muitas delas acabaram ficando completamente de fora do boom da mineração em 2017, apesar da disparada na demanda de metais e minérios como cobre, zinco, níquel, cobalto e lítio.
Para as 40 maiores mineradoras, no entanto, a história foi bastante diferente. Naquele mesmo ano, essas empresas registraram uma disparada de 30% em sua capitalização de mercado combinada. Elas atingiram, assim, US$ 926 bilhões e gerando 11% de retorno sobre o patrimônio líquido, segundo dados da PwC.
A persistente falta de confiança em pequenas mineradoras se deve, em parte, à maior competição de novas oportunidades de investimento. Setores como o de tecnologia, criptomoedas, ciências da vida, entre outras, são, certamente, os principais competidores.
Financiamento coletivo e criptomoedas na mineração
Uma das modalidades de financiamento alternativo no setor mineral são as criptomoedas e cripto-tokens. Elas têm chamado a atenção no mercado internacional, especialmente de empresas de pequeno porte.
Esse tipo de financiamento tem crescido bastante principalmente no Canadá e na Austrália.
O financiamento tokenizado se baseia no valor intrínseco de uma reserva mineral ou da sua produção. Isso diferencia esses tokens de várias criptomoedas estabilizadas, como o Bitcoin e o Ethereum, que não têm qualquer tipo de lastro em ativos físicos.
Os tokens são distribuídos através de uma oferta pública inicial usando a tecnologia de blockchain. Após sua emissão, esses tokens podem ser listados em corretoras terceirizadas para facilitar sua negociação e liquidez.
Em outubro de 2018, a PCF Capital, consultoria australiana, emitiu o que chamou de “primeiro token do mundo a financiar projetos de mineração de ouro”. O token, chamado FutureGold, tem a finalidade de financiar exploradores, desenvolvedores e produtores de ouro.
Conheça mais sobre o Crowdfunding no setor
Outra opção de financiamento que tem atraído a atenção de pequenas mineradoras é o chamado crowdfunding, ou financiamento coletivo. Esse tipo de oferta permite que empresas e empreendimentos em fase inicial possam financiar seus projetos por meio de uma capitalização de baixo custo. A pouca burocracia e praticidade, visto que todo o processo é feito de forma digital, tem atraído investidores.
A Bloxs é uma plataforma de investimento habilitada pelo órgão competente para intermediar investimentos dessa natureza.
Graças a esse novo tipo de oferta pública autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 2017, os investidores comuns passaram a ter acesso a uma vasta gama de investimentos de alta qualidade na economia real, como a mineração, os quais são eram acessíveis a investidores institucionais.
Projetos extrativos de pequeno porte agora podem contar com o apoio de fintechs para levantar recursos capazes de viabilizar projetos que muitas vezes não são de interesse de instituições financeiras tradicionais ou mesmo de órgãos de fomento do governo. A burocracia das instituições tradicionais acaba afastando empreendimentos promissores, que não conseguem seguir em frente por falta de liquidez.
Todo o processo de captação pode ser feito de uma maneira rápida e simples. A oferta pública é feita de forma totalmente digital por meio de uma plataforma avançada e plenamente acessível ao investidor de varejo. O investidor tem acesso a uma aplicação de baixa volatilidade e com um perfil de risco-retorno extremamente atraente, além de uma rentabilidade muito acima da média das aplicações tradicionais em renda fixa, por exemplo.
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1 Comment
Adorei essa matéria. Se possível me enviem as fontes.
Grato pela atenção.
Fico no aguardo.