A preocupação com o impacto ambiental das atividades econômicas ganhou relevância nas últimas décadas e se tornou um importante fator decisório para os investidores.
Setores que fazem uso intensivo de energia fóssil passaram a ser duramente criticados, diante da maior conscientização da sociedade em relação ao aquecimento global e dos esforços de transição energética em diversos países.
Isso acabou colocando na mira de críticos de atividades como a mineração de bitcoin, tachada como “vilã do meio ambiente” por consumir um grande volume de eletricidade de fontes não renováveis.
Mas será que essas críticas têm razão? Existe outra forma de minerar bitcoin que não seja gerando tantos impactos ambientais?
Essas perguntas são importantes, pois a eficiência energética é o principal fator de custo para as mineradoras e para suas margens de lucro, muitas vezes determinando sua viabilidade financeira.
E para respondê-las, elaboramos este artigo completo, que abordará os seguintes tópicos:
Como é o uso de energia para mineração de bitcoin?
A fonte de energia usada para a mineração de bitcoin pode variar bastante, dependendo da região onde a atividade é realizada e da operação específica.
A validação das transações e a criação de novas moedas digitais em uma blockchain (rede descentralizada de computadores) se dão por meio da mineração, processo que exige grande poder computacional para resolver complexos cálculos matemáticos.
Como é possível imaginar, para minerar bitcoin, são necessárias máquinas específicas de alta performance, que operam praticamente de forma ininterrupta e precisam ser refrigeradas para manter sua temperatura ideal de funcionamento.
Além disso, os equipamentos devem contar com instalações feitas sob medida, a fim de aumentar a eficiência da atividade, permitir seu monitoramento contínuo e, consequentemente, aumentando as margens de lucro dos mineradores.
De acordo com algumas estimativas, a mineração de bitcoin é responsável por cerca de 0,5% do consumo de eletricidade do mundo, portanto seu uso de energia não é desprezível e tende a aumentar conforme a criptomoeda ganha popularidade como meio de troca e reserva de valor.
Por essa razão, as críticas à atividade começaram a crescer, acusando-a de prejudicar o planeta e dificultar os esforços de transição energética, na medida em que é realizada de forma mais intensa na Ásia, região onde o uso de fontes não renováveis é particularmente intensivo.
De maneira geral, podemos dizer que a pegada de carbono da mineração de bitcoin depende da configuração da matriz energética e da fonte de eletricidade mais abundante das regiões onde a atividade é mais realizada.
Principais fontes de energia para mineração de bitcoin
Entre as principais fontes de energia não renovável utilizadas para a mineração de bitcoin, podemos citar:
Carvão
Em alguns países, o carvão é a principal fonte de eletricidade, como é o caso da China, onde se concentra cerca de 65% da mineração de bitcoin no mundo. Não é difícil perceber que a grande representatividade dos mineradores chineses acaba afetando a pegada de carbono geral da atividade, na medida em que usam uma fonte de energia altamente poluente para operar.
Gás natural
Outra fonte de energia não renovável bastante relevante para a mineração de bitcoin é o gás natural, especialmente em regiões onde o produto é abundante e barato, como na Rússia e nos EUA. A relevância dessa fonte de eletricidade tem variado bastante nos últimos anos, dividindo a segunda posição em consumo de energia com a fonte hidrelétrica, bastante relevante em vários países, como o Brasil.
Energia nuclear
Em diversas regiões do mundo, a energia nuclear é bastante relevante para a geração de energia elétrica e, por isso, a atividade de mineração acaba utilizando essa fonte não renovável de forma mais intensa, como em algumas partes da Europa e da Rússia.
Já quando avaliamos as fontes de energia renovável utilizadas para a mineração de bitcoin, o que vemos é que sua relevância vem crescendo aos poucos nos últimos anos, principalmente em países onde há incentivos para uso de energia limpa.
O avanço da tecnologia e da eficiência de sistemas solares e eólicos também tem contribuído para o maior uso dessas fontes na mineração de bitcoin, mas, como ressaltamos anteriormente, por se tratar de fontes intermitentes, os mineradores muitas vezes precisam complementar o consumo com uma fonte de eletricidade mais consistente e estável, o que varia de país para país.
Onde a mineração de bitcoin é mais sustentável?
Entre os países que fazem uso mais sustentável de energia para a mineração de bitcoin, podemos citar:
Islândia
A Islândia se tornou um país popular para a mineração de bitcoin, graças à abundância de energia geotérmica e hidrelétrica barata. Algumas estimativas sugerem que mais de 80% da eletricidade da Islândia vem dessas fontes renováveis, tornando-se uma opção atraente para a mineração sustentável de bitcoin.
