O governo da Argentina proibiu seus pecuaristas de exportar carne bovina por 30 dias, em mais uma tentativa de frear a escalada da inflação no país.
Como quinto maior exportador de carne bovina do mundo, com 1 milhão de toneladas remetidas ao exterior em 2020, a Argentina concorre diretamente com o Brasil no abastecimento do mercado internacional.
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Sem dúvida, sua ausência temporária permitirá que os nossos produtores aumentem sua participação de mercado, principalmente na China, consolidando-se na liderança do segmento.
“Isso pode gerar oportunidades enormes para o mercado brasileiro”, afirmou um analista da consultoria Safras.
Para entender melhor o contexto dessa decisão e saber como os exportadores brasileiros podem lucrar com a saída da carne argentina do mercado, elaboramos um artigo completo sobre os seguintes tópicos:
Argentina aumenta restrições ao agronegócio
Em mais uma tentativa de conter a alta dos preços internos, o governo da Argentina acaba de anunciar a suspensão das suas exportações de carne bovina por 30 dias.
Essa medida ocorre após uma série de restrições aos produtores do país, como o limite de 32 kg de peças individuais para venda ao varejo.
Em resposta, os pecuaristas portenhos anunciaram nesta terça-feira uma greve para suspender a venda de todos os produtos bovinos nos próximos dias.
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Segundo reportagem do Canal Rural, as principais entidades agropecuárias da Argentina defendem a paralisação da comercialização de carnes bovinas a partir da próxima sexta-feira até o fim do mês.
O bloqueio das exportações foi comunicado nesta segunda (17.05) pelo presidente Alberto Fernández, em reunião com representantes dos frigoríficos exportadores.
O objetivo do Ministério do Desenvolvimento Produtivo da Argentina, segundo a imprensa local, seria “organizar o funcionamento do setor”.
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Mercado argentino faturou US$ 3,12 bilhões com exportações de carne em 2020
A Argentina é atualmente o quinto maior exportador de carne bovina do planeta, atrás do Brasil, Austrália, Índia e Estados Unidos.
No ano passado, o país remeteu ao exterior cerca de 1 milhão de toneladas, uma alta de 10% em relação a 2019.
No primeiro trimestre deste ano, os exportadores argentinos faturaram US$ 616 milhões, quase 1% acima do mesmo período de 2020.
O volume de remessas do país vizinho alcançou o equivalente a 208.700 toneladas de carne com osso, um aumento de 23,5%.
O principal país de destino da carne argentina é a China, que consumiu 28.000 toneladas do produto argentino.
Dessa forma, as importações chinesas equivalem a quase 60% das remessas dos nossos vizinhos, seguidas de Israel (12,4%) e Chile (7,6%).
Confira no gráfico abaixo os principais destinos da carne da Argentina:
Apesar desses bons números, o consumo interno de carne bovina caiu no primeiro trimestre deste ano, abaixo de 50 kg per capita, principalmente por causa da crise vivida pelo país.
Em 2020, as vendas domésticas de carne bovina já haviam atingido seu nível mais baixo em mais de 100 anos, segundo o jornal local Clarín.
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Saída de um grande concorrente internacional favorece pecuária brasileira
A demanda aquecida do mercado chinês pela proteína animal do mundo se deve ao alastramento da Peste Suína Africana (PSA) no país.
Segundo analistas, para atender o elevado consumo interno, o governo chinês passou a absorver o que o mercado internacional poderia ofertar ao país.
Isso permitiu que a Argentina e o Brasil exportassem bons volumes de carne bovina para a China nos últimos meses
Segundo o analista Fernando Iglesias, da consultoria Safras:
Quando temos um importador agressivo, e um fornecedor importante deixa de participar de maneira atuante, a tendência é que a China direcione importações para outros players, então o Brasil pode encontrar espaço para exportar ainda mais carne bovina.
Ou seja, a oferta argentina terá que ser suprida por outros exportadores, e o Brasil, líder do setor, tem tudo para aumentar sua participação no mercado chinês e no resto do mundo.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), por exemplo, considera que o PIB do nosso agronegócio deve continuar subindo neste ano, com uma expansão de 3% sobre o forte desempenho de 2020.
Sem dúvida, é um cenário extremamente promissor para investir diretamente em projetos de pecuária intensiva, principalmente para quem deseja ter ativos reais em carteira e não ficar suscetível às oscilações do mercado financeiro.
Leia também: Bloxs e Agrosucesso já captaram mais de R$ 6,5 milhões em pecuária intensiva
Como investir diretamente em projetos de pecuária bovina?
O agronegócio é um dos segmentos mais sólidos da nossa economia e não para de registrar recordes de faturamento e exportação.
Se você quer investir no setor, buscando uma rentabilidade maior, mas sem as dores de cabeça da bolsa de valores, a melhor alternativa é participar de captações de crowdfunding.
Nessa modalidade de investimento coletivo, regulamentada pela CVM em 2017, qualquer investidor pode financiar ou se tornar sócio de grandes projetos na economia real, como a aquisição e venda de cabeças de gado para exportação.
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