A reabertura do mercado de entretenimento enfrenta grandes desafios. Isso porque os avanços na contenção da pandemia de covid-19 abriram espaço para o necessário debate sobre a retomada do segmento no Brasil.
Como um dos mais importantes subsetores da indústria cultural, o mercado de entretenimento possui ramificações que influenciam praticamente toda a cadeia produtiva nacional.
Marketing, transporte, logística, acomodação, alimentação, segurança são apenas alguns dos inúmeros segmentos que se viram abalados pela paralisação dos eventos ao vivo em nosso país.
Não é à toa que o prolongamento da crise esteja gerando sérias preocupações no âmbito econômico.
Afinal, somente no mês de março de 2020 as perdas contabilizadas com os cancelamentos de eventos no Brasil ultrapassam a casa dos RS 80 bilhões.
Apesar de tantas adversidades, a reabertura do mercado de entretenimento em nosso país precisa ser discutida à luz das melhores práticas adotadas no mundo, dada a sua importância para o progresso do nosso país.
No artigo de hoje, você vai entender melhor a dinâmica do mercado de entretenimento:
- Qual a relevância desse segmento para a economia do Brasil?
- Como as empresas estão se preparando para a retomada das atividades?
- Quais critérios e protocolos estão sendo adotados?
- Como o setor está se reinventando para continuar crescendo e gerando empregos?
Por que a reabertura do mercado de entretenimento é tão importante?
Prezar pela segurança e a vida das pessoas tem sido a prioridade máxima das autoridades no combate ao coronavírus.
Não poderia ser diferente: no momento em que nos aproximamos da triste marca de 130.000 famílias que perderam entes queridos durante a crise sanitária, os efeitos igualmente terríveis que o vírus vem causando à sustentação financeira dos lares não podem ser ignorados.
Responsável por 2% do PIB brasileiro, a indústria cultural, incluindo o subsetor de entretenimento e sua profunda influência em outros ramos de atividade, garante o emprego de mais de 25 milhões de pessoas.
Além desses efeitos prejudiciais imediatamente apreensíveis da pandemia – isto é, seus danos à vida e à saúde financeira da população – não podemos deixar de considerar também os impactos danosos à estabilidade emocional das pessoas com as inevitáveis medidas de distanciamento.
A drástica mudança de estilo de vida imposta pela pandemia, muitas vezes impossibilitando o convívio social e até o contato físico entre as pessoas, acabou trazendo sérios transtornos à saúde mental da população.
Efeitos do confinamento compulsório
O médico psiquiatra Jair de Jesus Mari, professor titular e chefe do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) explica em detalhe como cada fase da pandemia pode causar graves desequilíbrios psicológicos em uma parcela significativa da população:
“A epidemia é um forte fator de estresse que, por sua vez, é fator causal de desequilíbrios neurofisiológicos. O confinamento compulsório exige uma forçada mudança de rotina. São comuns as manifestações de desamparo, tédio e raiva pela perda da liberdade. Estas reações são esperadas e preocupam do ponto de vista da saúde mental quando passam a afetar a funcionalidade do indivíduo. A última fase dos transtornos está relacionada com as possíveis perdas econômicas e afetivas decorrentes da epidemia, já que as pessoas confinadas terão perdas econômicas importantes. “
Vemos, portanto, que a situação de confinamento fez aflorar nas pessoas a necessidade de contato social, reunião entre amigos, diversão e entretenimento.
Esse é mais um fator geralmente ignorado na importância da reabertura do mercado de entretenimento: a saúde mental das pessoas.
Sem dúvida, assim que o distanciamento começar a ser relaxado e nossa rotina finalmente voltar a lembrar um pouco aquilo com que estávamos acostumados, as pessoas se sentirão desesperadas para aproveitar qualquer oportunidade para compartilhar bons momentos com seus amigos e familiares.
E o setor de eventos tem tudo para se beneficiar desse cenário e apresentar uma retomada em “V” assim que for autorizado a funcionar.
Critérios e protocolos para a reabertura do mercado de entretenimento no Brasil
Agora que a maioria dos estados já se encontra em estágio de desaceleração ou estabilização da pandemia, está mais do que na hora de avaliarmos quais são os critérios e protocolos para que a reabertura do mercado de entretenimento possa impulsionar o crescimento econômico do país.
Segundo a Agência Brasil, pelo menos 17 estados e o Distrito Federal publicaram medidas que permitem a flexibilização das normas de distanciamento social. O diálogo está sendo feito junto às prefeituras para que a retomada seja gradual, dependendo da situação de cada região.
