O que é bitcoin? Saber suas características como investimento é essencial para diversificar sua carteira com essa criptomoeda líder de mercado.
O bitcoin é a primeira moeda digital descentralizada do mundo a permitir transações financeiras a baixo custo e sem intermediários.
Criada em 2009, pelo misterioso programador Satoshi Nakamoto, essa criptomoeda chamou a atenção do mundo em 2017 após um rali impressionante até quase US$ 20.000 por unidade.
Em 2020, o bitcoin ficou em primeiro lugar entre todas as aplicações financeiras, ao render mais de 415%. Nenhum outro ativo foi capaz de superar esse desempenho, nem mesmo o ouro, que ficou na segunda posição, com uma alta de 55,93%.
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No mesmo período, o índice S&P 500, que reúne as 500 maiores empresas dos EUA, valorizou-se 16,26%, e a bolsa brasileira, a B3, subiu apenas 2,92%.
No artigo de hoje, você vai saber tudo sobre essa moeda digital que está desafiando o sistema financeiro tradicional e a hegemonia dos bancos centrais no controle dos meios de pagamento na economia.
No guia “O que é bitcoin?” preparado pela Bloxs, vamos abordar são os seguintes tópicos:
- Bitcoin: o início de um sistema financeiro alternativo
- O que é bitcoin?
- Fatos importantes sobre o bitcoin
- Como funciona o Bitcoin?
- Mineração de bitcoins
- Blockchain
- Taxas de transação
- Como investir em bitcoin?
- Tokenização
- Mercado de bitcoin
- Tokenização de ativos alternativos e o futuro do mercado de investimentos
Bitcoin: o início de um sistema financeiro alternativo
Considerado como um dos grandes gênios vivos da humanidade, Satoshi Nakamoto, criador do bitcoin, tem sua identidade revestida de mistérios.
Não se sabe ainda se é uma pessoa ou um grupo de programadores, dada a complexidade e perfeição do código desenvolvido para a principal criptomoeda do mundo.
Em seu primeiro artigo publicado no grupo de discussões The Cryptography Mailing, Nakamoto afirma:
O comércio pela internet depende quase que exclusivamente de instituições financeiras como intermediárias confiáveis para processar pagamentos eletrônicos. Essas intermediações aumentam os custos das transações e restringem a possibilidade de pequenos pagamentos casuais. Também não é possível realizar pagamentos irreversíveis de serviços irreversíveis, o que exige a presença desses terceiros. Esses custos e incertezas podem ser evitados quando se faz o pagamento em pessoa com dinheiro vivo, mas não existe nenhum mecanismo para pagamentos assim em um canal de comunicação sem intermediários.
Os objetivos de Nakamoto ao criar o bitcoin são claros:
- Desenvolver um sistema robusto e seguro para pagamentos eletrônicos;
- Reduzir os custos das transações;
- Eliminar intermediários.
A solução encontrada pelo programador japonês foi desenvolver um sistema de pagamento eletrônico baseado em prova criptográfica. Isso acaba com a necessidade de uma instituição “confiável” no processo e permite transações diretas entre duas partes a um custo muito reduzido.
O que é bitcoin?
O bitcoin é um sistema de pagamento eletrônico de ponto a ponto – P2P (peer-to-peer) sem intermediários.
Suas transações contam com a proteção de uma assinatura digital e são verificadas e protegidas por meio de criptografia, daí seu nome “criptomoeda”.
Quem faz essa verificação em poucos minutos é uma rede de “mineradores”, que emprestam seu poder de processamento computacional aos usuários em troca de uma recompensa em bitcoins.
Confira no vídeo a seguir mais detalhes sobre o que é bitcoin com um dos maiores especialistas do país, Fernando Ulrich:
Uma pergunta comum é: o que significa bitcoin? De forma geral, podemos dizer que “bit” se refere ao sistema de numeração binária dos computadores e “coin” significa moeda.
Depois de verificada, cada transação é registrada publicamente, de modo irreversível, em um bloco de um banco de dados distribuído conhecido como blockchain.
O blockchain, por sua vez, tem uma estrutura distribuída que impede qualquer manipulação por uma autoridade central que queira emitir mais moeda do que o necessário. Isso evita que o sistema seja inflacionado.
Dessa forma, não existem bitcoins físicos, apenas demonstrativos mantidos em um livro contábil público ao qual todos têm acesso.
Desde que se tornou popular, o bitcoin incentivou a criação de milhares de criptomoedas, conhecidas coletivamente como altcoins, ou moedas alternativas.
Fatos importantes sobre o bitcoin
Para quem ainda não sabe muito bem o que significa bitcoin ou como ele funciona, vale prestar atenção nos seguintes pontos antes de realizar sua primeira transação:
O bitcoin ainda é um sistema em desenvolvimento
Por ainda ser uma nova moeda em desenvolvimento, muitos usuários podem enfrentar problemas como taxas elevadas e lentidão nas confirmações.
