Com o encerramento de mais um ano desafiador para os investimentos, estamos no momento ideal para avaliar as perspectivas para 2023 e traçar estratégias de alocação para o longo prazo.
Tanto no ambiente externo quanto no cenário doméstico, as incertezas são muito grandes, exigindo dos investidores um posicionamento defensivo, mas sem abrir mão de riscos controlados.
Nesse sentido, os investidores precisarão fazer uma diversificação inteligente das suas carteiras, posicionando-se em setores dinâmicos e resistentes a crises, além de buscar teses inovadoras, com grande potencial de retorno nos próximos anos.
Para entender melhor o que podemos esperar do próximo ano, a Bloxs conversou com o professor de Finanças do Insper, Ricardo Humberto Rocha, que fez um panorama do que podemos esperar do cenário político e econômico em 2023.
Além disso, o professor explicou por que podemos viver um bom ano para realizar compras na bolsa de valores e quais serão os grandes temas para investimentos no futuro.
Se você deseja se preparar para investir bem em um ano que tem tudo para ser volátil, mas também repleto de oportunidades, então continue a leitura deste artigo especial sobre as perspectivas para 2023 e saiba mais sobre os seguintes tópicos:
Incerteza é o sentimento dominante no mercado
Se você achou que 2022 foi um ano difícil para obter taxas de retorno acima dos principais benchmarks, então se prepare, pois 2023 promete ser um ano igualmente complexo e repleto de incertezas.
Essa é a visão do professor de Finanças do Insper, Ricardo Humberto Rocha, com quem a Bloxs conversou para saber quais são suas perspectivas para 2023 na economia e nos investimentos.
De fato, para quem investe em ações, vivemos neste ano um forte movimento de correção, que afetou principalmente os papéis mais sensíveis a juros.
Após uma vigorosa alta pós-pandemia, o índice Nasdaq, com maior peso de ações de tecnologia e crescimento, registrou uma queda de quase 30% neste ano, devido a uma agressiva política de alta de juros nos EUA.
Esse forte movimento corretivo ocorreu na esteira da disparada da inflação nos EUA, obrigando o Federal Reserve a reverter sua política de flexibilização para enfrentar a mais intensa alta de preços dos últimos 40 anos no país.
E a situação dos outros grandes índices americanos não foi diferente. O S&P 500 acumula uma queda de mais de 15% neste ano, ao lado do Dow, que recuou 6,14% no mesmo período.
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Perspectivas para 2023 no cenário internacional
O professor de Finanças do Insper, Ricardo Humberto Rocha, explica que os principais bancos centrais do mundo hesitaram inicialmente em reconhecer o caráter mais persistente da inflação, provocada, entre outros fatores, pelo desarranjo das cadeias produtivas globais e pelos fortes estímulos econômicos.
O fato é que ainda não houve uma recuperação plena pós-Covid. A China ainda está imersa em problemas com o vírus, sem muita clareza em relação a qual será sua política sanitária daqui para frente.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil e grande consumidor das nossas commodities. Por isso, uma desaceleração da segunda maior economia do mundo torna as perspectivas para 2023 ainda mais nebulosas e incertas para as nossas exportações.
Ainda em relação ao cenário externo, o professor destaca que o prolongamento e a escalada da guerra na Ucrânia podem agravar a crise energética na Europa e desestabilizar ainda mais as cadeias produtivas globais já fragilizadas pela pandemia.
Os três principais temas internacionais para os quais os investidores devem ficar atentos no próximo ano são a reabertura da China, a crise energética na Europa e a inflação nos EUA. Os mercados devem reagir com volatilidade aos desdobramentos nesses fronts.
De fato, neste ano, a disparada da inflação foi o principal desafio que os principais bancos centrais do mundo tiveram que enfrentar, a fim de reduzir as pressões dos preços, sem, contudo, jogar suas economias em uma recessão.
A normalização dos juros nos países avançados acabou gerando uma onda de aversão ao risco, eliminando quase que por completo a abundante liquidez direcionada a empresas de alto crescimento, principalmente aquelas que ainda não são lucrativas.
