O Brasil é uma potência indiscutível quando o assunto é agronegócio.
Estamos entre os maiores exportadores mundiais de commodities, como soja, minério de ferro, carne bovina, celulose e açúcar.
Porém, apesar de o setor produzir mais de 20% das riquezas nacionais, suas empresas têm uma participação muito pequena na bolsa de valores: apenas 4%.
Faça parte da nossa lista de interesse em agronegócio.
A boa notícia é que essa realidade está mudando.
Uma safra de novas ofertas do agronegócio está prevista para este ano e, por isso, a Bloxs preparou um material especial para falar sobre essa tendência.
Se você quer saber tudo sobre a entrada das empresas do agronegócio na bolsa, então fique com a gente e confira os tópicos que vamos abordar hoje:
Fortes resultados do agronegócio mostram robustez do setor
Mais uma vez nossos produtos do campo superaram as expectativas e terminaram o primeiro trimestre em alta.
A vigorosa demanda externa e o câmbio favorável tornaram os produtos brasileiros mais atraentes no mercado internacional, o que explica o crescimento de 11,9% das nossas exportações.
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O superávit do agronegócio foi de US$ 19,67 bilhões no período, uma alta de 12,7% em relação aos primeiros três meses de 2020.
Segundo a última Carta de Conjuntura do Ipea:
Do lado da demanda, o destaque foi a manutenção do alto volume de embarques para a China e países asiáticos. A demanda mundial aquecida e os estoques baixos contribuíram para boa parte da alta dos preços internacionais.
O instituto explica ainda que o Brasil conseguiu se manter como um dos principais fornecedores de commodities agropecuárias no mercado mundial em 2020.
Os destaques das nossas exportações foram:
- Soja;
- Proteína animal (carne bovina, suína e de frango);
- Açúcar;
- Café;
- Algodão.
Entre os fatores que impulsionaram nossas exportações, podemos citar:
- Desvalorização do real frente ao dólar, que tornou os preços brasileiros ainda mais competitivos,
- Quebra de safra nos países concorrentes, como no caso do açúcar,
- Aumento da demanda internacional, como no comércio do algodão,
- Condições climáticas favoráveis, como a bienalidade positiva do café.
Leia também: Produção em alta promete mais um ano espetacular para o agronegócio
Safra de IPOs quer aproveitar bom momento do agronegócio
A queda de juros e a escassez de crédito estão fazendo com que uma verdadeira “safra” de empresas do setor busque o mercado de capitais para financiar sua expansão.
Na avaliação do coordenador do curso de Economia da FGV, Joelson Sampaio, em entrevista ao Estado de Minas:
Esses IPOs têm relação com o cenário dos juros baixos, atrelado ao crescimento expressivo que o agro brasileiro tem tido. Com o câmbio favorável, diversas empresas vêm registrando um excelente desempenho neste ano.
Na lista de empresas que já abriram seu capital ou se preparam para fazê-lo, temos:
Oleoplan
A Oleoplan é uma das maiores e mais diversificadas empresas de energia renovável da América Latina, com ampla atuação na cadeia produtiva da soja.
Em 2019, a companhia foi líder em volume vendido de biodiesel no mercado nacional, com mais de 608 milhões de litros comercializados.
Com isso, a Oleoplan garantiu uma participação de mercado de 10,1%, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Sua capacidade instalada de biodiesel é a segunda maior do país, totalizando 936 milhões de litros ao ano.
Além disso, a empresa tem duas unidades industriais de esmagamento de soja capazes de processar 4.500 toneladas de soja ao dia. A Companhia detém uma trajetória única de crescimento e liderança no mercado de biodiesel do Brasil, sendo que, desde 2011, figura entre os três maiores, e, desde 2014, está posicionada entre os dois maiores produtores, conforme dados da ANP.
Fundada pela família Boff, a Oleoplan tem mais de 40 anos de atuação na cadeia produtiva da soja e foi a pioneira na produção de biodiesel no estado do Rio Grande do Sul.
Boa Safra (GBSA3)
A Boa Safra é uma empresa com mais de 40 anos de história na produção de sementes e presença em mais de 70% do território nacional
Em seu prospecto registrado junto à CVM, a empresa afirma que é líder em vendas de sementes de soja no Brasil, com 5,7% de market share.
Além disso, a Boa Safra tem um dos mais completos portfólios de sementes de soja do mercado brasileiro, oferecendo tratamentos com diversos componentes químicos e genéticos adaptados às mais distintas regiões do país.
