As variações na taxa de câmbio entre o real e o dólar têm grande impacto na estrutura de custos e no planejamento de sistemas solares fotovoltaicos.
Uma questão recorrente para quem deseja investir em energia solar é o impacto da moeda americana na cadeia produtiva do setor e no seu possível efeito sobre os custos e as margens de lucro dos operadores.
Na última década, mudanças regulatórias e incentivos para a produção de energia a partir de novas fontes limpas e renováveis, como a energia solar e eólica, aumentaram a diversificação e a segurança da nossa matriz elétrica.
Nesse período, a energia solar, por exemplo, teve um avanço extraordinário, ao sair de apenas 7 megawatts (MW) de potência instalada, em 2012, para alcançar quase 24.000 MW no final de 2022.
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O que era difícil de imaginar até pouco tempo atrás se tornou realidade: a energia solar não só se igualou à eólica em sua representatividade no nosso sistema elétrico como deve crescer em ritmo mais acelerado nos próximos anos.
Mas os efeitos do câmbio sobre o setor vêm gerando dúvidas quanto à atratividade do setor para novos empreendimentos e investimentos com foco em renda.
Para examinar essa questão, elaboramos este artigo especial que abordará os seguintes tópicos:
Impactos diretos e indiretos do dólar em projetos de energia solar
Apesar de ser um país extremamente favorecido pela incidência de luz solar, o Brasil tem pouca relevância na cadeia produtiva industrial de sistemas fotovoltaicos.
Praticamente todos os equipamentos necessários para a instalação e manutenção de usinas, como módulos e inversores, vêm de fora, principalmente da China.
Por isso, o primeiro grande impacto direto do dólar no planejamento de novos sistemas solares fotovoltaicos se dá na sua estrutura de custos como um todo, o que pode ter efeitos sobre o retorno do investimento e as margens de lucro de usinas comerciais.
Isso ocorre porque a moeda americana é a divisa-padrão do comércio internacional e, por isso, é utilizada em nossas trocas comerciais com países estrangeiros.
A China, de onde vêm a maioria dos equipamentos utilizados no setor, é o nosso maior parceiro externo, e essa dinâmica cambial não poderia ser diferente.
Moeda americana influencia custo de energia
Mas isso não é tudo. Precisamos lembrar também que as commodities energéticas, como petróleo e gás natural, são cotados em dólar, razão pela qual a cotação da moeda americana exerce influência indireta no valor da energia.
Como explica Felipe Souto, CEO da Bloxs, plataforma de acesso ao mercado de capitais para empreendedores e investidores:
Muita gente não sabe, mas nós também importamos energia elétrica, especialmente quando enfrentamos períodos prolongados de estiagem, como aconteceu recentemente. Quando nossos reservatórios atingem níveis críticos, precisamos importar mais energia, e isso se dá em dólares, o que acaba influenciando a correção posterior das tarifas, caso a moeda americana esteja mais cara.
E, de fato, a tendência dos preços do dólar contra o real nos últimos é de firme alta.
Como mostra o gráfico abaixo, nos últimos cinco anos, a moeda americana teve uma valorização de 60,77% frente à divisa brasileira, contribuindo para o encarecimento da energia e para o aumento da inflação.
De acordo com o portal Mercado Livre de Energia Elétrica, o impacto da moeda americana pode aumentar a conta de luz dos consumidores entre 3,7% e 9,5%.
Efeitos do câmbio sobre a inflação e os juros
Dessa forma, além dos efeitos sobre os custos em si, o dólar também tem importante papel na inflação do setor energético e nas pressões de preços sobre os consumidores.
E, como sabemos, o meio mais utilizado pelo Banco Central para enfrentar a inflação são os aumentos de juros, que servem de base para o cálculo do financiamento do setor.
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Ainda de acordo com Felipe Souto, CEO da Bloxs, que possui uma plataforma de crowdfunding que ajuda empreendedores a colocar de pé seus projetos, como usinas solares, através de captações de recursos junto a investidores:
Quando a inflação sobe e fica acima da meta do Banco Central, o mais comum é que os juros também subam e tornem o crédito mais caro para o empreendedor investir em seus projetos. O acesso ao capital é fundamental para viabilizar novos investimentos na economia e são um elemento de custo que pode ser, inclusive, impeditivo em alguns casos. Se não houver outras fontes de captação além do mercado de crédito tradicional, é bem possível que os empreendimentos de energia fiquem no papel.
Como mostra o gráfico abaixo, referente ao mercado futuro de juros, o custo do financiamento teve forte alta nos últimos anos, quando a taxa Selic saiu da mínima de 2%, em 2021, para os atuais 13,75%.
Energia solar permite “dolarizar” investimentos de forma indireta
Se, de um lado, o dólar afeta a estrutura de custos e o planejamento dos empreendedores, de outro, pode acabar atuando como um “hedge” contra os efeitos inflacionários da economia, protegendo o patrimônio dos investidores.
É o que explica o CEO da Bloxs, para quem o investimento em áreas de crescimento do setor elétrico, como usinas solares, é uma excelente forma de diversificação de investimentos:
Sim, o dólar é um ponto importante do planejamento estratégico do empreendedor e do retorno do investimento para o investidor, mas é preciso lembrar que esses custos entram no cálculo de correção da tarifa e no valor do aluguel das usinas solares comerciais. Por isso, pode ser uma forma indireta de dolarizar os investimentos e se proteger contra o efeito da inflação.
Felipe comenta ainda que o investimento em energia solar combina o melhor de dois mundos: crescimento e valor.
Não é segredo que a energia solar está em franca ascensão no país e que o setor elétrico é um dos mais defensivos para os investidores. Por isso, ao investir em projetos de energia solar com foco em renda, o investidor consegue contar com os benefícios do crescimento desse segmento e também proteger seu patrimônio com um setor sólido e resistente a crises.
A Bloxs é uma plataforma de investimentos alternativos que une empreendedores e investidores através de um ecossistema completo de acesso ao mercado de capitais.
Entre os segmentos de atuação da empresa estão os projetos de energia renovável, fundamentais para a diversificação e a autonomia da nossa matriz elétrica.
A Bloxs já captou cerca de R$ 40 milhões para o desenvolvimento de projetos de energia renovável, com destaque para usinas solares, permitindo que os investidores tenham acesso a empreendimentos antes restritos a grandes fortunas.
LEIA MAIS: Com quase R$ 40 milhões captados em energia, Bloxs mira novos marcos no setor
Se você também deseja fazer parte dessa revolução, é muito fácil e seguro: basta fazer um cadastro rápido em nossa plataforma e conferir os projetos que estão abertos para captação direta nos setores do seu interesse.
A Bloxs é uma plataforma autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a fazer ofertas públicas de investimento direto na economia real e permite que empreendedores captem de R$ 1 milhão a R$ 120 milhões no mercado de capitais.