As transações em bitcoins não são anônimas
Todas as transferências feitas com essa criptomoeda são armazenadas de maneira pública e permanente na rede. Ou seja, todos podem ver a transferência de qualquer endereço de bitcoin. Mas a identidade por trás desse endereço fica desconhecida até sua revelação em uma compra ou em outras circunstâncias.
Os pagamentos são irreversíveis
Nenhuma transação feita em bitcoin pode ser revertida, mas a pessoa que recebeu os recursos pode fazer um reembolso. O bitcoin consegue identificar erros de digitação e geralmente não permite enviar dinheiro a um endereço inválido por engano.
Os preços são voláteis
O preço de um bitcoin pode variar de forma abrupta e repentina a qualquer momento por ser uma forma de pagamento nova e sem adoção generalizada.
As negociações de bitcoins não são centralizadas e ocorrem 24 horas por dia através de exchanges, espécie de corretoras ou plataformas de bitcoin e outros criptoativos onde os usuários compram e vendem criptomoedas livremente.
Como funciona o Bitcoin?
Para começar a fazer transações em bitcoins, é muito simples.
Você só precisa baixar uma carteira digital (wallet) gratuita em seu dispositivo, abastecê-la com moedas digitais e seguir as orientações deste guia “O que é bitcoin?”.
Para isso, você pode aceitar bitcoins como forma de pagamento por produtos e serviços, emprestar seu poder computacional para verificar transações (mineração) ou se cadastrar em uma exchange (corretora) para comprar bitcoins de outros usuários.
Leia mais sobre o que é bitcoin: Criptomoedas: devo investir?
Se você tem uma empresa e deseja aceitar bitcoins dos seus clientes, existem diversos desenvolvedores de carteiras que permitem incluir a opção de pagamento com essa criptomoeda através de terminais, totens, aplicativos, QR Codes ou simples endereços de carteira.
Para lojas online, é preciso contar com um serviço de programação especializado, já que é preciso rodar um nó completo, principalmente para transações de alto valor.
Na Europa, existem até caixas eletrônicos em que os usuários podem inserir dinheiro em espécie em troca da moeda virtual.
Mineração de bitcoins
Uma das formas de obter bitcoins, a mineração de Bitcoin é usada para processar e validar as operações, sendo, portanto, um aspecto essencial do sistema.
Na prática, os mineradores competem entre si para encontrar a sequência que torne um bloco de transações compatível com o anterior. Isso exige um enorme poder de processamento, já que é necessário executar milhares de cálculos em pouquíssimo tempo para validar as operações.
A unidade processadora, ou nó, que consegue solucionar o problema é recompensada por um valor determinado de bitcoins, que varia conforme o número de moedas disponíveis no sistema.
Dessa forma, é impossível minerar bitcoins com um computador caseiro convencional. É preciso ter máquinas potentes e específicas para essa atividade, as quais podem operar em conjunto.
Diversas empresas atuam nesse segmento e permitem que investidores adquiram “cotas de mineração” para aumentar o poder de processamento da rede. Sua remuneração é feita com base no lucro do negócio e no seu porcentual de participação. Esse pagamento é geralmente feito em bitcoins.
Blockchain
A tecnologia blockchain, ou cadeia de blocos, foi criada para dar publicidade às transações realizadas na rede.
É uma espécie de livro contábil onde as operações são registradas de maneira pública, linear e irreversível, após sua validação pela rede.
O formato das transações é do tipo “Pagador X enviou Y bitcoins para o recebedor Z”. Isso é feito através de um software que os mineradores usam para verificar e validar as operações.
Os blocos são adicionados à cadeia a cada 10 minutos e informam quantas transações foram realizadas, bem como as quantidades de bitcoins que cada parte da operação possui.
Leia mais sobre o que é bitcoin: Blockchain: o que é e sua contribuição para o mercado de investimentos
Taxas de transação
Os usuários têm a opção de pagar taxas aos mineradores para que eles verifiquem a transação e a incluam na blockchain mais rapidamente.
Vale lembrar que os mineradores podem escolher quais transações desejam processar. Dessa forma, é comum que as transações dos usuários que aceitam pagar mais sejam validadas mais rápido.
O pagamento de taxas é uma forma de incentivar a atividade de mineração, principalmente em razão da dificuldade crescente em gerar moedas e da diminuição programada com o tempo da recompensa pela mineração.
Como investir em bitcoin?
Mesmo aqueles que conhecem um pouco o mercado não sabem que existem diversas formas de investir em bitcoin, não necessariamente negociando a moeda com outros usuários.
A forma mais comum de investir em bitcoins é abrir uma conta em uma exchange e adquirir criptomoedas de outros usuários.
Atualmente, um (01) bitcoin vale mais de US$ 45.000, ou R$ 225.000.
