A geração de empregos no Brasil ganhou força com a retomada de setores-chave, como agronegócio e construção civil, além do avanço de novas fronteiras de crescimento, como energia renovável.
Desde a pandemia, os avanços no nível de ocupação foram notáveis, e os investimentos diretos das empresas na economia real tiveram papel essencial nesse cenário.
No momento em que a inflação e os juros geram desafios para o mercado de trabalho, novas frentes de crescimento e o maior acesso de pequenas empresas ao mercado de capitais ajudam a consolidar e expandir os ganhos obtidos.
Neste artigo, vamos entender melhor por que as fontes alternativas de financiamento de empresas são importantes para o nosso desenvolvimento econômico e como os investimentos diretos na economia real podem ajudar a reduzir ainda mais a taxa de desocupação no país.
Desafios do mercado de trabalho no Brasil
O impacto mais imediato da pandemia na população brasileira foi o drástico aumento da taxa de desocupação, já que a crise sanitária atingiu em cheio setores conhecidos por serem grandes geradores de empregos, como comércio e serviços.
Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que, em apenas quatro meses, o nível de ocupação do mercado de trabalho, isto é, a proporção de pessoas com emprego em relação à população economicamente ativa, teve uma queda vertiginosa, como mostra o gráfico abaixo:
O nível de ocupação se encontrava estável em torno de 56%, após a crise de 2016, mas chegou a atingir a mínima de 48% no auge da pandemia, devido ao aumento da incerteza e de medidas de contenção do vírus.
A redução do deslocamento da população e medidas impositivas de fechamento de negócios geraram uma forte onda de demissões, especialmente de setores que dependem da circulação de pessoas.
No entanto, a implementação de ações pelo lado da renda, como o auxílio emergencial, evitou que a crise sanitária também se tornasse uma crise social, permitindo que muitas famílias mantivessem seus níveis de consumo.
O resultado foi que, a partir do ponto mais crítico da crise, junho de 2020, houve uma retomada contínua da economia, acentuada pelos elevados índices de vacinação da população, permitindo, aos poucos, a normalização do setor produtivo.
Foram fundamentais para essa recuperação setores-chave da nossa economia, conhecidos por serem grandes geradores de riquezas e empregos, como o agronegócio e a construção civil, além de novas frentes de crescimento, como a formidável expansão de fontes alternativas de energia renovável, como a solar e a eólica.
Geração de empregos em 2022
Até meados deste ano, a população ocupada no Brasil era de 98,7 milhões de pessoas, o que representa um avanço de 9,5% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Realizando os ajustes sazonais, a massa de 101,2 milhões de pessoas ocupadas, em junho, foi 1,4% maior que a observada no mês anterior. Esse foi o maior avanço já registrado por essa métrica em toda a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE.
A queda da desocupação também foi extraordinária, ao recuar 4,5% na comparação interanual. Em junho de 2021, o nível de pessoas sem emprego, em relação à população economicamente ativa, era de 13,7%. No mesmo mês deste ano, o desemprego era de 9,2%
Se considerarmos as métricas dessazonalizadas, o resultado é ainda mais consistente, já que a taxa de desocupação já recuou treze vezes consecutivas, chegando a 8,9% em meados deste ano, menor patamar dos últimos sete anos para o período.
Ao falar sobre a geração de empregos, os pesquisadores do Ipea, Maria Andreia Parente Lameiras e Marcos Hecksher, disseram o seguinte, na Carta de Conjuntura 56:
Nos últimos doze meses, todos os segmentos tiveram crescimento do emprego formal. O comércio continua sendo o setor com a maior geração de empregos (500,4 mil). Em seguida, aparecem os serviços administrativos (342 mil), a indústria de transformação (325,8 mil) e os serviços de alojamento e alimentação (275,6 mil).
Geração de empregos na construção civil
Um dos grandes propulsores do nosso crescimento é a construção civil, setor que faz uso intensivo de mão de obra e, por isso mesmo, tem grande peso na geração de empregos no país.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no auge da pandemia, a construção civil empregava 1,926 milhão de trabalhadores com carteira assinada. No mesmo período deste ano, o número já havia saltado para mais de 2,5 milhões, uma retomada muito forte.
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Dessa forma, desde os primeiros meses da crise sanitária, a construção civil já gerou mais de meio milhão de postos de trabalho com carteira assinada, um resultado que comprova a força e a importância desse setor para o nosso crescimento econômico.
Geração de empregos em energia renovável
Nos últimos anos, vimos uma expansão formidável de novas fontes de energia limpa e renovável, com destaque para as usinas solares e eólicas instaladas por todo o país.
A diversificação da nossa matriz energética, que já é uma das mais limpas do mundo, não contribui apenas para a redução da nossa dependência a combustíveis fósseis, mas também gera novas frentes de negócio, aumentando os níveis de investimento na economia real.
Isso é especialmente importante em regiões do país onde ainda há um contingente elevado de pessoas sem emprego, como no Nordeste, extremamente privilegiado quando o assunto é geração de energia a partir do sol e dos ventos.
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Um levantamento do programa Plano Potência Nordeste mostra que os projetos de energia renovável na região tiveram a outorga de 66 GW de potência, o que equivale a quase cinco usinas de Itaipu.
Segundo uma reportagem da revista Veja sobre a geração de empregos energia solar e eólica:
Considerando as outorgas já existentes, mais de 2 milhões de empregos podem ser criados nos próximos anos nos setores de energia solar e eólica, caso os planos sejam implementados.
Geração de empregos no agronegócio
Um dos pilares mais importantes da nossa economia, o agronegócio é responsável pela geração constante e duradoura de postos de trabalho no país.
Mesmo diante de todos os desafios enfrentados pelos empreendedores do campo, como o aumento do custo com máquinas e insumos e a escassez de crédito rural, o setor conseguiu ter seu melhor resultado em geração de empregos nos últimos 10 anos.
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Dados do Caged mostram que o setor teve um saldo positivo de 140,9 mil novas vagas de trabalho no ano passado, graças a novas fontes de financiamento, que ampliaram a oferta de recursos para os produtores além do Plano Safra.
LEIA MAIS: A verdade que ninguém te contou sobre a escassez de crédito rural.
Como investir em projetos que contribuem com a geração de empregos no país?
O acesso ao mercado de capitais é fundamental para que pequenas empresas possam levantar recursos e investir em seu crescimento, com a entrada de novos investidores em seus negócios.
Foi justamente para aumentar o investimento direto na economia real que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) resolveu atualizar as normas do crowdfunding, uma modalidade de investimento participativo em que um grupo de pessoas com interesses comuns se une para financiar projetos que contribuem para a geração de empregos.
Após crescer mais de vinte vezes desde a sua primeira regulamentação, em 2017, captando mais de R$ 200 milhões para pequenas empresas nos mais variados setores, o crowdfunding passou por atualizações importantes com a resolução CVM 88.
Agora, empresas com faturamento bruto anual de até R$ 40 milhões podem levantar um volume máximo de R$ 15 milhões em rodadas de crowdfunding para alavancar seus negócios.
A Bloxs é a maior plataforma de crowdfunding do Brasil dentro das regras da CVM e, desde a sua fundação, em 2018, já captou mais de R$ 100 milhões em projetos que geram desenvolvimento e renda para o país.Se você deseja saber mais sobre como investir ou captar recursos através do crowdfunding, faça um cadastro rápido em nossa plataforma e não deixe de se inscrever em nosso grupo no Telegram para ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo dos investimentos alternativos.