A energia solar se consolidou como segunda maior fonte de geração de eletricidade no país, ao ultrapassar a marca de 30 gigawatts de potência instalada, o equivalente a mais de uma vez e meia a potência da usina de Itaipu.
E essa expansão está sendo impulsionada tanto por projetos de grande porte quanto por instalações domésticas, que cresceram quase 200% no ano passado, maior aumento do mundo, segundo o SolarPowe Europe.
Não é segredo que, quando o assunto é luz solar, o território brasileiro é um dos mais privilegiados do planeta, com excelentes índices de incidência principalmente no interior.
Com os incentivos fiscais oferecidos nos últimos anos, a entrada de novos aparelhos fotovoltaicos mais acessíveis, potentes e econômicos e as condições ideais para produzir esse tipo de energia, o crescimento da geração distribuída promete continuar forte e atraindo investimentos.
E para lucrar com esse setor você não precisa necessariamente construir e operar sua própria usina, para vender a energia a clientes individuais e comerciais.
Já existem hoje opções de investimento coletivo em projetos fotovoltaicos, tocados por especialistas e com assessoria responsável por monitorar e gerenciar toda a alocação de recursos.
Quer saber mais sobre as perspectivas do mercado de energia solar no Brasil e como investir em um setor considerado defensivo e gerador de renda?
Então continue a leitura deste artigo e fique por dentro dos seguintes tópicos:
Energia solar acelera crescimento
O mercado de energia solar no Brasil não para de crescer e já é a segunda maior fonte de geração de eletricidade, atrás apenas das usinas hidrelétricas.
E essa forte ascensão está sendo impulsionada por projetos em geração distribuída (GD), modalidade de produção em que a energia é produzida de maneira descentralizada, mais perto das unidades consumidoras.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a capacidade instalada dos projetos fotovoltaicos de todos os portes, incluindo desde fazendas solares até sistemas domésticos, ultrapassou a marca de 30 gigawatts em maio, sendo responsável por 14,3% da matriz energética do país.
De fato, como explica uma reportagem recente publicada pelo portal Neofeed, o grosso dessa expansão está sendo gerado por sistemas de pequeno porte, como os kits residenciais, que tiveram uma forte expansão no ano passado de 194%, o maior avanço registrado no mundo, segundo a SolarPower Europe.
O que explica o boom da energia solar no Brasil?
Diversos fatores explicam por que a energia solar vem crescendo tanto no país nos últimos anos, tais como:
Inflação da energia elétrica
A energia elétrica no país passou por momentos de grande estresse nos últimos anos, seja por causa de políticas equivocadas, como a tentativa de baixar à força a conta de luz para os consumidores, seja por conta de fatores naturais, como a escassez de chuvas, que vem provocando crises hídricas cada vez mais frequentes em nosso território.
O resultado disso tudo é que o valor da conta de luz vem sendo corrigido acima da inflação há muitos anos, pesando no orçamento das famílias e obrigando-as a mudar seus hábitos de consumo, além de afetar o crescimento econômico do país, ao roubar competitividade das nossas empresas e impedir que utilizem esses recursos para alavancar seu crescimento.
Barateamento da tecnologia
Adquirir um kit fotovoltaico deixou de ser um privilégio de ricos no país e já existem hoje diversas linhas de financiamento acessíveis para que os consumidores instalem placas no próprio telhado e passem a produzir sua própria energia.
Além disso, usinas comerciais estão conseguindo adquirir equipamentos mais potentes, econômicos e acessíveis, o que, aliado aos incentivos para o crescimento do setor, está aumentando suas margens de lucro e atraindo cada vez mais investidores.
Novas linhas de financiamento
Além do maior acesso a placas fotovoltaicas, aumentaram nos últimos anos as linhas de financiamento para o setor, permitindo que os consumidores adquiram a prazo seus sistemas solares e possam utilizar os recursos poupados na conta de luz para quitar parte do custo dos equipamentos.
Para consumidores de maior porte, uma opções de financiamento que ganhou destaque nos últimos anos foi o mercado de capitais, principalmente com a regulamentação do crowdfunding em 2017, permitindo que geradores de pequeno e médio porte atraíssem investidores para os seus projetos a custos relativamente mais baixos do que as linhas tradicionais de crédito.
