O Fundo de Investimento em Participações (FIP) permite que empresas abertas, fechadas ou sociedades limitadas captem recursos com a entrada de investidores qualificados dispostos a contribuir com seu amadurecimento e destravar oportunidades de crescimento.
Os FIPs é a forma mais utilizada no país para investir em empresas promissoras que ainda não abriram seu capital na bolsa de valores ou estão em fase inicial de desenvolvimento, como startups.
O grande diferencial desse fundo é a participação dos gestores no processo decisório da empresa investida, influenciando sua estratégia operacional através da indicação de membros para o seu Conselho de Administração.
Se o que a sua empresa precisa é de uma injeção de capital para ampliar o alcance dos seus produtos ou serviços e desbravar novos mercados, estruturar um Fundo de Investimento em Participações, com o auxílio de uma assessoria especializada, pode ser mais fácil do que você imagina.
Neste artigo, você vai saber tudo sobre o FIP e como captar de R$ 1 a 100 milhões no mercado através de uma fintech que está revolucionando os investimentos alternativos no país. Os tópicos que vamos abordar são os seguintes:
- O que é um FIP?
- Como funciona um FIP?
- Objetivos do FIP
- Quais são os tipos de FIPs?
- Como é a estrutura de um Fundo de Investimento em Participações?
- Qual é o cenário do FIP no Brasil?
- Quem pode investir em um Fundo de Investimento em Participações?
- Quais são os riscos de um Fundo de Investimento em Participações?
- Quais são os FIPs listados na B3?
- Qual é a tributação de um Fundo de Investimento em Participações?
- Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura (FIP IE) x Fundos Imobiliários (FIIs)
- O que é necessário para criar um Fundo de Investimento em Participações?
- Como montar um Fundo de Investimento em Participações na Bloxs?
O que é um FIP?
O Fundo de Investimento em Participações (FIP) é uma espécie de condomínio fechado de investidores qualificados que desejam aportar recursos para seguir determinada estratégia definida pelos seus gestores, como o investimento direto em empresas de capital fechado e startups que ainda se encontram em seus estágios iniciais de amadurecimento.
Ainda que seja possível investir em companhias abertas, os FIPs são a forma mais comum de ter exposição a oportunidades de private equity e venture capital no país. Portanto, a gama de empresas que podem ser investidas por esse excelente veículo de captação é bastante variada, abrangendo desde companhias com um formidável histórico operacional até startups que precisam de uma injeção de capital para escalar suas soluções.
Pelas regras atuais da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), apenas investidores qualificados têm acesso aos Fundos de Investimento em Participações, em razão das suas características de liquidez e risco. O investidor qualificado é definido como aquele que possui pelo menos R$ 1 milhão de patrimônio investido.
Saiba mais sobre as vantagens de um Fundo de Investimento em Participações no vídeo abaixo:
Como funciona um FIP?
O Fundo de Investimento em Participações funciona como uma comunhão de recursos, em que as cotas só são resgatadas ao final do prazo estabelecido ou mediante deliberação da assembleia de cotistas.
Os gestores do fundo indicam membros para o Conselho de Administração de cada empresa investida, a fim de auxiliar seu processo decisório e aprimorar sua estratégia operacional. Isso pode ser feito:
- pela aquisição de ações que formem o bloco de controle da companhia;
- por um acordo firmado com os acionistas; ou
- pela adoção de outro procedimento que garanta ao fundo sua efetiva influência na gestão e na política estratégica das empresas investidas.
Objetivos do FIP
Os maiores objetivos do FIP é identificar excelentes oportunidades de retorno para os seus investidores através do desenvolvimento de um negócio e implementação de boas práticas de governança que assegurem seu crescimento sustentado.
Com isso, busca-se criar valor tanto para os cotistas como para as empresas investidas, visando obter ganhos acima da média de outras classes de ativos no longo prazo, ainda que a liquidez desse tipo de ativo seja reduzida, exigindo, portanto, uma profunda avaliação dos riscos envolvidos.
Quais são os tipos de FIPs?