Além disso, a valorização do dólar contra as principais divisas, como o euro, a libra esterlina e o iene, também teve efeito sobre as economias emergentes, dificultando o combate à inflação em diversas partes do mundo.
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Perspectivas para 2023 no ambiente doméstico
Quanto às perspectivas para 2023 no cenário nacional, o professor Ricardo explica que ainda não há muita clareza em relação a qual será a política econômica a ser adotada pelo novo governo.
No front interno, a grande dúvida é como será conduzida a nova política econômica. O agravamento da situação fiscal pode gerar uma postura mais defensiva dos agentes econômicos e dificultar uma queda sustentada da inflação e dos juros.
O professor ressalta ainda que os 100 primeiros dias do novo governo serão cruciais para sabermos que a economia será conduzida de forma responsável, com a aprovação de reformas importantes para a estabilidade fiscal do país, ou se continuaremos repetindo os mesmos problemas do passado.
O aumento da dívida pública traz graves consequências para a economia, especialmente com a alta dos juros: o crédito fica mais caro, os prazos de financiamento diminuem, o capital de giro das médias empresas fica mais caro e as grandes corporações têm dificuldade para vender seus títulos também.
Nesse sentido, o professor defende que a responsabilidade social não pode estar desvinculada da responsabilidade fiscal, já que um agravamento das contas públicas tem efeitos diretos sobre a qualidade de vida da população e a atividade econômica.
Haverá o desmembramento do Ministério da Economia, com a recriação dos ministérios da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio. Com isso, será fundamental que haja harmonia na equipe econômica e se adote uma política consistente.
Além disso, o professor Ricardo ressalta a importância de que a condução da política econômica seja feita de modo transparente, dando mais previsibilidade para os agentes econômicos.
De Sarney a Lula 3, já sabemos o que pode dar certo e o que pode dar errado. O resultado da irresponsabilidade fiscal é uma inflação mais alta, a redução da oferta de empregos e uma piora da perspectiva social.
Outro ponto destacado pelo professor é que, se houver confiança em relação à economia, “o consumo aumenta, as empresas vendem mais, empregam mais, a renda sobe e o governo arrecada mais”.
A verdadeira política social é incluir as pessoas no mercado consumidor, dando a elas oportunidade de emprego.
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Como se posicionar em um ano ainda volátil
Quanto às perspectivas para 2023 nos investimentos, o professor de Finanças do Insper afirma que o setor de energia continuará no centro das atenções, dada a sua essencialidade para o avanço econômico.
Além disso, a guerra no Leste Europeu ressaltou a importância da atualização dos sistemas de defesa dos países, o que pode contribuir para o crescimento das empresas do setor no próximo ano.
O professor destaca também que o cenário para as commodities é incerto, pois a ocorrência de uma recessão nos EUA e na Europa, em conjunto com a política de Covid zero na China, pode afetar o consumo de matérias-primas industriais e de petróleo.
Em todo caso, o professor do Insper ressalta que, nesse cenário, é importante “assumir riscos controlados”, aproveitando a volatilidade para realizar compras estratégicas, pensando no longo prazo, e não para “tiro curto”.
As perspectivas para 2023 favorecem as compras. Não será um bom ano para vendas. Portanto, será importante “minerar” papéis de qualidade, buscando incrementar a posição de risco no portfólio para conseguir obter um retorno maior.
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Melhore as perspectivas para 2023 do seu portfólio com uma diversificação inteligente
Em vista da possibilidade de vivermos mais um ano de alta volatilidade, é importante que os investidores diversifiquem com inteligência suas carteiras, reduzindo a correlação entre os ativos do portfólio e buscando teses de investimento com boas perspectivas de retorno nos próximos anos.
Uma excelente forma de fazer isso é investir diretamente na economia real, através de projetos cuidadosamente selecionados, em setores promissores e resistentes a crises, como energia renovável, ativos judiciais, crédito corporativo, entre outros.
A Bloxs é uma plataforma de investimentos alternativos que busca sempre levar ao pequeno investidor oportunidades antes restritas a profissionais e grandes fortunas.
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