Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) têm se destacado como instrumentos financeiros atrativos, especialmente em um contexto de variações significativas nos indicadores econômicos.
Neste estudo, investigamos a relação dos indexadores dos CRIs com os principais indicadores econômicos, como a taxa Selic, a inflação e os juros reais, buscando compreender as tendências e padrões que influenciam esses instrumentos de renda fixa.
O ciclo de cortes na Selic e a desaceleração da inflação
Em 2023, o Banco Central do Brasil iniciou um ciclo de cortes na taxa Selic, movimento que se estendeu para o ano atual.
Paralelamente, a expectativa é de que a inflação desacelere em 2024, fechando em torno de 3.9% de variação anual, conforme indicado pelo último boletim Focus. Esse cenário de redução das taxas de juros e controle da inflação motivou a realização deste estudo.
Análise dos indexadores dos CRIs vs indicadores econômicos
Para compreender a dinâmica dos CRIs em relação aos indicadores econômicos, cruzamos o percentual do volume de emissões mês a mês com os seguintes indicadores:
- IPCA acumulado em 12 meses,
- Taxa Selic e
- Juros reais
Os indicadores são representados pela fórmula ((1 + Selic Meta)/(1+IPCA 12 meses)), utilizado como proxy para os juros reais.
Correlações identificadas: CDI, Inflação e Taxa Selic
De modo geral, observamos que a melhor correlação para o percentual de CRIs indexados ao CDI e à inflação (IPCA + IGP-M + INCC + INCC-DI) ocorre com a proxy utilizada para os juros reais. Isso significa que o comportamento dos juros reais tem uma influência significativa na escolha dos indexadores dos CRIs.
Impacto das variações nos juros reais nos CRIs
Quando os juros reais aumentam, os CRIs indexados ao CDI, que têm correlação com a taxa Selic, tendem a se beneficiar. Por outro lado, quando há uma queda nos juros reais, observa-se um aumento nas emissões indexadas à inflação. Essa dinâmica reflete a busca por rentabilidade e segurança por parte dos investidores em diferentes cenários econômicos.
Volume total de emissões e a influência da Taxa Selic
Além disso, identificamos uma correlação entre o volume total de emissões de CRIs e a taxa Selic. Esse resultado é coerente, uma vez que um aumento na taxa Selic torna os investimentos em renda fixa mais atrativos. No entanto, ressaltamos que essas correlações não são perfeitas, como evidenciado pelo forte desempenho das emissões no final de 2023 e início de 2024, mesmo com a queda na taxa Selic.
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