Com base na composição da sua carteira, os FIPs devem ser classificados nas seguintes categorias:
- FIP – Capital Semente: tem por objetivo adquirir participações em empresas ou sociedades limitadas com receita bruta anual de, no máximo, R$ 16 milhões, com base no exercício social encerrado no ano anterior ao primeiro aporte do fundo. Não pode apresentar receita superior àquele patamar nos últimos três exercícios sociais;
- FIP – Empresas Emergentes: busca adquirir participações em companhias ou sociedades limitadas com receita bruta anual de até R$ 300 milhões, segundo o exercício social encerrado no ano anterior ao primeiro aporte do fundo. Não pode apresentar receita superior àquele patamar nos últimos três exercícios sociais;
- FIP – Infraestrutura (FIP-IE) e FIP – Produção Econômica intensiva em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (FIP-PD&I): o patrimônio do fundo deve ser alocado em títulos de sociedades anônimas, sejam elas de capital aberto ou fechado, que levem a cabo, respectivamente, novos projetos de infraestrutura ou de produção econômica que faz uso intensivo de pesquisa, desenvolvimento e inovação nas áreas de energia, transporte, água e saneamento básico, irrigação, bem como outras consideradas prioritárias para o Poder Executivo Federal. O FIP-IE e FIP-PD&I está limitado a apenas cinco cotistas, sendo que cada um não pode deter mais de 40% das cotas emitidas pelo FIP-IE ou pelo FIP-PD&I ou obter um retorno superior a 40% do fundo.
- FIP – Multiestratégia: admitem investimentos em empresas e projetos de diferentes tipos e portes. Esses fundos podem alocar até 100% do seu capital subscrito em ativos no exterior, mas, neste caso, estão abertos exclusivamente a investidores profissionais.
LEIA MAIS: Entenda as diferenças entre o investidor comum, o qualificado e o profissional.
Como é a estrutura de um Fundo de Investimento em Participações?
Os FIPs podem adotar uma estrutura bastante flexível, composta por apenas um cotista ou vários investidores qualificados e profissionais, por meio de uma oferta pública de investimento, nos termos da Instrução Normativa 578 da CVM.
Além dos gestores e cotistas do fundo, a estrutura do Fundo de Investimento em Participações deve prever a contratação de auditores independentes que atestem a veracidade e as boas práticas de demonstrações contábeis anuais do fundo. Ou seja, seus custos são basicamente as taxas de administração, de contabilidade e auditoria, podendo atingir até 2,5% do patrimônio do FIP.
É importante ressaltar ainda que as captações via FIPs devem contar com um auxílio de uma assessoria especializada, como a Bloxs Capital, no intuito de garantir que todos os processos legais de constituição e emissão sejam plenamente seguidos, de acordo com as regras da CVM.
Qual é o cenário do FIP no Brasil?
Os Fundos de Investimento em Participações já têm uma história consolidada no país, ajudando as empresas a contar com alternativas de captação mais competitivas em relação às linhas tradicionais de crédito disponíveis hoje no mercado.
Em cenários de alta de juros e inflação, em que os investidores se mostram mais avessos à volatilidade das ações, captar recursos via Fundo de Investimento em Participações pode ser a melhor alternativa para startups e empresas promissoras que desejam amadurecer e destravar novas oportunidades de crescimento com a entrada de novos investidores.
Não é à toa que essa é a categoria de fundos de investimentos que mais cresceu em números de contas em 2021, com uma disparada de 96,3%.
Como fonte essencial de recursos para o desenvolvimento econômico e empresarial do país, os FIPs atraem cada vez mais investidores que desejam ter uma parte do seu portfólio alocado em companhias inovadoras e com alto potencial de crescimento, capazes de entregar resultados extraordinários em um prazo relativamente menor do que em outras classes de ativos.
O crescimento dos FIPs fez com que a Anbima cogitasse abrir esse tipo de alocação para investidores comuns, de olho na franca emergência de startups em todos os setores da nossa economia. Segundo Pedro Rudge, diretor da associação, em entrevista ao Valor Econômico:
A ideia do FIP de varejo é dar a possibilidade ao investidor menos sofisticado de ter uma parcela do patrimônio em produtos que julgue que faça sentido, conhecendo seus riscos e com percentual na carteira menor de acordo com o seu apetite.
Quem pode investir em um Fundo de Investimento em Participações?
