A alta da Selic traz mudanças importantes para a rentabilidade dos títulos de renda fixa e variável, influenciando diretamente na decisão de alocação de portfólio dos investidores.
A Selic é a taxa básica de juros da economia e serve de referência para o reajuste de contratos de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras no país. Quando ela é alterada, a rentabilidade dos títulos indexados a ela também muda, tornando alguns investimentos mais atrativos do que outros.
Na última quarta-feira, (04.05), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa básica de juros em um ponto percentual, para 12,75% ao ano.
O mais importante é que, no comunicado da decisão, a autoridade monetária sinalizou a possibilidade de fazer mais elevações da taxa Selic para combater a inflação, que acumula alta de 11,30% em 12 meses.
Nesse cenário, quais são as melhores opções de investimento para ter uma carteira protegida contra a inflação e capaz de entregar retornos acima da Selic?
Para responder a essa pergunta, elaboramos este artigo, que abordará os seguintes tópicos:
O que é a Selic?
É a taxa básica de juros da economia, definida a cada 45 dias pelo Copom. O nome “Selic” vem da sigla “Sistema Especial de Liquidação e de Custódia” e se refere à infraestrutura do mercado financeiro administrada pelo Banco Central.
Como principal instrumento de política monetária para combater a inflação, a Selic é utilizada como referência para diversas operações financeiras e de investimento, em especial para os empréstimos interbancários de um dia para o outro.
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Por isso, a alta da Selic faz com que o custo de captação dos bancos também suba, o que aumenta o custo final do crédito tanto para o consumidor quanto para as empresas, reduzindo o volume de investimentos na economia real.
Dessa forma, ela se tornou uma espécie de “taxa-mãe” e sua variação tem impacto sobre custo de operações de crédito e financiamento, bem como nos níveis de consumo e investimento da economia.
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Com a alta da Selic, o que muda para os investimentos?
De maneira geral, podemos dizer que a alta da Selic deixa os investimentos tradicionais em renda fixa mais atrativos do que os investimentos em renda variável, já que as taxas de juros e de inflação impactam a perspectiva de resultados das empresas.
A alta da Selic faz com que o investimento em ações na bolsa de valores se torne mais arriscado e aumenta o chamado “prêmio de risco” de várias operações de crédito privado, já que os títulos do governo estão rendendo mais.
Muitos especialistas defendem que os títulos soberanos emitidos na própria moeda do país sejam “sem risco”, pois o governo pode simplesmente imprimir dinheiro para pagar seus credores e elevar sua remuneração, como no caso da alta da Selic.
Ocorre que, se um governo aumentar demais sua expansão monetária para elevar seus gastos, pode aumentar os níveis de inflação em sua economia e deteriorar o poder de compra da sua moeda, afastando o interesse de investidores e, consequentemente, a liquidez desses papéis.
Evidentemente, estamos falando de casos extremos, mas o descontrole fiscal eleva o risco de crédito de um país, na medida em que afasta os investidores e compromete a capacidade de autofinanciamento do governo, já que a queda da atividade econômica também reduz seus níveis de arrecadação.
Saiba mais sobre a alta da Selic e os investimentos no vídeo abaixo:
Dessa forma, é sempre prudente diversificar a carteira com ativos reais, diretamente ligados à economia real, que não sofram com a inflação e sejam capazes de produzir riquezas, com retorno acima da média para seus investidores.
Como inserir ativos reais na carteira com a alta da Selic?
Os ativos reais diferem dos ativos financeiros, pois estão diretamente ligados à produção de riquezas na economia e possuem lastro em bens e direitos, como recebíveis, cotas de participação empresarial, máquinas, equipamentos e matérias-primas.
Por isso, os ativos reais são conhecidos por oferecer segurança e proteção contra a desvalorização cambial, a inflação e, em muitos casos, contra a alta da Selic.
É por essa razão que vemos com frequência, no portfólio de grandes investidores, bens de grande valor estético e financeiro, como obras de arte, joias, vinhos raros, carros de coleção, móveis de design e casas projetadas por arquitetos de renome.
Ao investir, é possível aumentar a exposição a ativos reais investindo diretamente em empresas que atuam em setores sólidos e resistentes a crises, como:
- Agronegócio;
- Commodities agrícolas;
- Energia;
- Imobiliário;
- Créditos judiciais, e muito mais.
Nas palavras de Felipe Souto, CEO do Grupo Bloxs, que estrutura operações no mercado capitais para empresas de pequeno e médio porte:
Os ativos reais se referem a bens físicos, direitos e valores lastreados na economia real. Ao invés de comprar papéis na bolsa de valores, o investidor pode investir diretamente em empresas que produzem commodities, energia, produtos agrícolas, etc. e, assim, ter exposição a esses ativos.
Com a alta da Selic, os ativos financeiros ficam mais voláteis, inclusive os títulos públicos “sem risco”, já que, apesar da sua liquidez atual, a marcação a mercado pode gerar grandes perdas patrimoniais aos investidores que não puderem segurar os papéis até o vencimento.
Através do financiamento direto ou da participação societária em negócios sólidos, você pode ter na carteira projetos como:
- Geração de energia renovável, como usinas fotovoltaicas ou centrais hidrelétricas;
- Apartamentos de alto padrão em São Paulo, alugados na modalidade coliving por uma empresa especializada;
- Cabeças de gado para venda a frigoríficos no mercado interno ou externo;
- Florestas comerciais para produção de papel e celulose;
- Expansão de redes de franquias.
Todo o investimento pode ser feito de forma 100% online, em um mercado regulado pela CVM, através de uma plataforma autorizada, como a Bloxs.
Desde a sua fundação, a Bloxs já captou mais de R$ 100 milhões em operações de crowdfunding para projetos nos mais variados setores, gerando emprego, renda e desenvolvimento para quase todas as regiões do país.
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