O Plano Safra 22/23 é responsável por financiar grande parte da agricultura brasileira e recebeu atualizações importantes do governo federal para os pequenos e médios produtores.
Ao todo, foram liberados mais de R$ 340 bilhões para o financiamento rural, um aumento de 36% em relação à safra anterior, para as atividades de custeio, comercialização e investimento.
Muitos especialistas questionam, no entanto, que o aumento da Selic e dos custos de produção gerará desafios para que os produtores se financiem somente com o Plano Safra 22/23.
Por isso, alternativas de acesso ao mercado de capitais são fundamentais para manter a competitividade do agro nacional, especialmente para pequenos e médios produtores, que costumam encontrar mais obstáculos para crédito rural no país.
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Neste artigo, vamos entender melhor o que é o Plano Safra, sua importância para o aumento da produtividade no campo e por que novas soluções de captação de recursos são essenciais para o crescimento do agronegócio brasileiro.
Confira os tópicos que vamos abordar a partir de agora:
O que esperar do Plano Safra 22/23?
O governo federal anunciou, no último dia 29 de julho, os detalhes do Plano Safra 22/23, responsável por financiar a produção de quase um terço da agricultura brasileira através de programas de fomento, como Pronaf e Pronamp.
Foram liberados R$ 340,88 bilhões em recursos para o programa deste ano, um aumento de 36% em relação à safra passada. O volume a ser destinado para o segmento de juros controlados foi de R$ 195,70 bilhões (+18%) e, para os juros livres, serão disponibilizados R$ 145,18 bilhões (+69%).
Em razão do novo cenário de juros e inflação, houve uma atualização das taxas controladas; mesmo assim, especialistas dizem que os produtores que conseguirem acesso aos programas de fomento terão condições mais favoráveis do que as taxas livres do mercado.
Outro ponto positivo salientado por analistas foi o aumento da subvenção para seguro rural que, nas regiões Norte e Nordeste, foi de 30% para plantio de soja e 45% para as demais culturas.
Para o programa de construção e ampliação de armazéns, foram destinados R$ 5,13 bilhões no Plano Safra 22/23, com taxas subsidiadas de 7% ao ano. São cobertos projetos de armazenagem de até 6 mil toneladas a essa taxa, que sobe para 8,5 para volumes maiores.
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Quando começa o Plano Safra 2022-2023?
O governo federal anunciou que o próximo Plano Safra terá início a partir do dia 1º de julho, com prioridade para pequenos e médios produtores, que terão um aumento na disponibilidade de recursos para investir em suas terras.
Para os empreendedores do campo que se perguntam: quando vai ser liberado o Plano Safra 2022? A resposta é que os recursos começarão a ser distribuídos pelas instituições financeiras credenciais a partir do dia 1º de julho deste ano.
Recursos do Plano Safra 22/23 são insuficientes para as demandas do campo
O agronegócio nacional vem ganhando cada vez mais espaço no mercado internacional e ampliando investimentos em modernização e ganhos de produtividade.
Apesar de o setor reconhecer que o governo federal ampliou o programa na medida do possível, é consenso que esse volume de recursos é insuficiente para satisfazer as demandas dos produtores, em vista do aumento de custos e, principalmente, da escassez crônica de crédito rural.
Muitos afirmam que os recursos do Plano Safra 2022/2023 não conseguem fazer frente à demanda total de plantio da próxima safra, que é mais do que o dobro do disponibilizado para a temporada atual.
Na avaliação da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), em nota emitida para o portal Agrolink:
Apesar de os recursos anunciados de R$ 340,88 bilhões ficarem aquém da necessidade, o Governo Federal conseguiu viabilizar, nesse ambiente macroeconômico turbulento, a ampliação de 36% na disponibilidade de recursos em relação ao Plano Safra anterior.
Já Cláudio Brisolara, diretor do departamento de economia da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo, acredita que a maioria dos empresários do campo serão obrigados a recorrer a um “mix” de financiamentos com taxas livres e controladas se quiser financiar adequadamente sua produção.
Quanto menos recursos com taxas de juros controlados o produtor acessar, mais ele terá que compensar com taxas de juros livres, a um custo muito maior.
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“Um tremendo desafio para que os produtores acessem e utilizem os recursos”
Ao falar sobre as perspectivas para o Plano Safra 22/23, José Luís Bassani, Business Developer de Agronegócio da Bloxs, plataforma que facilita o acesso de empreendedores ao mercado de capitais, elencou uma série de fatores que podem dificultar o acesso dos produtores ao crédito rural subsidiado.
O primeiro ponto destacado pelo executivo é que, com as frustrações de muitas lavouras em safras mais recentes, os limites de recursos concedidos pelas instituições financeiras ficaram mais restritos, em razão do aumento do risco das operações.
Além disso, para conseguir atender melhor a enorme demanda por financiamento, o Plano Safra 22/23 estabelece uma série de restrições, como um teto para liberação de recursos por CPF, além de processos burocráticos de cadastramento e licenciamento das terras produtivas.
Diante do desafio do aumento dos custos de produção em meio às limitações de recursos, ou o produtor diminui a área plantada ou terá que buscar recurso suplementar para plantar toda área. Mas seu limite está tomado na instituição financeira. Só resta buscar complemento por meio de barter ou diretamente no mercado de capitais.
Bassani destacou ainda o fato de que o produtor que tem acesso aos recursos do Plano Safra 22/23 precisa seguir à risca o que estabelece o Manual de Crédito Rural, sob pena de ser desenquadrado da operação e sofrer as penalidades previstas, principalmente no que se refere à utilização correta do dinheiro em Cédula Rural. É o chamado “dinheiro carimbado”.
Outro ponto importante tem a ver com as condições “engessadas” de prazo, taxas, enquadramentos e demais regras do mercado bancário. Segundo o executivo, no mercado de capitais, as condições são mais flexíveis, desde que os interesses dos envolvidos sejam atendidos.
Mas quero lembrar de que não é justo comparar uma operação financeira com uma operação no mercado de capitais, já que esta é mais flexível para adequar a necessidade do empreendedor. As operações financeiras nem sempre atendem todas as expectativas, por exemplo limites e prazos.
Dessa forma, conclui Bassani, o produtor não pode olhar apenas o custo de uma estruturação, mas também as condições e a flexibilidade com que o capital é concedido.
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Estruturar uma operação no mercado, levantando recursos diretamente com investidores, pode ser uma solução mais adequada para os produtores cujas necessidades de capital não podem ser atendidas pelo Plano Safra 22/23.
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