Investir em ações que pagam dividendos estão entre as opções favoritas de investidores que desejam diversificar suas fontes de renda passiva no longo prazo.
Mas é preciso ter cuidado com papéis que oferecem alto retorno com dividendos, já que essa rentabilidade pode estar ligada a uma forte desvalorização de mercado, indicando possíveis problemas lá na frente.
Além disso, é muito importante saber avaliar qual é o ambiente de juros da economia, já que uma alta da taxa Selic pode reduzir a atratividade dessas empresas, gerando grandes perdas de capital para os investidores.
Por isso, uma excelente forma de reduzir o risco do mercado financeiro tradicional na sua carteira é investir em bons ativos geradores de renda na economia real.
Esses ativos, além de fazerem pagamentos recorrentes na sua conta bancária com base no desempenho dos projetos, não sofrem com as oscilações da bolsa de valores e costumam oferecer maior previsibilidade nos seus resultados.
Neste artigo, você vai entender melhor quais ações pagam dividendos confiáveis na bolsa de valores, quais são seus riscos e por que você deve diversificar seu portfólio com projetos que pagam remunerações periódicas, mas não têm correlação direta com o mercado financeiro.
Como escolher as melhores ações que pagam dividendos?
Investir em ações que pagam dividendos é muito mais do que escolher empresas com bons modelos de negócios e entender quais as características dos mercados em que elas atuam.
Um conceito importantíssimo na hora de avaliar se vale a pena ou não investir em uma ação é o seu retorno com dividendos (dividend yield), que mostra o fluxo de caixa que o investidor recebe por cada ação adquirida.
Assim, se uma empresa paga, em determinado período, R$5 por ação, cujo valor unitário é de R$45, o retorno com dividendos seria de 11,1%, pois: R$5 dividido por R$45 é 0,111. Multiplicando o resultado por 100, temos 11,1%.
Note, porém, uma coisa importante. Se uma empresa mantém constante seu dividendo, mas o preço da sua ação cai, o dividend yield sobe, isto é, o retorno com as distribuições é maior por causa da desvalorização do papel.
Esse tipo de aumento de retorno com dividendos precisa ser evitado, pois a queda da cotação do papel pode indicar que o mercado está se antecipando a problemas futuros da empresa.
Veja, por exemplo, o que ocorreu com a Cielo (CIEL3), que até há pouco tempo praticamente dominava o mercado de “maquininhas” no Brasil. Como mostra a imagem abaixo, de 2016 a 2018, a empresa mais do que triplicou seus proventos pagos aos investidores:
Mas preste atenção ao comportamento do preço das suas ações no mesmo período, que saíram de cerca de R$25 para quase R$7,45 por unidade:
Ou seja, nesse período, houve um aumento muito grande no retorno com dividendos da ação, mas isso se deveu à forte queda que o papel sofreu, e não por causa de uma melhora em seus fundamentos.
É bom lembrar que a queda da CIEL3 não parou por aí. A empresa continuou perdendo participação de mercado com o crescimento de concorrentes e suas ações derreteram ainda mais, para menos de R$3 no fim de 2021.
Portanto, na hora de procurar quais ações pagadoras de dividendos, não podemos simplesmente investir em uma empresa adotando, como critério, o fato de que são ações que pagam dividendos mensais ou ações que pagam dividendos trimestrais. Devemos sempre nos perguntar: o bom dividend yield desse papel pode ser sustentado no futuro, com base em seus fundamentos?
A Cielo é prova cabal de que não podemos olhar apenas um lado da relação.
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Quais são as ações que pagam dividendos confiáveis?
Quando uma empresa abre seu capital na bolsa de valores, seu conselho de administração decide quanto do lucro realizado será pago aos acionistas.
Geralmente, as distribuições de dividendos ocorrem uma vez a cada trimestre ou uma vez ao ano e mostram se a empresa está em boas condições financeiras. Porém, como vimos no exemplo de CIEL3, um aumento de dividendos não necessariamente é um sinal de saúde financeira da companhia ou de ganhos de capital para os investidores.
As melhores ações pagadoras de dividendos são aquelas que têm um longo histórico de distribuições ininterruptas, têm modelos de negócios sólidos e conseguem entregar bons resultados mesmo em momentos de crise econômica.
Em geral, são empresas que oferecem produtos e serviços essenciais à população, como:
- energia e utilidade pública;
- telecomunicações;
- serviços financeiros;
- commodities e matérias-primas;
- serviços de saúde, medicamentos e produtos farmacêuticos.
São empresas que não possuem um crescimento muito vigoroso, mas prezam pela estabilidade dos seus resultados, por isso são ações que pagam dividendos de forma previsível e são ideais para uma carteira focada em renda no longo prazo.
Entre as melhores ações que pagam dividendos, podemos citar a Taesa (TAEE11), um dos maiores grupos privados de transmissão de energia elétrica do país, com quase 13 mil km de linhas espalhadas por cinco diferentes regiões.
Nos últimos 12 meses, a ação entregou um retorno de 12,29% com dividendos e vem em ótima tendência de alta no longo prazo, como mostra o gráfico a seguir:
Podemos perceber que o bom dividend yield da empresa está respaldado em um sólido desempenho operacional, com suas ações saindo de cerca de R$5,80 em 2019 para mais de R$14 em 2021. A Taesa, portanto, é uma das ações que pagam dividendos com melhor desempenho do mercado.
Como montar uma boa carteira com foco em dividendos e renda passiva?
O segredo para uma carteira capaz de entregar os resultados que você espera, mesmo em momentos de crise e incerteza, pode ser resumido em apenas uma palavra: diversificação.
Mas a boa diversificação é aquela que consegue diluir bem o risco, evitando que o baixo desempenho de um ativo acabe afetando a performance de todos os outros.
Para evitar que isso aconteça, é importante ter na carteira ativos geradores de renda com baixa ou nenhuma correlação entre si. E você só consegue esse resultado alocando seus recursos em classes diferentes, ou seja, distribuindo seu dinheiro em mercados líquidos, como as ações que pagam dividendos, e os mercados ilíquidos, diretamente ligados à economia real.
Ao também investir em boas empresas fora da bolsa de valores, você consegue ter exposição a negócio com grande potencial de escalabilidade e que, por isso, têm potencial de entregar retornos muito acima da média das ações que pagam dividendos, sem as fortes oscilações do mercado financeiro.
Isso é especialmente importante em tempos de inflação e juros altos, na medida em que os ativos reais são conhecidos por oferecer proteção contra a perda de valor aquisitivo do dinheiro e por remunerar melhor o capital dos investidores em tempos de turbulência política e econômica.
Como investir em ativos geradores de renda da economia real?
A melhor forma de investir em projetos de alta qualidade na economia real é através do crowdfunding, modalidade de investimento coletivo que não para de crescer no Brasil e que fornece acesso direto a setores dinâmicos e resistentes a crises, como agronegócio, energia renovável, mercado imobiliário, entre vários outros.
A Bloxs é uma das plataformas pioneiras em captações de projetos da economia real, ajudando a impulsionar o mercado de investimentos alternativos no país, com ofertas conhecidas por sua solidez e alto potencial de geração de renda como:
- Day Hospital Alphaville, no segmento de saúde;
- Agrosucesso Gado Invest, no agronegócio;
- TMX Energy II, no promissor mercado de energia solar e renovável;
- Yuca Coliving Invest, voltado ao aluguel de imóveis para renda.
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