Desde a primeira alta meteórica do bitcoin em 2017, quando a criptomoeda multiplicou seu valor por 10, não pararam de surgir casos de golpes com criptomoedas.
Recentemente, saiu na imprensa um caso envolvendo jogadores de futebol brasileiros que alegam ter perdido nada mais, nada menos que R$ 30 milhões em um esquema fraudulento envolvendo criptoativos.
A verdade, no entanto, é que as promessas de lucro alto em pouco tempo sempre fizeram parte da história das fraudes no mundo financeiro.
Desde o esquema Ponzi original, aplicado pelo golpista ítalo-americano Charles Ponzi na década de 1920 com investimentos em selos postais, até casos mais recentes envolvendo criptomoedas, os crimes financeiros se aproveitam da desinformação e da ganância.
Com as moedas digitais, antigos métodos fraudulentos ganharam uma nova roupagem e também vêm sendo aplicados em investidores pouco criteriosos em suas aplicações ou que preferem acreditar em promessas de enriquecimento rápido.
Neste artigo, vamos entender melhor como os golpes com criptomoedas vêm sendo aplicados e como você pode identificá-los e investir com segurança em moedas digitais, inclusive através de mercados regulados e projetos lastreados em ativos reais.
Confira a seguir os tópicos que vamos abordar a partir de agora:
- Golpes financeiros: uma história tão antiga quanto o dinheiro
- Casos emblemáticos de pirâmides financeiras
- Golpes financeiros no Brasil
- Golpes com criptomoedas crescem com popularização de ativos digitais
- Principais casos de golpes com criptomoedas
- Golpes com criptomoedas no Brasil
- Desinformação gera prejuízos aos investidores
Golpes financeiros: uma história tão antiga quanto o dinheiro
As histórias de golpes financeiros são tão antigas quanto a própria noção de dinheiro, mas começaram a ganhar vulto a partir da criação de mercados líquidos de ativos e sistemas financeiros modernos no último século.
Independente da sua natureza, essas fraudes costumam compartilhar uma característica comum: a promessa de ganhos fantásticos em pouco tempo, investindo em algo novo ou relativamente desconhecido.
Casos emblemáticos de pirâmides financeiras
A famosa “pirâmide financeira” aplicada pelo golpista ítalo-americano Charles Ponzi nos EUA na década de 1920 ficou internacionalmente conhecida como “esquema Ponzi”.
Ele atraiu investidores com promessas de retornos altos e rápidos com investimentos em selos postais internacionais. Mas, em vez disso, usava o dinheiro de novos investidores para pagar o retorno dos investidores antigos, o que lhe permitiu expandir a fraude.
O esquema Madoff, aplicado pelo corretor de Wall Street, Bernard Madoff, também entrou para a história como uma das maiores pirâmides financeiras.
Madoff usou a mesma tática de Ponzi para atrair investidores, sempre com a promessa de lucros extraordinários em pouco tempo. No entanto, também usava o dinheiro dos novos investidores para pagar aqueles que haviam entrado primeiro.
Com a crise financeira de 2008, o esquema de Madoff desmoronou, resultando em perdas estimadas em bilhões de dólares para investidores de todo o mundo.
Golpes financeiros no Brasil
No Brasil, infelizmente, também houve diversos casos de pirâmides financeiras que causaram enormes prejuízos a milhares de investidores.
Entre os casos mais notórios, podemos citar:
- Avestruz Master (1999): a empresa Avestruz Master vendia avestruzes como investimento e operou um dos maiores esquemas de pirâmide financeira da história do país. A empresa atraiu milhares de investidores com promessas de lucros com a criação e venda de avestruzes, mas acabou falindo em 1999, deixando prejuízos estimados em bilhões de reais aos investidores.
- Caso Banco Santos (2005): o Banco Santos, dirigido por Edemar Cid Ferreira, operou um esquema de pirâmide financeira que resultou em um dos maiores escândalos financeiros da história do Brasil. O esquema envolvia a captação de recursos de investidores com promessas de altos retornos e investimentos em ativos fictícios. O banco faliu em 2005, causando um prejuízo também estimado em bilhões de reais aos investidores.
- Caso Telexfree (2013): a Telexfree, uma empresa que prometia lucros rápidos com investimentos em telefonia via internet, executou um esquema de pirâmide financeira que atraiu milhares de investidores no país e desmoronou em 2013, quando autoridades brasileiras e americanas intervieram, o que acabou gerando enormes prejuízos aos investidores.
