O enredo é sempre o mesmo: a cada nova crise, uma nova busca por culpados, que muitas vezes nem sequer são o problema, mas a solução.
O bode expiatório da vez é a transição energética para fontes limpas e renováveis, como a energia solar e eólica, tidas como responsáveis pela disparada dos preços do petróleo e do gás natural ao redor do mundo.
Como não poderia deixar de ser, os esforços para reduzir nossa dependência aos combustíveis fósseis – longe de serem a causa do problema – devem ser encarados como prioridade máxima em um mundo ainda refém de cartéis e recursos energéticos escassos, que remontam à época da Revolução Industrial.
Mas o que, de fato, está provocando essa espiral inflacionária que chegou com tudo no mercado de energia e está pesando no bolso das famílias e no orçamento das empresas?
É o que isso o que vamos discutir no artigo de hoje e muito mais:
Crise dos combustíveis fósseis levanta debate sobre transição energética
Não é só no Brasil que os preços dos combustíveis e da energia elétrica estão mudando o padrão de consumo das famílias e dando muita dor de cabeça às empresas.
Europa, Ásia e EUA estão às voltas com uma disparada do gás natural e do petróleo, colocando em risco a recuperação econômica pós-pandemia e ameaçando jogar por terra os avanços em direção à nascente transição para a energia verde.
Fatores temporários e estruturais formaram uma tempestade perfeita que não mostra sinais de arrefecimento, enquanto especialistas alertam que a crise pode ser duradoura e ter consequências profundas sobre os mais vulneráveis.
“Será que o ESG vai criar o próximo momento Lehman?”, indagou Harris Kupperman, fundador do fundo de hedge Praetorian Capital, indo mais além:
Sou totalmente favorável à energia verde, mas sou realista. Você tem de construir a energia verde primeiro antes de desligar a economia de carbono.
A questão é: será que os problemas que estamos enfrentando atualmente se devem realmente à “economia verde”?
Concordar com essa visão seria negar o óbvio diante da forma intensa e repentina com que a pandemia afetou as cadeias globais de fornecimento e as economias.
A resposta dos bancos centrais também parece ter sido excessivamente estimulativa, provocando inflação não apenas no setor de energia, mas em praticamente todo o sistema de preços.
Podemos perceber claramente pelo gráfico acima (referente aos estímulos injetados na economia americana, que não diferem muito do que foi feito em outras grandes economias) que o estímulo fiscal e monetário para combater a Covid foi incomparavelmente maior do que durante a Grande Recessão de 2008.
Em suma, a forte queda inicial forçou uma resposta pelo lado da oferta, que não foi capaz de acompanhar o forte ritmo da demanda durante a retomada.
No Brasil, os problemas da nossa matriz energética são tão antigos e recorrentes que atribuir a inflação dos preços de energia às mesmas condicionantes que afetam o resto do mundo parece não só fora de propósito, como ingênuo.
Gás natural dispara com menor uso do carvão
Há anos a Europa vem desativando suas termelétricas movidas a carvão para adotar o gás natural como forma de reduzir as emissões de poluentes.
Esse fato tem sido apontado como responsável pela atual crise por que passa o continente, diante da grave restrição da oferta de gás, em grande parte importado da Rússia.
O gás natural é considerado como um recurso energético transitório até que alternativas verdes, como turbinas eólicas e painéis solares, consigam atender, senão toda a demanda do continente, pelo menos sua maior parte.
No Brasil, a energia eólica já é responsável por quase 10% da oferta de eletricidade no país, ajudando a “desafogar” nosso sistema elétrico altamente dependente de barragens.
Da mesma forma, a energia solar vem avançando a passos largos, já que temos nosso território é extensamente privilegiado pela abundante incidência de luz solar.
Leia mais: Energia solar não para de avançar e deve encerrar o ano com expansão de 60%
Energia renovável é a solução, e não o problema
A mudança climática está no centro do debate mundial sobre a importância de substituir os combustíveis fósseis por fontes mais limpas e renováveis.
Sem dúvida, a transição energética deve ser feita de maneira responsável, respeitando as características peculiares de cada economia, bem como a diversificação dos seus recursos disponíveis.
Evidentemente, seria insensato exigir que a Índia, que importa praticamente todo o petróleo que consome, parasse de uma hora para a outra de utilizar essa fonte de energia. O que também se aplica à China, que faz uso intensivo do carvão, altamente poluente, para gerar eletricidade.
Mas também não podemos deixar de exigir que se tomem medidas veementes, ainda que graduais, para reduzir nossa dependência a recursos escassos, que muitas vezes são fonte de conflitos, como é o caso do petróleo, cuja maior parte da oferta é controlada pela Opep, um cartel de produtores.
A sustentabilidade e independência energética de países como o Brasil, cuja matriz elétrica, apesar de limpa e renovável, é altamente concentrada em hidrelétricas, depende de incentivos crescentes a fontes alternativas, como a energia solar e eólica, que cada vez mais reduzem a pressão sobre nosso sistema elétrico.
Leia mais: EUA e Europa adotam planos ambiciosos para impulsionar energia renovável
Investir em energia renovável é garantir nossa autonomia e um futuro sustentável
Para solucionar os graves problemas que estamos enfrentando atualmente no setor de energia, como a crise hídrica, é fundamental explorar todas as nossas potencialidades em energia renovável.
Mas não podemos depender apenas de iniciativas governamentais para arregaçar as mangas e promover a mudança que precisamos para um futuro mais verde e sustentável.
O crowdfunding tem sido um aliado indispensável nessa missão, ao viabilizar a concretização de projetos extremamente importantes para a autonomia energética do país, como usinas solares.
A Bloxs, como plataforma pioneira em crowdfunding no Brasil, tem contribuído enormemente para abrir as portas do mercado de capitais a projetos de excelência em energia renovável, que costumavam estar distantes dos investidores comuns.
Agora, através de captações a preços acessíveis, os investidores podem se unir para colocar de pé projetos do seu interesse, seja fornecendo financiamento ou se tornando sócios dos empreendimentos.
A Bloxs já captou dezenas de milhões de reais em projetos de energia solar, encerrando recentemente a maior captação de crowdfunding do país com o projeto TMX Energy II, que levantou R$5 milhões com a entrada de 464 investidores.
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