Em pelo menos 14 unidades da federação, as medidas de flexibilização já estão em vigor. Seis estados ainda estão em processo de discussão e não têm planos de retomada oficialmente publicados.
Alagoas, Bahia e Mato Grosso do Sul estão na fase final e devem publicar os planos em breve. Espírito Santo, Roraima e Mato Grosso discutem as medidas.
Em São Paulo, o governo do estado definiu cinco fases em seu plano de reabertura. Os eventos ao vivo começam a ser autorizados a partir da Fase 3, na qual se encontra o estado, porém somente com o público sentado.
Os eventos com o público em pé começarão a ser liberados quando o estado atingir a Fase 4, porém somente aqueles que não gerem aglomeração, seguindo estritos protocolos de segurança, como a limitação da capacidade do local.
O Estado de Santa Catarina definiu um Plano Estratégico de Retomada das Atividades Econômicas. A grande maioria das cidades catarinenses já se encontra na fase de estabilização ou desaceleração da pandemia, o que deve permitir a reabertura do mercado de entretenimento em breve em todo o estado.
Critérios de reabertura
Praticamente todos os estados brasileiros definiram critérios para a retomada gradual das atividades com base no progresso do enfrentamento ao vírus em cada região.
De maneira geral os estados definem esses critérios e protocolos, ficando a cargo de cada prefeitura avaliar a situação conforme o número de casos em sua jurisdição.
No Estado de São Paulo, por exemplo, o critério para o avanço nas fases do Plano São Paulo é a média da taxa de ocupação dos leitos de UTI exclusivas para pacientes com coronavírus, número de novas internações no mesmo período e número de óbitos.
A reabertura do mercado de entretenimento deverá levar em consideração as decisões da autoridade pública local que regulamentam a retomada das atividades em cada estado, região e município.
É importante notar que, em todos os estados, as atividades que gerem aglomeração de pessoas estão totalmente proibidas até que a pandemia esteja controlada ou uma vacina seja desenvolvida.
Isso se deve ao fato de que um grande número de pessoas, em contato prolongado, é uma das formas mais óbvias de disseminação do vírus.
Essa realidade se aplica em todo o mundo.
Para limitar o contágio, muitos eventos que reúnem mais de 100 pessoas estão sendo cancelados ou adiados. Os governos de cada localidade definiram multas pesadas para o desrespeito às normas, inclusive com a possibilidade de prisão dos organizadores, dependendo da gravidade da situação.
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Qual será o “novo normal” do mercado de entretenimento após a reabertura?
Claramente, os eventos que se destacarão depois da reabertura do mercado de entretenimento serão aqueles que adotarem rígidos protocolos de segurança e prezarem pela saúde dos seus convidados.
Nesse sentido, eventos de grandes dimensões em espaços confinados estão completamente fora de cogitação.
O futuro do entretenimento, portanto, está na criação de espaços abertos que permitam a reunião de um número controlado de pessoas. A amplitude das instalações, de modo a permitir o distanciamento entre os participantes, será indispensável.
Os organizadores que terão sucesso nesse “novo normal” serão aqueles que reduzirem a escala das suas ofertas e começarem a pensar localmente.
Evidentemente, as pessoas evitarão realizar grandes deslocamentos, principalmente em espaços fechados, como um avião.
Outro requisito fundamental para a realização de eventos de sucesso será a rígida atenção aos protocolos definidos em cada jurisdição.
Entre essas medidas de segurança para a reabertura do mercado de entretenimento, podemos destacar as estações de higienização das mãos, a limitação do público, a demarcação de espaços respeitando o distanciamento mínimo, o controle de acesso e hora marcada.
Reinvenção do setor
Durante a pandemia, alguns tipos de eventos ao vivo puderam ser realizados, desde que os participantes estivessem sentados e o distanciamento social fosse respeitado.
Os empresários do setor tiveram que se reinventar para manter a viabilidade e a lucratividade dos seus negócios, especialmente com a adoção de tecnologia.
Um dos momentos mais críticos para disseminação do vírus, sem dúvida, se dava na chegada e na saída dos convidados. Tudo, portanto, precisou ser rigorosamente planejado para evitar o contato prolongado entre os participantes.
Foi comum a adoção de atendimento remoto e o esclarecimento dos procedimentos a serem adotados para garantir a segurança das pessoas.
A prática mais recorrente, entretanto, foi a completa mudança das conferências para o ambiente on-line. Houve uma explosão no uso de plataformas virtuais para que as pessoas pudessem continuar realizando suas atividades no local em que se sentissem mais seguras.
Muitas dessas mudanças deverão continuar sendo adotadas pelos organizadores de eventos daqui para frente, principalmente o uso da realidade virtual e do atendimento remoto.
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