Agrofotovoltaico é um sistema eficiente de uso da terra que combina a produção agrícola e de energia limpa e sustentável a partir da radiação solar.
O fator luz não é importante apenas para o crescimento das plantas, mas também para a produção de energia elétrica no campo, graças ao desenvolvimento de placas solares mais acessíveis e eficientes.
Ao redor do mundo, vem crescendo o uso de sistemas agrofotovoltaicos nas fazendas, que otimizam ao máximo o uso do solo, ao aliar a produção simultânea de alimentos e de eletricidade.
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Produtividade e a gestão de custos são duas das maiores preocupações dos produtores, que agora encontram no sistema agrofotovoltaico uma resposta para maximizar a renda de todo o espaço da fazenda, sem realizar grandes mudanças operacionais.
Neste artigo, vamos explicar o que é e como funciona o sistema agrofotovoltaico e de que forma ele vem sendo implementado com sucesso no mundo por produtores atentos a todas as formas de exploração econômica e sustentável das suas terras.
Os tópicos que abordaremos a partir de agora são os seguintes:
Sistema agrofotovoltaico faz integração agrícola e energética
A integração técnica entre a agricultura e a geração de energia limpa e renovável visa explorar ao máximo a radiação solar que incide sobre as fazendas para produzir simultaneamente alimentos e eletricidade.
Essa é justamente a proposta do sistema agrofotovoltaico, que usa a mesma área de terras aráveis para a produção de alimentos e eletricidade, através de estruturas e equipamentos que não prejudicam a luminosidade necessária para as plantas, nem a irrigação e a colheita.
Não é novidade que o mundo passa por uma das suas mais graves crises energéticas da história. O barril do petróleo voltou a disparar no mercado internacional, e o gás natural acabou se tornando instrumento de chantagem no xadrez geopolítico.
Aumentos tarifários e baixa cobertura do sistema elétrico no campo
No Brasil, são bem conhecidas as deficiências do nosso sistema elétrico, ainda excessivamente concentrado em usinas hidrelétricas e com baixa cobertura no interior.
Os constantes aumentos tarifários afetam não apenas os hábitos de consumo das famílias, mas também a competitividade das empresas, especialmente aquelas mais sensíveis ao custo da energia elétrica.
Essa realidade acabou servindo de impulso para a busca de fontes alternativas de energia limpa e renovável, capazes de reduzir custos e, ao mesmo tempo, garantir a independência de famílias e empresas em relação ao sistema elétrico cativo e centralizado.
Essa também foi uma das preocupações dos produtores do campo, muitos dos quais viram a evolução da tecnologia dos sistemas fotovoltaicos como uma forma de explorar uma fonte barata e abundante de energia em suas fazendas: a luz do sol.
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De acordo com Felipe Souto, CEO da Bloxs, plataforma de acesso ao mercado de capitais para pequenos e médios empreendedores:
Os produtores precisam ficar atentos às inovações tecnológicas que possam aumentar a eficiência das suas fazendas, além de reduzir custos e diversificar suas fontes de receita, sem mudar drasticamente sua rotina operacional. Esse é o caso do sistema agrofotovoltaico, que intensifica o uso da terra ao fazer a integração técnica entre produção agrícola e energética.
Felipe explica ainda que o sistema agrofotovoltaico utiliza estruturas e equipamentos otimizados, que permitem a incidência de luz solar uniforme nas plantas, por serem instalados com altura e espaçamento adequados para o plantio, a irrigação e a colheita.
“Produtividade é a palavra de ordem no campo”
A integração de sistemas fotovoltaicos a outros tipos de infraestrutura urbana e agrícola não é novidade no mundo. A proposta é otimizar os espaços, maximizando seu uso e sua produtividade, sem afetar a forma habitual como são utilizados.
A palavra de ordem no campo hoje é produtividade. Por que não utilizar uma fonte de energia abundante, limpa e sustentável para reduzir os custos da fazenda, podendo ainda se tornar uma fonte adicional de receita, com a venda da energia excedente?
De acordo com Felipe, a geração distribuída, que envolve a produção de energia mais perto das unidades consumidoras, evoluiu de forma extraordinária no país, mas ainda encontra certa resistência entre os produtos, por acreditarem que esse tipo de sistema é muito caro.
É preciso levar em conta que o próprio sistema fotovoltaico se paga, seja em uso integrado com a agricultura ou em uma área independente da própria fazenda, onde pode ser instalada uma usina solar para autoconsumo remoto.
Felipe se refere à possibilidade de o produtor gerar a própria energia e ainda injetar o excedente na rede para receber créditos que podem ser usados para abater a conta de luz de outra unidade, desde que atendida pela mesma concessionária.
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Estudos apontam que os sistemas solares, como o agrofotovoltaico, podem reduzir os custos de energia em até 95%, com um payback (retorno do investimento) extremamente curto, de cerca de três a cinco anos.
Dessa forma, o produtor pode gerar a energia no interior e reduzir a conta de luz de uma unidade na capital, seja uma residência ou uma empresa. Estamos falando de máxima eficiência, competitividade e produtividade, tudo o que contribui para o sucesso de um empreendedor.
Como financiar a instalação de uma usina solar em uma fazenda?
Existem diversas linhas de crédito voltadas para a instalação de sistemas solares em áreas rurais no país, inclusive opções de captação no mercado de capitais para empreendimentos que fazem a integração técnica entre agricultura e energia.
A Bloxs é uma plataforma que facilita o acesso de empreendedores ao mercado de capitais, com operações de crédito (dívida) ou parceria societária (equity) que podem variar de R$ 1 milhão a R$ 120 milhões.
A grande vantagem da autogeração é que o retorno do investimento é extremamente rápido e os benefícios podem perdurar por décadas, especialmente se o empreendedor souber utilizar comercialmente a infraestrutura.
Os ótimos índices de incidência de luz solar das fazendas torna seu espaço ideal para o uso integrado da agricultura e da geração sustentável de energia.
O primeiro passo para desenvolver um projeto adequado para cada fazenda é contar com o apoio de especialistas para dimensionar um sistema factível para o potencial energético da área.
Além disso, os produtores podem diversificar suas fontes de receita, tornando a usina solar em um negócio separado, por meio de um modelo de negócio em geração distribuída.
LEIA MAIS: Conheça os principais modelos de negócio em geração distribuída
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