Michael Bloomberg (1942-) é empresário, filantropo e ex-prefeito de Nova York por três mandatos (2002-13).
Suas inovações no campo da política, da filantropia e dos negócios fazem dele um importante líder mundial em áreas como mudança climática, saúde pública, educação e outras iniciativas sociais.
Com um patrimônio estimado em US$ 48 bilhões, Bloomberg é o 16º homem mais rico do mundo.
Suas doações ultrapassam US$ 9.5 bilhões, perpassando iniciativas que vão desde o controle de armas até medidas de proteção socioambiental.
Conheça a inspiradora história desse megainvestidor que fez fortuna desenvolvendo a mais famosa plataforma tecnológica do mercado financeiro: o terminal Bloomberg.
Michael Bloomberg: ascensão de um líder empresarial e político
Filho de uma secretária e um contador imigrante da Polônia, Michael Rubens Bloomberg nasceu em Boston, em 1942, e cresceu em Medford, Massachusetts.
Formado em Engenharia pela Universidade Johns Hopkins (1964) e mestre em Administração de Empresas pela Universidade de Harvard (1966), Bloomberg iniciou sua carreira no banco de investimentos Salomon Brothers, em Wall Street.
Em apenas 15 anos, o jovem profissional alcançou a posição de sócio da empresa e passou a liderar sua mesa de operações.
Após a aquisição do banco por outra companhia, em 1981, Bloomberg recebeu US$ 10 milhões por sua participação societária. Com esses recursos, o jovem talento criou, no ano seguinte, a Innovative Market Systems, prestadora de serviço de dados financeiros.
Posteriormente, vinte anos depois, já com o nome de Bloomberg LP, a plataforma se tornou líder mundial em serviços de dados financeiros.
O sucesso da plataforma financeira mais importante do mundo
O terminal Bloomberg é uma ferramenta indispensável a todas as empresas do mercado financeiro. Estima-se que o software gere mais de US$ 10 bilhões em receita anual, graças aos seus mais de 320.000 assinantes em todo o mundo.
A plataforma oferece serviços de notícias, informações, dados e até execução de ordens em diversos mercados do mundo. Considerada como a solução mais completa e confiável do mercado financeiro, o terminal Bloomberg ganhou fama por antecipar notícias e informações capazes de impactar o mundo dos negócios.
A ferramenta tecnológica pertence à empresa controladora Bloomberg LP, que possui várias outras subsidiárias, com destaque para o serviço de notícias Bloomberg News e o canal Bloomberg Television.
O diferencial da rede Bloomberg é, certamente, o fato que a rede opera 24 horas por dia. Possui mais transmissões ao vivo do qualquer outro concorrente, como a CNBC e a Fox Business Network.
A Bloomberg Television também fornece uma análise mais aprofundada e menos conteúdo de entretenimento do que outras transmissoras financeiras.
Ao passo que o tempo passou, a Bloomberg LP foi adquirindo diversos concorrentes de diferentes setores, inclusive mídia (a estação de rádio nova-iorquina WNEW e a revista BusinessWeek), dados financeiros (New Energy Finance) e instituições de interesse público (Bureau of National Affairs).
Por ser uma empresa de capital fechado, é impossível saber exatamente quais são os detalhes financeiros da Bloomberg. Uma reportagem do Business Insider, no entanto, indicou que a empresa gerou mais de US$ 10 bilhões em receita em 2018.
Incursão no mundo político
Enquanto esteve à frente da prefeitura de Nova York, Bloomberg levou seu método de trabalho focado em inovação para o governo da cidade.
Bloomberg recuperou a rede de escolas públicas da cidade, que se encontrava completamente abandonada. Procurou elevar os padrões escolares e recompensar as unidades que mais progrediam.
Como prefeito, Bloomberg incentivou o crescimento econômico de Nova York, fomentando a criação de empregos com a revitalização de antigas áreas industriais. Além disso, financiou pequenos empreendedores e fortaleceu setores estratégicos, como cinema, televisão, biociência, tecnologia e turismo.
Graças à boa administração de Bloomberg, Nova York registrou níveis recordes de geração de empregos no setor privado, geralmente em bairros decadentes, inclusive durante a profunda crise financeira de 2008.
Sua paixão pela saúde pública permitiu que adotasse medidas ambiciosas que acabaram se tornando modelos para o mundo, como a proibição do fumo em locais públicos fechados, parques e praias.
