Uma boa gestão de portfólio requer a seleção de um conjunto de ativos capazes de entregar retornos crescentes ao longo do tempo, com um nível adequado de risco.
Para determinar o sucesso de uma carteira de investimentos, não basta considerar o desempenho de um componente isolado, mas o resultado final de todo o portfólio em um horizonte relevante de tempo.
Cada investimento envolve riscos específicos, que podem ser mitigados através de uma diversificação inteligente não só entre classes de ativos, mas, sobretudo, entre setores e subsetores da economia. Com isso, é possível evitar que o resultado insatisfatório de um componente individual acabe prejudicando a boa performance de todos os outros.
No entanto, muitas vezes os investidores acabam incorrendo em grandes prejuízos por atribuir um peso excessivo a determinado investimento, esquecendo-se de que o risco é inerente ao ato de investir e que é preciso balanceá-lo corretamente para evitar grandes perdas patrimoniais.
Neste artigo, vamos nos aprofundar nos princípios da boa gestão da carteira de investimentos e o que você deve fazer para atingir seus objetivos financeiros no longo prazo, não importa o mercado.
Os tópicos que vamos abordar são:
O que é gestão de portfólio?
É a técnica de administração de carteira que busca selecionar investimentos que entreguem retornos reais crescentes, por meio da diversificação entre classes e subclasses de ativos e de um balanceamento adequado do risco.
Gestão ativa de portfólio
A gestão ativa de portfólio envolve a compra e a venda estratégicas dos diversos componentes de uma carteira, no intuito de obter resultados acima da média de índices de referência de mercado, como o CDI, na renda fixa, e o Ibovespa, na renda variável.
LEIA MAIS: CDI: entenda o que é, quanto rende e como lucrar com ele.
Gestão passiva de portfólio
Já a gestão passiva de portfólio busca obter os retornos de determinado índice ou mercado, replicando sua carteira através de produtos financeiros, como fundos de investimento. Neste caso, os investidores não precisam se preocupar com a composição ou o balanceamento do portfólio.
Muitos investidores também optam por contratar os serviços de gestores financeiros, seja por falta de tempo para administrar seu patrimônio, seja por falta de conhecimento especializado.
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Ao falar sobre as características de uma boa gestão de portfólio, Felipe Souto, CEO da Bloxs, plataforma de captações para empresas e projetos alternativos:
A gestão de portfólio requer a capacidade de avaliar os prós e os contras de cada ativo, bem como as oportunidades e os desafios em todo o espectro dos investimentos. É preciso avaliar pontos fortes e fracos em operações de crédito ou participação societária, no mercado doméstico ou internacional, nos ativos de risco ou de segurança, com a consciência de que sempre é preciso abrir mão de alguma coisa para obter o retorno esperado.
Elementos essenciais da gestão de portfólio
Existem aspectos importantes na hora de avaliar se um tipo de investimento pode contribuir com os retornos esperados de uma carteira no longo prazo.
De maneira geral, um bom portfólio deve estar compostos por investimentos tradicionais e alternativos de renda fixa e variável, tais como:
- Títulos de dívida pública e privada;
- Ações de empresas na bolsa de valores;
- Operações de private equity e venture capital, como investimento em startups;
- Ativos geradores de renda, como fundos imobiliários e projetos da economia real;
- Exposição a moedas fortes, como dólar, euro e iene;
- Bens de alto valor estético-financeiro, como obras de arte, jóias, vinhos finos, móveis de design, etc.
Além disso, é necessário que o investidor tenha consciência da sua tolerância ao risco ao fazer o controle do seu portfólio, com um bom balanceamento das suas aplicações e sempre tendo em vista seu horizonte de investimento e seus objetivos financeiros.
Tríade dos investimentos
Ainda que uma carteira seja bem diversificada, se um componente tiver um peso excessivo, é possível que todo o portfólio seja influenciado por suas oscilações. Portanto, para evitar grandes perdas patrimoniais com um único investimento, é importante determinar seu peso adequado na carteira, levando em consideração aspectos como:
- Liquidez – capacidade de transformar o investimento em caixa disponível (dinheiro na conta);
- Risco – medido pelo lastro, garantias e volatilidade do investimento;
- Rentabilidade – retorno financeiro esperado ao final do prazo estimado da aplicação.
A diversificação deve levar em conta esses três aspectos, entendo que é impossível conseguir garantir os três ao mesmo tempo. Sempre será preciso abrir mão de um ou outro.
Assim, investimentos com boa liquidez e baixo risco costumam entregar uma rentabilidade menor do que investimentos de alto risco e liquidez limitada, justamente porque os investidores costumam avaliar o custo de oportunidade de cada opção no seu horizonte.
Como avaliar uma carteira e fazer uma boa gestão de portfólio?
A estratégia de asset allocation, ou alocação de ativos, baseia-se na compreensão de que diferentes tipos de investimento têm comportamentos diferentes em condições distintas de mercado.
Há momentos em que os agentes financeiros estão mais avessos ao risco, procurando “portos seguros”, ao passado que, em outros momentos, o otimismo com a economia e os negócios faz com que estejam dispostos a assumir mais riscos.
Em cada um desses cenários, alguns tipos de ativos tendem a performar melhor do que outros. A alta de juros na economia, por exemplo, tende a favorecer títulos de renda fixa e desfavorecer ações, enquanto choques inflacionários geralmente beneficiam os ativos reais, em vez dos ativos financeiros.
Dessa forma, o desempenho de uma carteira nunca será homogêneo, com algumas classes registrando resultados positivos, e outras, negativos. O mais importante na gestão de portfólio, contudo, é que, no longo prazo, a performance da carteira consiga entregar boa rentabilidade real, preferencialmente acima dos principais índices de referência.
LEIA MAIS: O que é rentabilidade real e por que ela é tão importante ao investir?
Diversifique agora mesmo seus investimentos
É muito comum que os investidores, ao começar a diversificar suas carteiras, fiquem “presos” às opções tradicionais de investimento, como ações e títulos tradicionais de renda fixa, como Tesouro Direto, CDBs, etc.
No entanto, como dissemos, é extremamente importante também inserir os chamados “investimentos alternativos”, que não são oferecidos por bancos ou corretoras.
Essa classe de ativos envolve operações que costumavam estar restritas a profissionais e detentores de grandes fortunas, como as operações de private equity e venture capital, em que os investidores financiam ou se tornam sócios de empresas fora da bolsa de valores.
LEIA MAIS: 3 Razões para investir em empresas fora da bolsa de valores.
Uma forma extremamente acessível e segura de ter investimentos alternativos na carteira é participar de captações de crowdfunding, modalidade de investimento em que um grupo de investidores se une para financiar projetos do seu interesse, em áreas como tecnologia, inovação, energia renovável e até agronegócio.
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