As regras da CVM restringem o acesso aos Fundos de Investimento em Participações, por conta das suas características especiais de risco e liquidez. Isso porque o resgate das cotas não pode ser feito a qualquer momento, obrigando os investidores a ter um grau maior de diligência e planejamento, especialmente pelo fato de não existir um mercado secundário organizado para esse tipo de ativo.
Dessa forma, apenas investidores qualificados e profissionais podem investir em um Fundo de Investimento em Participações, o que exige o auxílio de uma assessoria especializada para sua constituição e emissão, como a Bloxs Capital.
Quais são os riscos de um Fundo de Investimento em Participações?
Os riscos do FIP referem-se basicamente à iliquidez do ativo, isto é, a impossibilidade de resgatar as cotas antes do prazo estabelecido pelo prospecto do fundo, bem como ao risco de performance dos negócios investidos, na medida em que o retorno dos investidores depende do crescimento das empresas que compõem o portfólio.
Quais são os FIPs listados na B3?
Existem hoje dezenove Fundos de Investimento em Participações listados na bolsa brasileira (B3), geridos por nomes de destaque no mercado financeiro nacional como BTG, XP, Patria, etc. São eles:
Qual é a tributação de um Fundo de Investimento em Participações?
Existem incentivos tributários para o investimento em FIPs de infraestrutura, energia e tecnologia e outros setores considerados estratégicos para o governo federal. Essa isenção se aplica apenas a pessoas físicas que atendam aos requisitos estabelecidos pela CVM.
Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura (FIP IE) x Fundos Imobiliários (FIIs)
As diferenças entre o Fundo de Investimento em Infraestrutura e o Fundo Imobiliário abrangem desde os setores e os públicos-alvo desses instrumentos, quanto sua liquidez no mercado secundário e os riscos associados. É importante ressaltar que o FIP é restrito a investidores qualificados e profissionais, ao passo que o FII está aberto para pequenos investidores na bolsa de valores. Ambas as opções, no entanto, contam com incentivos tributários relacionados à distribuição de dividendos para pessoas físicas.
O que é necessário para criar um Fundo de Investimento em Participações?
A estruturação de um fundo de investimento e sua oferta pública de investimento devem seguir as regras rígidas estipuladas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), bem como cumprir várias obrigações em termos de prestação de contas e demonstração de resultados para seus cotistas.
Dessa forma, para quem se pergunta: como fazer um FIP? É sempre indicado que quem deseja captar recursos através de um Fundo de Investimento em Participações busque o auxílio de uma assessoria especializada, como a Bloxs Capital, capaz de conduzi-lo por todo o processo de constituição e emissão das cotas a investidores qualificados.
Como montar um Fundo de Investimento em Participações na Bloxs?
A Grupo Bloxs oferece soluções completas para empresas que desejam captar de R$ 1 a 100 milhões no mercado, abrangendo desde a assessoria para a estruturação até a gestão de fundos estruturados. O primeiro passo é submenter o seu projeto. Os passos a seguir são feitos pela equipe interna da Bloxs.
O processo de estruturação de um Fundo de Investimento em Participações na Bloxs segue o processo abaixo:
- Envio de documentação preliminar;
- Análise de viabilidade, onde os algoritmos e analistas da Bloxs entendem a demanda e buscam no mercado condições indicativas para atendê-la;
- Envio de proposta indicativa sem custo;
- Aceite da proposta pelo empreendedor e assinatura da exclusividade de 90 dias;
- Bloxs e investidores analisam a fundo os documentos e viabilidade, fazem a diligência jurídica, fiscal, etc.
- Caso o processo de diligência e análise detalhada comprove as informações iniciais e viabilidade, os documentos são assinados.
- Processo de colocação, com os investidores confirmando as ordens.
- Envio dos recursos para o empreendedor e início do processo de acompanhamento da operação.
As etapas podem variar a depender do tamanho da demanda, tipo de dívida (Debêntures, CRA, CRI, CIC, CCB, IPO, M&A, etc). Conheça todos os serviços prestados pela Bloxs Capital clicando aqui e descubra como nossa assessoria pode ajudá-lo a impulsionar seu crescimento com a entrada de novos investidores que acreditam no seu negócio.