Dessa forma, a expectativa de vida dos nova-iorquinos cresceu 36 meses durante os 12 anos da administração pública de Michael Bloomberg.
Todos esses feitos na administração de Nova York serviram de credenciais para Bloomberg anunciar sua candidatura à presidência da República dos EUA em 2020. No entanto, no decorrer das prévias do partido Democrata, Bloomberg decidiu abrir mão da sua candidatura para apoiar Joe Biden, que foi vice-presidente de Barack Obama (2009-2017).
Iniciativas filantrópicas
Posteriormente o período que deixou a prefeitura de Nova York com alto índice de aprovação, Bloomberg retornou à sua empresa e passou a dedicar mais tempo à filantropia, uma das suas maiores prioridades.
As ações filantrópicas de Bloomberg seguem, acima de tudo, uma metodologia baseada em dados para medir seu impacto e eficiência. As áreas focalizadas por Bloomberg abrangem os setores de educação, saúde, cultura, meio ambiente, inovação e empreendedorismo.
5 Lições de Liderança de Michael Bloomberg
Em suas palestras ao redor do mundo, Michael Bloomberg faz questão de frisar alguns princípios da sua filosofia empresarial que lhe permitiram ter sucesso tanto na administração pública quanto privada.
Construir, monetizar e defender
Ao falar sobre a construção da sua empresa, Bloomberg certa vez disse o seguinte:
Você precisa fazer três coisas no mundo dos negócios. Primeiro, você tem que construir um produto que as pessoas precisam. Segundo, você precisa encontrar uma forma de monetizar o produto. E terceiro, você precisa descobrir uma maneira de proteger o seu produto. É isso.”
Não dê ouvidos ao que seus clientes querem que você faça
Ao conceber um produto que atenda às necessidades dos clientes, Bloomberg gosta de destacar o seguinte:
Existem dois grupos de pessoas às quais você não pode dar ouvidos ao construir produtos para o futuro: seus clientes e sua equipe de vendas. Não estou dizendo que você deva ignorar seus clientes. Ouça-os, mas não dê ouvidos a eles. Seus clientes e vendedores estão casados com o que sabem hoje, mas eles não sabem o que é possível fazer no futuro. Em vez de perguntar aos clientes o que eles querem e seguir o que eles dizem para você fazer, procure entender onde seus clientes querem chegar e conduza-os até lá.”
Abrace o fracasso
Bloomberg costuma dizer o seguinte ao falar sobre os fracassos em sua organização:
Se alguém tenta fazer alguma coisa e não dá certo, faço questão de lhe dar todo o meu apoio. Digo para que todos façam o mesmo quando alguém da equipe fracassa em algo. É bom saber que estamos juntos em todos o momentos. Não se constrói nada sem ter fracasso muito antes.”
Contrate pessoas mais inteligentes do que você
Muitos líderes falam sobre a necessidade de contratar pessoas mais inteligentes do que você. Veja o que Bloomberg tem a dizer a respeito:
Eu gosto de contar com pessoas inteligentes e provocadoras. Pode ser que elas não sejam mais inteligentes que você em todas as áreas, mas em pelo menos uma elas devem ser. É tolo pensar que temos as melhores soluções para tudo. Nossa função é, na verdade, cultivar a criatividade e colher resultados como equipe, e não simplesmente ditar regras e seguir manuais.”
Não dê aos detratores o que eles querem
Mike Bloomberg certa vez disse o seguinte sobre como lidar com comentários negativos sobre você ou sua empresa:
Como você lida com comentários negativos em redes sociais ou na imprensa? Não dê aos detratores o que eles querem. Seus concorrentes querem deixá-lo deprimido e sem forças. Quando alguém lhe dá um tapa no rosto, não deixe transparecer que você está ferido, para que não se sintam vencedores duas vezes.”
Conclusão
Em conclusão, a história de sucesso de Michel Bloomberg é um testemunho de que o verdadeiro progresso é fruto de méritos pessoais, mas sem descuidar do próximo.
Sua passagem pela vida pública é certamente vitoriosa. Entretanto, mostra que é fantasiosa a distinção entre interesses governamentais e privados.
Além disso, a prioridade dada por Bloomberg à filantropia demonstra que o progresso individual nunca se dá às custas do interesse coletivo.
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