E a plataforma de investimento coletivo que mais se destaca nesse segmento é a Bloxs Crowdfunding, que já viabilizou diversos projetos de energia solar fotovoltaica pelo país, tanto em operações de dívida quanto de equity.
No primeiro caso, os investidores se unem para emprestar recursos para empresários do ramo a juros e podem, assim, diversificar sua carteira com ativos altamente rentáveis.
Já no segundo caso, os investidores tornam-se sócios do projeto e passam a compartilhar dos seus resultados, recebendo em suas contas pagamentos periódicos para diversificar suas fontes de renda passiva no longo prazo.
Para os investidores que se interessam por esse tipo de projeto, a Bloxs Crowdfunding abriu recentemente sua mais nova operação no segmento, o projeto B-Energy – Energia Solar I.
É uma oportunidade para os investidores rentabilizarem seu capital muito acima da inflação com pagamentos mensais dos resultados de duas usinas a serem construídas no interior do Paraná com capacidade de 2MW.
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Condições climáticas favoráveis
Nem é preciso dizer que o Brasil é um dos países mais privilegiados do mundo quando o assunto é incidência de raios solares.
Nossos níveis de irradiação, além de bem distribuídos pelo interior do país, apresentam altos índices de consistência, permitindo que sistemas de pequeno e grande porte possam maximizar sua geração praticamente ao longo de todo o ano.
Dessa forma, com o aumento da escala dos projetos, os custos de produção acabam sendo reduzidos, o que vem atraindo cada vez mais empreendedores e investidores para esse mercado em forte expansão.
Incentivos fiscais
O governo federal e também os estados vêm oferecendo incentivos fiscais para empresas de energia solar que desejam construir projetos capazes de diversificar melhor nossa matriz elétrica e reduzir nossa dependência às barragens.
Por isso, a geração distribuída passou a ser incentivada, o que explica o salto que essa modalidade de produção de eletricidade teve nos últimos anos. A energia solar, por exemplo, deixou de responder por 2% da eletricidade produzida há cinco anos para se tornar a segunda maior fonte de geração, com uma participação de mais de 14%.
Recentemente, houve uma mudança no marco regulatório do segmento, a fim de dar mais sustentabilidade ao sistema e distribuir melhor os custos de instalação à rede e distribuição de energia.
Houve, no entanto, uma “janela” de transição, permitindo que os projetos registrados até o início do ano tivessem benefícios na conta de luz até 2045, o que acabou provocando uma verdadeira “corrida” para garantir o benefício e antecipando investimentos.
A GD é responsável por mais de 90% da geração distribuída e funciona através da injeção do excedente de energia produzida na rede elétrica, que é convertido em créditos para abater na conta de luz do próximo mês.
Atualmente, existem mais de 1,9 milhão de kits fotovoltaicos conectados à rede.
Gargalos a serem superados
Como não poderia deixar de ser diferente, nem tudo são flores. O setor ainda apresenta gargalos que impedem uma expansão mais acelerada da energia solar do país, sobretudo em relação à falta de infraestrutura necessária para a instalação de novos sistemas à rede e capacidade de distribuição.
Um dos principais problemas relatados pelos investidores é a demora na aprovação de projetos de instalação pelas distribuidoras de energia por falta de infraestrutura, o que tem gerado uma onda de reclamações à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Além disso, o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), em entrevista à Neofeed, destaca que o crescimento impulsionado pelos subsídios criou uma distorção no sistema de geração distribuída.
Isso ocorre, devido ao surgimento de subprodutos, como a geração compartilhada (GC), em que as distribuidoras não recebem nada, devido à ausência de custos de transmissão.
Apesar dos desafios e distorções no sistema, o mercado de geração distribuída de energia solar continua em crescimento e atraindo investidores. O financiamento para o setor em 2023 é esperado ser maior do que o liberado pelo banco para rodovias e saneamento no ano anterior.Se você gostou deste texto e deseja receber conteúdos exclusivos todas as semanas no seu e-mail, basta fazer um cadastro rápido em nossa plataforma para receber nossas newsletters semanais, além de oportunidades exclusivas de investimento em energia solar.