As startups brasileiras estão se destacando no ecossistema de inovação da América Latina, atraindo bilhões de dólares em investimentos diretos para a expansão dos seus negócios.
Nos últimos anos, o volume de capital alocado em empresas nacionais que fazem uso intensivo e criativo da tecnologia para escalar seus negócios tem sido impressionante.
No primeiro trimestre deste ano, os recursos de venture capital destinados a startups do país cresceram 4% em relação ao mesmo período do ano passado, que já vinha de números recordes.
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Isso mostra que o investimento direto em empresas com grande potencial de expansão é uma das estratégias mais utilizadas por grandes players do mercado para ter resultados expressivos em um ambiente de inflação alta e aperto monetário.
Se você deseja saber mais sobre como está o mercado brasileiro de startups e como diversificar seus investimentos com projetos sólidos e escaláveis nos setores mais sólidos da nossa economia, continue lendo este artigo e fique por dentro dos seguintes tópicos:
Startups brasileiras atraem bilhões de dólares em investimentos no primeiro trimestre
Após um ano recorde de investimentos diretos em startups brasileiras, os três primeiros meses de 2022 registraram uma atividade ainda mais intensa de aportes em empresas inovadoras e tecnológicas em nosso país.
Ao longo do ano passado, foram investidos mais de R$ 50 bilhões em novas empresas que utilizam a tecnologia de forma intensiva para escalar seus negócios e resolver grandes gargalos do sistema produtivo nacional.
O resultado é que, em 2021, nasceram 10 novos “unicórnios” no Brasil, isto é, startups que atingiram o incrível valor de mercado de um bilhão de dólares, como MadeiraMadeira, Hotmart, Mercado Bitcoin, entre várias outras.
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No primeiro trimestre deste ano, os aportes de capital de risco em empresas brasileiras de tecnologia superaram a marca de US$ 2 bilhões, volume 4% acima do registrado no mesmo período do ano passado.
O mais revelador desses números é que 2021 foi um ano de extraordinário crescimento do investimento direto em startups nacionais, pois as taxas de juros continuavam extremamente baixas no mundo e a inflação ainda era considerada transitória por boa parte dos principais bancos centrais.
O cenário macro para este ano mudou. A inflação é uma realidade em boa parte do mundo, e as autoridades monetárias das principais economias já emitem sinais claros de que vão começar a subir as taxas de juros e apertar as condições financeiras, a fim de conter as altas de preços, com destaque para commodities e energia.
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Essa maior percepção de risco por grande parte dos participantes do mercado não inibiu o crescimento dos volumes dos aportes em empresas brasileiras que usam a tecnologia de forma criativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas e levar soluções mais ágeis e eficientes aos consumidores.
De acordo com a Distrito, consultoria especializada em startups nacionais, uma pesquisa em sua base de milhares de empresas tecnológicas atuantes no país mostra que a tendência é ver um crescimento ainda maior de alocações estratégias de fundos de venture capital em nosso país, principalmente em negócios com grande potencial de escalabilidade.
Em uma entrevista concedida ao portal Infomoney, Gustavo Gierun, CEO da Distrito, afirma o seguinte:
Acreditamos que 2022 vai registrar volumes de investimentos semelhantes ou ainda maiores que os do ano passado .O que vemos, inclusive, é uma maior confiança no ecossistema, com empreendedores mais maduros, soluções mais estruturadas e equipes mais robustas. Somando essa confiança à maior competitividade e à entrada crescente de investidores estrangeiros, o cenário é ainda de liquidez.
Gierun explica ainda que o início do ano tende a ditar o ritmo dos investimentos nos próximos meses, pois é nesse período que normalmente se vê um crescimento mais significativo dos aportes dos principais gestores de capital de risco no país.
Em média, o primeiro trimestre costuma concentrar quase 20% de todo o volume que é destinado a startups brasileiras no ano. Como houve um avanço de 4% nos primeiros três meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, tudo indica que teremos mais um ano recorde de investimento direto em empresas de tecnologia do Brasil.
Menos rodadas de captação, porém com volume maior de aportes
O que se viu no 1º tri deste ano foi uma redução das rodadas de captação realizadas pelas principais startups atuantes no país. Isso não inibiu, porém, que os aportes aumentassem de tamanho.
De fato, a matéria da Infomoney ressalta que foram realizadas 167 transações no período, contra 200 nos três primeiros meses do ano passado. Mas o tíquete médio das alocações cresceu. Para o CEO da Distrito, o que explica isso é a maior maturidade do ecossistema de inovação nacional:
O tíquete médio foi puxado pela maior maturidade do mercado de venture capital no país. Existem cada vez mais fundos estrangeiros buscando oportunidades no Brasil, e os gestores que historicamente mais atuam no país captaram recursos em 2020 e 2021. Portanto, vão buscar alocação no mercado neste momento. Existe maior competitividade pelas melhores transações
Tecnologia financeira atrai mais a atenção dos gestores
Os dados levantados pela Distrito mostram que as empresas que desenvolvem tecnologia para o setor financeiro atraíram mais a atenção dos gestores de venture capital, já que o setor concentrou mais de 40% dos aportes realizados no 1º tri.
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Os outros destaques ficaram com os setores de varejo, mercado imobiliário, recursos humanos e agronegócio, como mostram os números abaixo:
- Serviços financeiros/fintech – 41,3%;
- Varejo/retailtech – 29,1%;
- Imóveis/real estate – 14,9%;
- Recursos humanos/HRTech – 14,7%;
- Agricultura/agtech – 0,053%.
Mais unicórnios devem surgir em 2022
Esses fortes números mostram que veremos neste ano o nascimento de mais unicórnios em nosso país, em vista do apetite que os gestores de venture capital estão demonstrando neste ano.
Entre as startups mais promissoras para atingir a incrível marca de um bilhão de dólares, estão empresas como:
- Alice, que atua no segmento de saúde;
- Contabilizei, que fornece soluções na área de contabilidade;
- Cora, que fornece conta digital e serviços financeiros para empreendedores;
- Cortex, provedora de soluções de tecnologia e dados para o setor de marketing e vendas;
- Descomplica, que atua no setor de educação.
Invista em startups em um mercado regulado pela CVM
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