Muitas pessoas estão investindo em ações no longo prazo para aproveitar os preços descontados dos ativos e tentar obter ganhos mais robustos de capital.
No entanto, se considerarmos a rentabilidade real do principal índice acionário do país, o Ibovespa, o cenário não é nada bom para quem investiu e manteve sua posição na bolsa brasileira na última década e meia.
Isso porque, descontada a inflação, ainda estamos bem longe da máxima histórica de 2008, tocada após um longo rali impulsionado pelo superciclo das commodities e a descoberta do pré-sal.
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Em dólares, a coisa também é feia: nos últimos 10 anos, o Ibovespa caiu pela metade.
Comparando com outros índices de mercado, como o CDI, então… A bolsa brasileira apanhou feio! Entregou metade da valorização dos principais títulos de renda fixa desde a fundação do Plano Real.
Por isso, se você está investindo em ações no longo prazo, é melhor refletir bem sobre seus objetivos financeiros, em vista do risco que está correndo e do alto custo de oportunidade envolvido nessa decisão.
Neste artigo, vamos entender melhor o conceito de investir em ações no longo prazo e desvendar qual é a melhor estratégia para quem deseja formar um patrimônio robusto nos próximos anos, diversificando de maneira inteligente sua carteira.
Os tópicos que vamos abordar são os seguintes:
O que é o Ibovespa?
É o principal índice de ações das empresas brasileiras atualmente listadas na B3. De maneira geral, podemos dizer que o Ibov, como também é chamado o índice, representa com exatidão o desempenho do mercado de capitais do nosso país.
Criado em 1968, tornou-se a maior referência das ações brasileiras no mundo e é resultado de uma carteira teórica que responde por cerca de 80% de todo o volume financeiro do nosso mercado de capitais.
Em razão das diversas mudanças econômicas e monetárias ocorridas no país desde a criação do índice, só é possível avaliar seu desempenho histórico em valores ajustados pela inflação ou em dólares.
Investindo em ações no longo prazo: desempenho histórico do Ibovespa
O gráfico abaixo mostra o desempenho do Ibovespa em dólares. Podemos ver que o topo histórico do principal índice do mercado acionário brasileiro foi alcançado em 2008 e, de lá para cá, nunca mais voltamos a registrar nova máxima recorde.
Em outras palavras, quem estava investindo em ações no longo prazo nesse período e manteve sua posição até hoje, com certeza perdeu bastante dinheiro, ainda mais se considerarmos todos os custos envolvidos.
De 2008 para cá, a bolsa brasileira só perdeu valor, ainda mais se compararmos seu desempenho com outras modalidades de investimento, como os principais títulos de renda fixa.
Ibovespa x CDI
Se você está investindo em ações no longo prazo, é bom considerar o que os economistas chamam de “custo de oportunidade”, ou seja, as oportunidades que você está perdendo por alocar seu dinheiro na bolsa, em vez de outras opções de investimento.
Preste bastante atenção ao gráfico abaixo, ele quanto você teria ganhado desde o início do Plano Real investindo R$ 1000 no Ibov, CDI, Poupança e Dólar:
Isso mesmo, se você tivesse deixado R$ 1000 rendendo 100% do CDI ao longo desse período, teria quase R$ 60.000 na conta. Por outro lado, se tivesse feito o mesmo com o Ibovespa, teria cerca de R$ 26.000, menos da metade.
Perceba, no entanto, que esses números são nominais, ou seja, não consideram a inflação nem os custos.
Por isso, se você está investindo em ações no longo prazo, deve estar se perguntando: será que vale a pena expor uma parte significativa do meu patrimônio ao risco da bolsa de valores brasileira?
Como investir em ações no longo prazo?
A melhor forma de obter ganhos com ações no longo prazo é avaliar com cuidado cada ciclo econômico e balancear sua carteira com base nos níveis de juros e inflação.
Isso porque, como vimos, a inflação reduz o poder aquisitivo da moeda e, por isso, impacta os ganhos reais das diversas classes de investimento.
Já os juros básicos definidos pelo Banco Central, conhecidos como taxa Selic, servem de referência para os ajustes dos contratos de crédito, financiamento e investimentos.
LEIA MAIS: O que muda nos investimentos com a alta da Selic?
A alta da inflação e dos juros prejudica o desempenho das empresas na economia real e reduz sua perspectiva de resultados, fazendo com que percam valor de mercado.
Por isso, é comum que os investidores busquem proteção, retirando dinheiro da bolsa de valores e alocando recursos em ativos de proteção, como títulos de renda fixa públicos e privados.
Quanto investir em ações?
Para quem está investindo em ações no longo prazo, o melhor a fazer é aproveitar os ciclos de expansão econômica, com perspectiva de juros baixos e inflação controlada. Nesses períodos, há menor aversão ao risco entre os agentes financeiros, permitindo uma oferta maior de crédito para consumo das famílias e crescimento das empresas.
Nesse cenário, o custo de oportunidade se inverte a favor dos ativos de risco, cujo desempenho costuma ser melhor que os ativos de proteção.
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Assim, procure destinar entre 10% e 20% do seu portfólio às ações na bolsa de valores.
E para quem se pergunta: como investir no mercado de ações? A resposta é: basta você abrir uma conta em uma corretora para ter o acesso ao home broker e realizar suas ordens diretamente do computador, tablet ou celular.
Diversificação inteligente com ativos reais
Se você está investindo em ações no longo prazo, mas não quer ficar refém do risco da bolsa de valores, a melhor opção é inserir ativos reais no seu portfólio.
Os ativos reais são conhecidos por serem resistentes à inflação, não terem correlação com o mercado financeiro e registrar valorização consistente no longo prazo. Uma das melhores formas de ter esses ativos na carteira é investir diretamente em empresas e projetos da economia real.
Esse tipo de investimento costumava estar restrito a investidores institucionais e grandes fortunas, já que pequenos investidores não tinham autorização para investir em fundos de private equity e venture capital.
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Com a regulamentação do crowdfunding pela CVM em 2017, essa realidade mudou. Agora, qualquer pessoa pode se juntar a outros investidores para financiar empresas e projetos do seu interesse.
Através do crowdfunding, você pode oferecer crédito ou se tornar sócio de empreendimentos nos mais variados setores, como tecnologia, inovação, energia renovável, mercado imobiliário e muito mais.
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