Sua infraestrutura produtiva abrange 5 unidades de beneficiamento, com capacidade para armazenar 111 toneladas de sementes de milho, feijão e soja por hora.
Jalles Machado (JALL3)
A Jalles Machado é um importante produtor de açúcar e etanol do Brasil.
Sua exportação de açúcar orgânico é a maior do país e, no mercado local, a empresa produz e comercializa produtos como álcool em gel, álcool para limpeza e álcool industrial através das marcas Itajá e Allgel.
Além disso, a Jalles Machado é um grande player na indústria de etanol (anidro, hidratado e orgânico), açúcar (branco e VHP) e energia elétrica, através do seu parque industrial, com capacidade de moagem de 5,3 milhões de toneladas por ano.
Segundo prospecto da companhia registrado na CVM:
A estratégia de focar em produtos de maior valor agregado permite que a empresa obtenha uma rentabilidade acima da média do setor, além de trazer resiliência para geração de caixa.
Agrogalaxy (AGXC3)
O AgroGalaxy é uma das principais plataformas de varejo de insumos agrícolas e serviços voltados para o agronegócio brasileiro
Seus mercados de atuação são:
- Comercialização de insumos agrícolas;
- Produção de sementes;
- Originação;
- Armazenamento e comercialização de grãos;
- Prestação de serviços agrícolas.
Com presença em todo o país, a empresa possui um ecossistema integrado, com produtos e soluções únicas para atender o produtor rural
Em 2021, após a conclusão da aquisição da Boa Vista, a companhia passou a contar com 100 lojas, incluindo pontos comerciais, 19 silos, com capacidade de armazenamento de grãos na unidade de beneficiamento de sementes e 3 plantas próprias de sementes de soja e 5 tooling
Sua atuação cobre cerca de 1.000 cidades do país, dentro da sua estratégia de ter forte capilaridade nas regiões mais estratégicas do agronegócio brasileiro.
Grupo Vittia (VITT3)
O Grupo Vittia fornece soluções de nutrição e proteção vegetal por meio de fertilizantes especiais e de defensivos biológicos para aumento de produtividade e sustentabilidade de culturas de todo o agronegócio brasileiro.
A empresa afirma ser a plataforma líder na utilização de biotecnologia para desenvolvimento de seus produtos e está entre as maiores produtoras de defensivos e fertilizantes especiais do Brasil
Fundado em 1971, o Grupo Vittia tem presença em todas as regiões agrícolas do país e iniciou suas atividades como um dos primeiros produtores nacionais de inoculantes para o mercado de soja.
Em seu amplo portfólio, a companhia oferece:
- Fertilizantes foliares;
- Fertilizantes de solo à base de micronutrientes (ou micro de solo);
- Condicionadores de solo;
- Organominerais;
- Inoculantes;
- produtos industriais;
- Defensivos biológicos.
Seu faturamento vem da venda de produtos para diversas culturas agrícolas, como soja, milho, algodão, café, cítricos, culturas de inverno, feijão, cana-de-açúcar.
Vale a pena investir no agronegócio na bolsa?
Sem dúvida, o agronegócio é o setor mais pujante e resiliente da nossa economia, mas é preciso ter cuidado na hora de investir em ações.
Veja o que aconteceu com as ações de uma das principais empresas de proteína anial do mundo, a JBS, no fatídico evento “Joesley Day”:
O impacto nas ações da empresa foi tão grande que sua cotação chegou a cair 55% em apenas quatro pregões.
A forte volatilidade das ações deve ser levado em conta pelo investidor, que pode considerar outras formas de investir no setor.
É o caso do investimento direto em projetos sólidos do agronegócio.
Estamos falando do crowdfunding de investimento, que não para de atrair investidores que buscam novas e mais modernas formas de investir.
Leia também: Você perde até 500% de rentabilidade ao investir em renda fixa: entenda!
A Bloxs é especialista em captações diretas para o agronegócio e já levantou mais de R$ 15 milhões em grandes projetos do setor, desde o segmento florestal até a exportação de carne bovina.
Agora, você pode investir diretamente em cabeças de gado com rentabilidade projetada de até 20,20% ao ano.
No projeto Rural Investimentos II, você pode se tornar sócio de uma empresa especialmente criada para adquirir bovinos magros, que serão posteriormente comercializados com um grande frigorífico em Barretos/SP.
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