Uma das maiores dificuldades dos investidores na hora de montar um portfólio robusto e gerador de renda no longo prazo é conseguir obter boas taxas de retorno acima da inflação.
Atualmente, não param de aparecer propagandas anunciando títulos de renda fixa que rendem 200% ou mais do CDI ao ano, com proteção do FGC e liquidez diária.
Mas os problemas aparecem quando lemos aquelas letrinhas miúdas do rodapé e percebemos que essa rentabilidade está atrelada a uma série de condicionantes, como limites baixos de investimento e prazos de vencimento extremamente curtos.
O objetivo é um só: fazer você abrir uma conta em uma corretora ou banco digital e imobilizar seu capital nas mesmas opções tradicionais de investimento que dificilmente mudarão sua vida financeira.
Neste artigo, vamos falar um pouco mais sobre rentabilidade real e as falácias comuns difundidas no mundo dos investimentos atualmente, para você conseguir selecionar melhor os ativos que vão compor sua carteira.
Confira os tópicos que vamos abordar a partir de agora:
Rentabilidade real: você sabe como ela impacta o retorno da sua carteira?
A rentabilidade real é basicamente o poder de compra que você ganhou através de um investimento durante o período em que deixou seu dinheiro aplicado.
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Para calculá-la, é necessário descontar a inflação, os custos e os impostos do retorno nominal alcançado. E é aí que mora o problema. Quando fazem as contas, muitos investidores acabam percebendo que, na verdade, perderam poder aquisitivo e tiveram uma redução do seu patrimônio, ou seja, ficaram mais pobres.
Um gráfico divulgado por uma matéria da CNN Brasil acabou viralizando no meio financeiro, ao mostrar o desempenho das principais classes de investimento do país desde a criação do Plano Real, em 1994:
A imagem mostra o retorno acumulado mês a mês de cada tipo de investimento em termos nominais e evidencia que, de fato, somos o país do CDI, já que ele bate de longe o desempenho do Ibovespa, da poupança e do dólar.
No entanto, a mesma matéria ressalta que, descontada a inflação, o ganho médio anual do CDI cai pela metade. E mais: quando olhamos mais de perto, percebemos que grande parte desse desempenho pode ser atribuído aos anos iniciais do Plano Real, quando as taxas de juros chegaram a superar 80% ao ano e foram mantidas em patamares muito elevados para sustentar a nova moeda.
O gráfico abaixo é claro ao mostrar que, no longo prazo, a tendência predominante para o retorno do CDI é de queda:
Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada pelo IPCA é de quase 11,89% e a taxa CDI está em 13,15% ao ano. Se descontarmos os custos e impostos, veremos que a rentabilidade real de um título que rende 100% do CDI é inferior a 1,26% no último ano.
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Renda fixa que paga +200% do CDI: muito bom para ser verdade?
Dito isso, vamos aos famigerados títulos de renda fixa que pagam 200% do CDI ou até mais.
Muitos investidores são atraídos para esses papéis acreditando que conseguirão rentabilizar seu capital em dois dígitos elevados, mas a verdade é que a maioria dessas ofertas estabelece limitações consideráveis ao ganho dos investidores.
Veja o exemplo de um anúncio que chamou muito atenção dos investidores, um CDB da Genial Investimentos, que promete pagar 220% do CDI com liquidez diária.
Ocorre que o prazo dessa oferta é de apenas três meses, sendo que o aporte máximo permitido é de R$ 5000. Se considerarmos os custos e impostos (27% de IR), além da inflação do período, não é difícil perceber que esse tipo de investimento não é capaz de mudar a vida financeira de ninguém. Seu objetivo é simplesmente atrair novos clientes para a plataforma.
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Como montar uma carteira geradora de renda no longo prazo?
O segredo para conseguir renda consistente no longo prazo é um só: diversificação.
Sim, é importante ter investimentos tradicionais de renda fixa e variável na carteira, como ações e títulos públicos e privados, porém o investidor, se quiser construir um patrimônio sólido ao longo dos anos, não pode deixar de inserir em seu portfólio ativos alternativos diretamente ligados à economia real.
Estamos falando de projetos de alta qualidade, em setores resistentes a crises e com extraordinário potencial de crescimento, como tecnologia, inovação, energia renovável, ESG, ativos judiciais e muito mais.
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Isso é possível através do crowdfunding, uma modalidade de investimento alternativo que busca facilitar o acesso de empresas ao mercado de capitais e permitir que um grupo de pessoas se una para colocar de pé projetos do seu interesse nos mais variados segmentos da economia, como startups, agronegócio, empreendimentos imobiliários, expansão de franquias, entre vários outros.
Desde que foi regulamentado pela CVM, em 2017, o crowdfunding já cresceu mais de 20 vezes no país e acaba de passar por atualizações importantes para permitir que mais projetos de alta qualidade possam captar recursos junto a pequenos investidores interessados em economia criativa, sustentabilidade, entre outras teses de investimento.
Entre as plataformas de crowdfunding de maior destaque no país está a Bloxs, que já captou mais de R$ 100 milhões para empreendimentos espalhados pelo país, levando desenvolvimento, emprego e renda para as comunidades onde os projetos são executados.
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