Noruega
A Noruega é outro país que tem acesso abundante a fontes de energia renováveis, principalmente usinas hidrelétricas. Algumas empresas europeias de mineração de bitcoin migraram suas operações para o país, a fim de aproveitar essa fonte de energia barata e sustentável.
Canadá
O Canadá também é um país popular para mineração sustentável de bitcoin, principalmente em regiões com climas frios, como Quebec. Nessas áreas, os mineradores podem aproveitar o frio para reduzir os custos de refrigeração, além de contarem com energia hidrelétrica barata e sustentável.
Estados Unidos
A região noroeste do Pacífico dos Estados Unidos abrange estados como Washington e Oregon e é conhecida por sua abundância de fontes de energia renováveis, principalmente usinas hidrelétricas. Algumas operações de mineração de bitcoin foram estabelecidas na região, a fim de aproveitar essa fonte sustentável de energia.
Eficiência e custos na mineração de bitcoin
Para entender a atratividade da mineração de bitcoin, é preciso compreender seus principais fatores de custo, na medida em que podem impactar as margens de lucro e até mesmo inviabilizar a atividade, como:
Eletricidade
Como vimos, a mineração de bitcoin faz uso intensivo de eletricidade para alimentar e refrigerar os computadores e servidores usados de forma praticamente ininterrupta. Se bem que o custo da eletricidade possa variar bastante, dependendo da localização, a energia é a maior despesa incorrida pelos mineradores e, portanto, é uma fonte de preocupação constante.
Equipamentos
A mineração também requer equipamentos específicos de alta performance, chamados ASIC (circuitos integrados de aplicação específica), que podem ser caros para comprar e fazer manutenção. A dificuldade para minerar bitcoin tende a aumentar com o tempo, o que exige a atualização desses equipamentos para que as empresas do setor mantenham sua competitividade.
É preciso lembrar que o preços desses computadores varia conforme os ciclos de mercado, isto é, em momentos de baixa, como estamos vivendo atualmente, seus valores tendem a cair, permitindo que os players mais preparados se atualizem e ganhem mercado.
Manutenção
Os equipamentos de mineração de bitcoin exigem manutenção frequente para garantir seu bom funcionamento e alta performance.
Entre os outros custos incorridos pelos mineradores, estão a construção ou aluguel de instalações específicas para a atividade, mão de obra especializada, monitoramento da performance e soluções de refrigeração dos equipamentos.
Vale a pena notar que a lucratividade da mineração de bitcoin pode variar bastante, com base no preço do bitcoin, na dificuldade de mineração e no custo de eletricidade e dos equipamentos.
De acordo com um artigo recente de Paulo Paganelli, engenheiro com experiência em gestão internacional de cadeia de suprimentos, geração de energia e mineração de criptomoedas:
A mineração consegue utilizar energia barata porque seu modelo de negócios permite ser possível consumir excedente energético. Um dos principais fatores da mineração é ser um negócio resiliente e agnóstico em termos de localização. Sendo assim, os mineradores podem estar presentes em locais remotos, longe do centro consumidor e próximo dos produtores de energia. Com isso, a mineração tem custos baixos de energia, porque não precisa gastar com distribuição, além de ser possível montar sua própria estrutura energética.
É possível minerar bitcoin de forma sustentável?
Paganelli explica que a pegada de carbono da mineração de bitcoin está estreitamente ligada à própria matriz energética dos países e regiões onde a atividade é realizada. Onde as fontes de energia não renovável são abundantes e baratas, como na Rússia, é natural que os mineradores recorram a essa opção acessível, a fim de aumentar suas margens de lucro.
Portanto, segundo ele, o problema não é propriamente a mineração de criptomoedas, mas a estruturação do sistema elétrico e a forte dependência dos países a combustíveis fósseis.
Quem corrobora com essa visão é Felipe Souto, CEO do Grupo Bloxs, plataforma de acesso ao mercado de capitais para B2C e B2B que oferece soluções de captação re recursos para startups, como mineradoras de bitcoin:
À medida que a transição energética avança para fontes mais limpas e renováveis, é natural que os mineradores também façam essa transição. A mineração de bitcoin simplesmente se aproveita das fontes de energia mais baratas e abundantes em cada região. É equivocada essa ideia de que haja uma dependência a fontes não renováveis.
Exemplo disso é a captação de crowdfunding que a Bloxs abriu recentemente para financiar uma operação de mineração de bitcoin nos EUA.
Como investir em mineração de bitcoin?
O projeto B-Cripto – Mineração de Bitcoin I conta com a expertise de especialistas, como a Arthur Mining, que faz uso inteligente de energia aproveitando os excedentes de produção de usinas e empresas para reduzir os custos da atividade.
Essa é a prova de que a mineração de bitcoin não precisa necessariamente estar associada a uma fonte poluente e ineficiente de eletricidade.
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