A emissão de tokens digitais está abrindo novas fronteiras no mundo dos investimentos, dando mais liquidez para ativos alternativos, reduzindo custos e aumentando a transparência das operações.
A tokenização permite que ativos reais e financeiros, como imóveis e direitos creditórios, sejam transformados em diversos certificados digitais que podem ser negociados de forma fracionada, segura e sem intermediários através de uma blockchain.
Isso amplia o alcance das transações, já que as barreiras geográficas são removidas, além de tornar mais acessível a aquisição de bens e direitos, já que o registro dos negócios é feito em uma blockchain, que evita custos como custódia, emolumentos, corretagem, comissões, entre outros.
O mercado de tokens digitais vem crescendo de forma extraordinária em todo o mundo, atraindo a atenção de órgãos reguladores, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que está testando a criação de uma bolsa de valores exclusiva para criptoativos.
Neste artigo, vamos entender melhor como estão os testes da primeira bolsa de ativos tokenizados no Brasil e qual é a perspectiva para esse mercado promissor no país.
CVM realiza testes de bolsa de ativos tokenizados
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que regula o mercado de capitais e as ofertas públicas de investimento em nosso país, está realizando testes para criar a primeira bolsa brasileira exclusiva para negociação de criptoativos.
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Caso a iniciativa tenha sucesso, será possível adquirir ativos como cotas de participação em negócios, debêntures e créditos judiciais transformados em tokens, isto é, certificados digitais criptografados dentro de uma blockchain.
Um dos exemplos mais notáveis desse mercado é o ReitBZ, primeiro token da América Latina com lastro em cotas de fundos imobiliários, lançado pelo BTG. Os titulares desses tokens têm direito de receber uma parte dos aluguéis dos imóveis do fundo. A distribuição dos pagamentos é feita de forma proporcional ao volume de tokens adquiridos por cada investidor.
Um token nada mais é do que uma representação digital criptografada de ativos tangíveis ou intangíveis, como:
- Imóveis
- Commodities
- Cotas de participação em projetos da economia real
- Direitos autorais
- Royalties
- Ativos financeiros, como moedas, derivativos, debêntures
- Marcas registradas
Tokenização de ativos preza pela segurança dos usuários
São criptoativos extremamente seguros, pois utilizam protocolos de última geração, baseados em chaves públicas e privadas com técnicas assimétricas, como no caso de e-CPF e e-CNPJ, além de outros certificados digitais.
Os registros são realizados em uma blockchain através de contratos inteligentes, que possuem instruções pré-programadas, a fim de evitar erros e inconsistências.
Outro diferencial dos ativos tokenizados é que seu registro é público e descentralizado, ou seja, não depende de um registrador responsável por custodiar os ativos na rede.
Saiba mais sobre a tokenização de ativos no vídeo abaixo do Bloxs Convida, com Ricardo Costa, sócio da Costa Oliveira Advogados e especialista em gestão de ativos:
Bolsa de criptoativos torna emissão e distribuição de valores mobiliários mais eficiente
A criação de uma bolsa de valores de criptoativos pela CVM pode aumentar a liquidez do mercado, permitindo ofertas iniciais e operações de compra e venda no mercado secundário.
Quem está à frente desse projeto é a tokenizadora Vórtx, uma fintech de infraestrutura para o mercado de capitais com mais de meio trilhão de reais em ativos em sua plataforma. A empresa compõe uma joint venture com a QR Capital, que atua no setor de blockchain e criptoativos.
O ambiente de testes criado pela CVM é chamado de “sandbox” e permite atualmente a emissão de tokens lastreados em debêntures ou cotas de fundos de investimento fechados. De acordo com o site da companhia:
As empresas foram selecionadas no fim do ano passado para desenvolver a primeira plataforma de negociação de tokens para o mercado de capitais. O projeto proporciona uma evolução da infraestrutura para a digitalização da atividade de intermediação de ofertas públicas de valores mobiliários, como debêntures e cotas de fundos de investimentos fechados, incorporando tecnologia blockchain para transações mais seguras, inteligentes e transparentes.
Segundo a companhia, os investidores podem guardar seus tokens em uma wallet na plataforma da tokenizadora, na qual podem acompanhar suas posições e o preço atualizado dos componentes da sua carteira.
A transferência dos tokens só poderá ser feita para outros usuários cadastrados e que tenham wallets criadas através da própria tokenizadora. As chaves privadas dessas carteiras ficarão custodiadas na plataforma da Vórtx.
Em relação aos pagamentos de juros e do principal dos tokens, a empresa lembra que cada emissão prevê regras de distribuição e devem seguir as normas definidas na plataforma, onde serão creditados os recursos.
Nas palavras de Juliano Cornacchia, presidente da Vórtx, em nota:
Este produto cria a possibilidade de simplificar transações extremamente burocráticas e de reduzir drasticamente os custos envolvidos.
O executivo explica ainda que o objetivo do projeto é dar mais agilidade à emissão e distribuição de valores mobiliários, reduzindo seus custos e aumentando sua eficiência, sem abrir mão da segurança e da transparência.
A tecnologia blockchain facilita a criação de ambientes de negociação mais eficientes, seguros e menos onerosos, tornando tudo mais simples tanto para o investidor, quanto para o emissor.
Nesta primeira fase de testes, a plataforma está realizando o cadastro de emissores e investidores, e as ofertas estão previstas para começar no próximo mês de maio. Para obter mais informações sobre esse projeto promissor, basta clicar aqui para acessar o site da plataforma.
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A Bloxs é uma plataforma de investimentos coletivos regulada pela CVM e, desde a sua fundação, em 2017, já captou mais de R$100 milhões em empreendimentos nos mais diversos setores, como agronegócio e energia renovável.
Além disso, a empresa foi escolhida pela Daily Finance como uma das 100 melhores startups brasileiras, ao viabilizar investimentos diretos na economia real, ajudando a criar emprego, desenvolvimento e renda nas mais diversas regiões do país.