Os embarques brasileiros de carne bovina in natura para a China não param de bater recordes, ultrapassando a marca de 200 mil toneladas em agosto, volume histórico.
O mercado do boi gordo estava em compasso de espera devido à suspeita de casos de “vaca louca” atípica (Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB) em Minas Gerais e Mato Grosso.
De fato, foram confirmados dois casos de EEB atípica na semana passada, gerando apreensão nos frigoríficos. Isso porque temos um acordo com a China, pelo qual o Brasil se compromete a suspender as exportações diante de casos confirmados de EBB.
A EEB atípica já ocorreu no Brasil em anos anteriores e não prejudicou o crescimento das exportações do país, já que a doença acomete aleatoriamente animais de idade mais avançada e nada tem a ver com sua alimentação ou a sanidade da cadeia.
Prova disso foi a forte alta dos maiores exportadores de carne bovina do país logo após a notícia, como a Minerva Foods, que fechou o pregão de 06/09 com expressiva valorização.
A seguir, vamos entender melhor como anda o mercado do boi gordo no Brasil, bem como o ambiente para investimentos nos próximos anos.
Exportações de carne bovina para China seguem em tendência de alta
A China é hoje o principal destino da carne bovina in natura embarcada pelo Brasil para o exterior.
Somente no mês passado, nossas remessas para o país asiático cresceram 11%, alcançando 211,8 mil toneladas, e representaram quase 60% de tudo o que exportamos nesse segmento de janeiro a agosto.
Esses números divulgados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) mostram a robustez da pecuária nacional e como ela tende a crescer nos próximos anos, mesmo com a suspensão temporária de exportações de carne bovina por causa da EEB atípica, conhecida como “mal da vaca louca”.
Como explicou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em nota oficial:
A EEB atípica ocorre de maneira espontânea e esporádica e não está relacionada à ingestão de alimentos contaminados. Todas as ações sanitárias de mitigação de risco foram concluídas antes mesmo da emissão do resultado final pelo laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Alberta, no Canadá. Portanto, não há risco para a saúde humana e animal.
Cabe lembrar que esses são o quarto e quinto casos de EEB atípica registrados em mais de 23 anos de vigilância da doença no país, e o Brasil nunca registrou nenhuma ocorrência de EEB clássica.
Em caso dos protocolos sanitários firmados com a China, o Brasil compromete-se a suspender temporariamente as exportações de carne bovina in natura para o país asiático até que a questão seja plenamente resolvida. Ainda de acordo com o Mapa:
A medida, que passa a valer a partir deste sábado (04.09), se dará até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos.
É importante saber que a Organização Mundial de Saúde Animal não considera a EEB atípica como risco para o status oficial do país. Assim, informa o Mapa, o Brasil mantém sua classificação como país de risco insignificante para a doença, de forma que não deve haver qualquer impacto no comércio de animais e seus produtos e subprodutos.
Confira mais sobre o caso no vídeo abaixo, do canal Mundo Rural Business:
Perspectiva de crescimento do mercado de boi gordo continua forte para os próximos anos
A pecuária bovina nacional retomará em breve seu ritmo forte de exportações para a China, principalmente com a queda da oferta mundial e a escassez de animais para abate.
Entre as razões do crescimento dos embarques brasileiros para a China está a suspensão da exportação de carne bovina da Argentina, que tenta conter a escala da inflação no país.
Leia mais: Argentina suspende exportação de carne bovina e beneficia produtores brasileiros
Além disso, a Austrália reduziu suas remessas de carne para a China devido a divergências políticas e redução do seu rebanho para abate, já que o país ainda enfrenta climas extremos, como estiagens e enchentes.
A Argentina e a Austrália estão entre os cinco maiores exportadores de carne bovina do mundo, e sua redução de oferta deixa poucas alternativas a grandes importadores, que precisam recorrer ao Brasil e Estados Unidos.
Ocorre que as relações comerciais da China com os americanos também não é das melhores, daí porque não é interessante para o país asiático ficar sem a carne brasileira, como explica Hyberville Neto, da Scot Consultoria:
As compras chinesas de carne dos Estados Unidos têm aumentado muito este ano, mas, como as relações entre os dois países sempre tem algum ponto de atrito, não é interessante para a China concentrar demais suas compras nos Estados Unidos.
Também não é interessante para o país asiático prolongar a suspensão dos embarques brasileiros por causa de algo que sabidamente não é um problema de saúde pública.
Cenário de investimentos em pecuária de corte é extremamente promissor
O consumo de proteína animal crescerá forte nos próximos anos, principalmente devido à demanda externa aquecida e à escassez de oferta no mercado internacional.
A pandemia desestabilizou cadeias globais e fortes fenômenos climáticos, como os que estão sendo registrados na Austrália, grande exportador de carne bovina, estão reduzindo a disponibilidade de animais para abate.
Tudo isso é extremamente promissor para o mercado agropecuário brasileiro, que segue em ritmo forte de expansão e demanda cada vez mais capital privado para crescer.
Por isso, investir diretamente em projetos de alta qualidade no setor é extremamente importante para ter uma carteira robusta e imune a crises políticas e econômicas.
Como investir diretamente em pecuária de corte?
Qualquer investidor pode agora ter exposição ao promissor mercado de pecuária bovina do Brasil e lucrar com seu crescimento nos próximos anos através do crowdfunding.
O crowdfunding é uma modalidade de investimento coletivo em que um grupo de pessoas se une para realizar projetos do seu interesse, seja oferecendo financiamento ou se tornando sócio dos empreendimentos.
Regulamentado pela CMV em 2017, o crowdfunding já cresceu mais de 10 vezes no Brasil, e a Bloxs é uma das plataformas de maior destaque nesse tipo de captação para o agronegócio.
A Bloxs é uma plataforma de crowdfunding autorizada pela CVM e já concluiu diversas operações de grande sucesso no agronegócio, da pecuária de corte ao segmento florestal.
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Trata-se de uma operação de dívida, que visa financiar projeto agropecuário, com 12 meses de duração, remuneração de 1% ao mês mais a correção da inflação pelo IPCA.
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