Luiz Fernando Figueiredo é sócio fundador e, atualmente, CEO da Mauá Capital, uma gestora de recursos independentes que administra mais de 6 bilhões de reais em ativos.
O investidor possui grande renome no mercado, tendo sido diretor de Política Monetária do Banco Central entre 1999 e 2003 e sócio fundador da gestora Gávea.
Além disso, é Diretor da ANBIMA, Presidente do Conselho do Instituto Fefig e Conselheiro da Associação Parceiros da Educação.
Foi considerado, pelo site InfoMoney, como um dos 10 maiores empresários “fora da curva” do Brasil.
Hoje falar mais sobre a vida e carreira de Luiz Fernando Figueiredo.
Luiz Fernando Figueiredo | História de Vida
Luiz Fernando Figueiredo é paulista e tem 56 anos. Desde muito jovem se interessou por política e economia.
Seu avô, João Baptista Leopoldo Figueiredo, foi presidente do Banco do Brasil durante o período de governo de Jânio Quadros, nos anos 60, e foi uma grande inspiração para Luiz Fernando.
O investidor conta que seu pai também foi essencial para que ele começasse a se interessar mais por política e economia.
Seu pai viajava muito para o exterior e contava ao jovem Luiz Fernando o que acontecia no mundo. Os almoços em família se tornavam um grande bate papo e Luiz começou a se interessar em entender como funcionava a economia.
Logo após terminar seus estudos no Ensino Médio, seu desejo por trabalhar na área econômica não se alterou.
Posteriormente, formou-se em Administração de Empresas com Ênfase em Finanças na FAAP, em São Paulo.
Luiz Fernando Figueiredo | Trajetória Profissional
Em 1982, Luiz Fernando Figueiredo começou sua trajetória profissional na Supra DTVM, uma Corretora de Valores que seu tio era sócio. Entrou na empresa na função de caixa.
Em pouco tempo, foi promovido para auxiliar administrativo e logo após foi para a mesa de operações. Como a Bolsa de Mercadorias & Futuros estava surgindo, operava, praticamente, derivativos.
Trabalhou, logo após, na corretora Patente, focada em ações de segunda linha, mas não permaneceu por muito tempo.
Voltou para a Supra DTVM e ficou mais um ano na empresa. Luiz Fernando saiu da corretora, pois ela declarou falência em meados dos anos 80.
Uma nova oportunidade em sua carreira
Quando saiu da Supra DTVM, recebeu duas propostas de emprego. Uma da corretora Magliano e outra do Banco J. P. Morgan (que na época atuava apenas como corretora no Brasil).
Luiz queria trabalhar no J.P. Morgan, porém a empresa disse a ele que não tinha como contratá-lo. O investidor escolheu a opção mais sensata no momento e foi para a Magliano, onde permaneceu por um ano.
Um ano depois, recebeu um novo convite para trabalhar no J.P. Morgan e dessa vez tudo deu certo para Luiz Fernando.
Ficou no J.P. Morgan por cerca de cinco anos e foi responsável por administrar a gestão cambial do banco, além de realizar operações cambiais para alguns clientes.
Luiz Fernando Figueiredo também passou pelo Banco Nacional, na função de gerente da área cambial do banco, onde permaneceu por um ano, após o período no J.P. Morgan.
Tornou-se sócio e diretor tesoureiro do Banco BBA, em 1994, após ter atuado na área de câmbio do banco por um breve período.
O Convite de Armínio Fraga e o Banco Central
Em 1999, havia a notícia de quem Armínio Fraga iria se tornar presidente do Banco Central.
Luiz Fernando era amigo de Cândido Bracher, filho de Fernão Bracher, que havia sido convidado para ser diretor de política monetária do Banco Central em meados dos anos 90.
Fraga convidou Bracher para uma conversa. Bracher, para o espanto de Luiz, o convidou para acompanha-lo.
Ainda no aeroporto, pois a reunião era no Rio de Janeiro e Luiz Fernando morava e trabalhava em São Paulo, Bracher confidenciou que Fraga gostaria de chama-lo para ser o novo diretor de política monetária do Banco Central.
Luiz Fernando achou que como o amigo era brincalhão, que aquilo não passava de uma brincadeira entre amigos, porém o fato era real.
Dessa forma, reuniram-se na sede do Banco Central no Rio de Janeiro e o convite foi feito.
Luiz Fernando Figueiredo, mesmo sempre tendo sonhado trabalhar no Banco Central, não aceitou o convite, por acreditar que Fraga não o conhecia direito e que, para assumir essa função, era necessária uma proximidade maior entre eles.
Porém, dias depois, após muita conversa entre Fraga e Figueiredo, que recebeu bons conselhos de Fernão Bracher, que já tinha sido presidente do BC em outra oportunidade, e acabou aceitando o convite.
Luiz Fernando Figueiredo ficou no Banco Central durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso e gestão de Armínio Fraga no BC, entre 1999 e 2003.
A vitória de Lula nas eleições de 2002, sendo de um governo ideologicamente distinto do anterior, fez com que toda a diretoria do BC fosse trocada. Dessa forma, Luiz Fernando deixou sua função.
A Fundação da Gávea
Durante os anos que passou no Banco Central, Figueiredo criou uma forte de relação de confiança e amizade com Armínio Fraga.
Os dois tiveram a ideia de fundar uma gestora de recursos e então nasceu a Gávea Investimentos.
A empresa acabou dividida entre São Paulo, quartel-general de Figueiredo, e Rio de Janeiro, casa de Fraga.
A parceria durou apenas dois anos. Nesse meio tempo, Figueiredo percebeu que queria focar 100% no mercado paulista, porém Fraga não concordou com a ideia do sócio e desejou que a gestora ficasse no Rio de Janeiro.
A separação, segundo o próprio Figueiredo, foi amigável, tanto que o investidor continuou sócio da gestora por mais três anos.
Armínio e Luiz Fraga, primo do ex-presidente do BC, demonstrando que a relação entre os Fraga e Figueiredo não tinha se abalado, tornaram-se sócios da gestora que Luiz iria fundar.
Nasce a Mauá Capital
Em 2005, logo após ter deixado a Gávea Investimentos, Luiz Fernando Figueiredo fundou a Mauá Capital, uma gestora de recursos independente.
A Mauá Capital atua em diversas áreas, tendo em seu portfólio, fundos de ações, multimercados e uma área imobiliária (real estate).
A empresa sofreu muito com a crise de 2008, porém a experiência de Figueiredo foi essencial para que a gestora sobrevivesse aos solavancos sofridos pelo mercado naquele momento.
Com 15 anos de existência, a gestora possui cerca de 6 bilhões de reais em ativos sob gestão, tendo mais de 70 profissionais em seu escritório na capital paulista.
Filosofia e Dicas de Investimento de Luiz Fernando Figueiredo
Luiz Fernando Figueiredo, com mais de três décadas de experiência no mercado financeiro, destacou, no livro “Fora da Curva”, os quatro pontos que julga como mais importantes para que o investidor possa realizar bons investimentos.
São eles:
- Analise o histórico dos profissionais que vão cuidar dos seus investimentos. Eles podem evitar que você cometa grandes erros.
- Em uma crise, é hora de buscar oportunidades, como títulos de renda fixa que oferecem rendimentos elevados e cujos riscos são mais baixos.
- Nem todas as ações que caíram demais são boas alternativas de investimento. É preciso analisar a situação da empresa.
- Fundos multimercados são interessantes, especialmente em uma crise, porque são flexíveis e podem mudar de estratégia de acordo com o comportamento do mercado.
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