- Caso BBom (2013): a BBom era uma empresa que prometia lucros rápidos com a venda de rastreadores de veículos e foi acusada de operar um grande esquema de pirâmide financeira, ao atrair investidores com promessas de retornos elevados, mas enfrentou problemas financeiros e legais, novamente gerando prejuízos a milhares de investidores.
Golpes com criptomoedas crescem com popularização de ativos digitais
A ascensão meteórica das criptomoedas a partir de 2017 acabou atraindo a atenção dos fraudadores para esse emergente e promissor mercado, que prometia revolucionar o sistema financeiro.
Como não podia ser diferente, a euforia em torno da valorização do bitcoin e do seu enorme potencial como investimento criou um movimento altamente especulativo, atraindo pessoas em busca de lucros rápidos.
Principais casos de golpes com criptomoedas
Isso acabou criando um ambiente propício para a aplicação de golpes com criptomoedas e escândalos financeiros, como o caso da Mt. Gox, uma das primeiras e maiores exchanges de bitcoin do mundo. Em 2014, ela declarou falência, após revelar uma perda de cerca de 850.000 Bitcoins, que valiam à época cerca de US$ 450 milhões.
Outros casos notórios de golpes com criptomoedas também ganharam as manchetes dos meios de imprensa internacionais, como:
- OneCoin, uma criptomoeda cujos desenvolvedores prometiam alto retorno. Em 2017, os fundadores da OneCoin foram indiciados nos Estados Unidos por fraude e lavagem de dinheiro, sob a acusação de que o projeto era uma fraude que arrecadou bilhões de dólares de investidores em todo o mundo.
- BitConnect, um esquema de empréstimo e investimento que prometia “lucro garantido” aos investidores. Em 2018, a BitConnect foi fechada após ser considerada uma fraude, com perdas estimadas em centenas de milhões de dólares.
- PlusToken foi um esquema de fraude ocorrido principalmente na Ásia e atraiu investidores, com a mesma promessa: altos retornos em pouco tempo. Em 2019, os operadores do PlusToken foram presos, e o esquema foi fechado depois de ter atraído mais de US$ 2 bilhões em criptomoedas de investidores.
Mais recentemente, ganharam destaque as fraudes cometidas pela exchange FTX, fundada por Sam Bankman-Fried, que supostamente usava recursos dos clientes no fundo Alameda Research para sustentar artificialmente o valor da criptomoeda nativa da plataforma, o FTT, entre outros crimes.
Golpes com criptomoedas no Brasil
Durante o último “bull market” do bitcoin, iniciado em 2019, a euforia em torno das criptomoedas chegou com tudo no Brasil, onde foram aplicados diversos golpes com criptomoedas.
Entre os casos mais notórios estão a Unick Forex, empresa que prometia retornos de até 3% ao dia e foi acusada de ser uma pirâmide financeira. O esquema foi desbaratado em 2019, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Lamanai e prendeu os líderes da empresa.
Outro golpe com criptomoedas foi o realizado pela Atlas Quantum, outra empresa que prometia lucros com arbitragem de criptomoedas e foi acusada de ser uma pirâmide financeira. Em 2019, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) proibiu a empresa de ofertar investimentos e a empresa entrou em recuperação judicial.
Desinformação gera prejuízos aos investidores
Em todos esses casos, é possível perceber que a desinformação, a falta de diligência e a busca de lucros rápidos são as causas principais para os prejuízos dos investidores, muitos dos quais acabaram arruinando suas vidas, devido a golpes com criptomoedas.
Para não ser a próxima vítima e evitar outros golpes com criptomoedas, é fundamental que os investidores façam o “dever de casa”, pesquisando sobre a idoneidade das empresas e, principalmente, buscando saber se elas operam dentro da lei.
Por fim, como não poderia ser diferente, não podemos generalizar casos específicos e acreditar que um mercado legítimo opera nas sombras e todos os players desrespeitam a lei.
Se você deseja saber como investir no mercado de criptomoedas de forma segura e dentro da legislação, recomendamos a leitura deste guia, que fala sobre oportunidades de investimento na mineração de criptomoedas, através de empresas idôneas e com amplo histórico de realizações no setor.
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