As exchanges de bitcoin funcionam como corretoras de valores, permitindo que seus clientes negociem moedas digitais entre si.
Essa atividade é legal em diversos países do mundo, como nos EUA, mas no Brasil a negociação de bitcoins está proibida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em nota explicativa sobre os criptoativos, a autarquia diz o seguinte:
Os criptoativos, especialmente quando criados para realização de pagamentos ou transferências financeiras, como é o caso do bitcoin, não são emitidos, controlados, garantidos ou regulados por qualquer autoridade monetária, o que significa dizer que eles compõem um universo totalmente separado das moedas oficiais, como o dólar ou o real. Além disso, a alta volatilidade dos preços dos criptoativos indica que eles não são adequados para assumir duas das três funções de uma moeda oficial: unidade de conta e reserva de valor.
Tokenização
O surgimento das criptomoedas trouxe uma inovação que pode revolucionar a forma como transacionamos ativos no mundo real.
O blockchain, que registra as operações feitas em bitcoins e outras criptomoedas, também pode ser usado para transacionar, de forma pública e descentralizada, qualquer ativo, como cotas em empreendimentos imobiliários, participação em empresas, valores mobiliários, barras de ouro, etc.
Essas frações de bens reais, quando digitalizadas e registradas em blockchain, recebem o nome de tokens e oferecem diversos benefícios, como:
- Acessibilidade: por serem públicos e descentralizados, os tokens podem ter um custo unitário menor e permitir sua livre negociação em qualquer lugar do mundo;
- Transparência: o uso do blockchain aumenta a segurança e a aceitabilidade desses produtos, já que tudo é feito de maneira clara e rastreável;
- Eficiência: a tokenização elimina intermediários e reduz custos, aumentando a eficiência do sistema e o retorno do investidor;
- Segurança: a guarda dos tokens pode ser feita pelo próprio usuário, sem necessidade de custodiante.
Segundo Felipe Souto, CEO da Bloxs, plataforma de investimentos alternativos:
Através de tokens, podemos possuir ativos de forma fracionada e construir carteiras que invistam em tipos muito específicos de ativos. Isto pode ser aplicado investindo em determinadas ruas e bairros ou no acesso a títulos de pequenas e médias empresas, projetos, etc.
Leia mais sobre o que é bitcoin: STOs e a tokenização dos investimentos
Mercado de bitcoin
Os criptoativos crescem a cada ano, com os investidores destinando parte dos seus recursos a essa classe de ativos arriscada, mas altamente lucrativa.
Além disso, a entrada de investidores institucionais de peso no mercado está impulsionando o preço dos ativos e aumentando sua aceitabilidade.
Recentemente, o CEO da Tesla, Elon Musk, anunciou que a empresa havia montado uma posição de US$ 1,5 bilhão em bitcoins e passaria a aceitar essa criptomoeda como forma de pagamento por seus carros no futuro próximo.
E não para por aí.
Outro player influente no mundo da tecnologia, a Square, empresa de pagamentos de Jack Dorsey, fundador do Twitter, também declarou que havia investido US$ 500 milhões em bitcoins no fim do ano passado e permitiria a negociação da moeda em sua plataforma.
O resultado todos já sabem: a criptomoeda simplesmente decolou e ultrapassou a incrível marca de US$ 50.000 em janeiro de 2021.
Confira no gráfico abaixo a evolução do número de transações de bitcoins ao longo dos anos:
Tokenização de ativos alternativos e o futuro do mercado de investimentos
Não poderíamos encerrar este guia “O que é bitcoin?” sem antes falar de uma tendência em forte expansão no mundo: a tokenização de ativos alternativos.
A digitalização desses ativos via blockchain entrou no radar dos investidores depois que o BTG Pactual lançou o STO (Security Token Offering) do ReitBZ.
Com isso, o maior banco de investimento da América Latina se tornou a primeira instituição financeira do mundo a lançar um security token lastreado no mercado imobiliário brasileiro.
O ReitBZ permite que os cotistas tenham participação no “promissor e crescente mercado imobiliário brasileiro” através do uso da tecnologia blockchain.
Segundo André Portilho, sócio do BTG e responsável pelo projeto:
2020 foi um ano de grande desenvolvimento para o mercado de criptoativos, e este momento não é apenas a consolidação do investimento, como reforça o nosso entendimento de que essa tecnologia pode ter um impacto gigantesco no futuro do mercado de capitais.
Essa tendência irá crescer cada vez mais nos próximos anos e tem tudo para mudar completamente o mercado de investimentos no Brasil e no mundo.
Leia mais sobre o que é bitcoin: Tudo o que você precisa saber sobre o Security Token Offering (STO)
Se você gostou deste guia “O que é bitcoin?”, não pode deixar de acompanhar nosso portal de conteúdos para ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo dos investimentos alternativos.
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4 Comments
Quero saber mas e se possível ser um investidor
Oi gostaria de participar e ser um investidor .
Oi
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