Estamos no momento ideal para investir em dívida corporativa, diante do atual ambiente político e econômico do país.
Essa é a avaliação de André Jakurski, um dos fundadores do banco BTG Pactual e atual diretor executivo da JGP Asset Management, gestora que administra um patrimônio de R$ 35 bilhões.
Em entrevista recente ao Brazil Journal, ele afirma que “ninguém consegue competir com um juro de 14%”, referindo-se ao atual patamar da taxa Selic, que melhorou a remuneração dos títulos de renda fixa.
Ao falar sobre as perspectivas para o atual governo, Jakurski defende que o cenário atual é completamente diferente do existente há duas décadas, mostrando preocupação com a trajetória da dívida pública.
Neste artigo, vamos entender melhor as visões de um dos principais gestores do país sobre a perspectiva política e econômica, suas consequências para os investimentos e muito mais:
Maior taxa de juro torna dívida corporativa mais atraente para investidores
Mesmo com o forte aperto do Banco Central no último ano, o mercado de capitais local seguiu sua firme trajetória de consolidação, superando a marca de R$ 700 bilhões em estoque de crédito na mão dos investidores.
Grande parte desse excelente desempenho se deve à maior atratividade dos títulos de dívida no mercado de renda fixa, cuja remuneração teve um verdadeiro “boom” com a alta da taxa Selic.
Prova disso, é a opinião de um dos mais importantes executivos e gestores financeiros do país, André Jakurski, para quem:
“Claramente hoje eu tenho uma preferência pessoal por dívida em vez de equities. Ninguém consegue competir com um juro de 14%”.
A JGP, gestora independente que atua no mercado desde o final da década de 1990, cresceu de forma constante de lá para cá, enfrentando os mais diferentes e desafiadores cenários para investimento sob a liderança de Jakurski.
Nos últimos anos, o crescimento do mercado de capitais coincide com a menor participação dos subsídios governamentais, que caíram de R$ 52,4 bilhões, em 2014, para apenas R$ 1,4 bilhão neste ano.
Nesse período, o país enfrentou uma intensa deterioração do quadro fiscal devido a erros de política econômica, sobretudo após a grande crise financeira de 2008, bem como ao surgimento da pandemia, no início de 2020.
Sem espaço para aventuras fiscais
André Jakurski defende que o próximo governo Lula encontrará um quadro político-econômico completamente distinto daquele vivido em seu primeiro mandato, há duas décadas.
Naquele momento, o mundo ingressou em um forte período de crescimento, sobretudo na China, maior país importador de commodities, cujas taxas de aumento do PIB chegaram a bater a casa de dois dígitos.
Isso deu um forte impulso para as exportações de matérias-primas brasileiras, o que, aliado a sucessivos superávits primários, expansão do crédito e formalização da economia, contribuiu para a intensa expansão dos gastos do governo.
O cenário atual, contudo, é completamente distinto, na opinião de Jakurski.
Mudanças na economia mundial
Os riscos geopolíticos com a guerra na Ucrânia aumentaram, juntamente com o aumento da inflação global, que forçou os bancos centrais a normalizarem sua política monetária e, consequentemente, enxugarem o crédito.
Com isso, a perspectiva para o próximo ano cada vez mais coincide com um quadro de recessão, principalmente na Europa, que vive uma crise energética e inflacionária sem precedentes.
Além disso, a China está crescendo menos e vem sofrendo há três anos com suas rígidas políticas de restrição à mobilidade no combate à pandemia de Covid, o que afetou sua atividade econômica e está gerando grande descontentamento social.
Portanto, aquele ambiente macro global favorável, com ampla liquidez e intenso crescimento chinês não ajudará o novo governo a obter superávits primários e ampliar a arrecadação, reduzindo o espaço para o aumento dos gastos públicos.
O juro real ficou extremamente negativo, agora está extremamente positivo, então não vai ter aquela vantagem de gastar muito sem ver a dívida subir.
Diante de tudo isso e principalmente da postura do governo eleito em abrir espaço no orçamento para ampliar os gastos sociais, a taxa de juros deve seguir pressionada nos próximos anos, estendendo o bom momento do mercado de crédito.
De acordo com a reportagem do Brazil Journal:
A expectativa da JGP é que as emissões de renda fixa (debêntures, notas promissórias, letras financeiras, CRAs e CRIs) rompam R$ 160 bilhões este ano, superando o recorde de R$ 154 bi de 2021. No acumulado até outubro, essas emissões estavam em R$ 135 bilhões.
Como aproveitar este bom momento para investir em crédito corporativo?
Os investidores que desejam aproveitar esse cenário de juros elevados para impulsionar suas carteiras devem fazer alocações estratégicas no mercado de dívida corporativa.
E isso envolve ir além dos títulos tradicionais de renda fixa, como debêntures, CDBs, CRIs/CRAs e Tesouro Direto, para buscar oportunidades diretamente ligadas à economia real.
Com a evolução do mercado de capitais nacional nos últimos anos, surgiram novas formas de investir no mercado de dívida corporativa, com taxas de retorno que podem ultrapassar a marca de 20% ao ano.
O crowdfunding é uma modalidade de investimento participativo que não para de crescer no país, ao ampliar o acesso de pequenas empresas a recursos necessários aos seus projetos.
Através do crowdfunding, um grupo de pessoas se une para colocar de pé projetos do seu interesse, ao lado de especialistas responsáveis por administrar os empreendimentos e distribuir os resultados aos investidores.
Essa forma inovadora de investir foi regulamentada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 2017 e se tornou uma das principais formas de financiar o crescimento de novas empresas de tecnologia, além de projetos dos mais variados setores da economia real.
A grande vantagem de participar das captações de investimento participativo é, além de obter taxas de retorno maiores, reduzir a correlação dos ativos da carteira e o risco inerente do mercado financeiro.
A Bloxs é a maior plataforma de crowdfunding do país e vem se destacando por oferecer aos pequenos investidores oportunidades antes restritas a grandes fortunas, como projetos de energia renovável, participação direta em negócios imobiliários e empresas de alto crescimento.
Para dar os primeiros passos no mundo dos investimentos alternativos é muito fácil.
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