Geração distribuída, você sabe do que se trata? É possível encontrar a sua definição no Decreto Lei nº 5.163 de 2004, artigo 14, na qual afirma que:
“considera-se geração distribuída a produção de energia elétrica proveniente de agentes concessionários, permissionários ou autorizados, conectados diretamente no sistema elétrico de distribuição do comprador[…]”, com algumas exceções.
Em outras palavras, geração distribuída refere-se, basicamente, a uma fonte de energia elétrica ligada de forma direta à rede de distribuição. Neste artigo você vai entender melhor o que é geração distribuída, como ela funciona no Brasil e em outros países desenvolvidos, qual o potencial de crescimento e a sua importância.
Entenda o que é a geração distribuída
Você já ouviu o termo geração distribuída? Para entender melhor o que isso significa na prática basta compreender que os sistemas de geração elétrica, sejam eles minigeradores com potência de até 75kW ou microgeradores com potência que varia entre 75 kW a 5MW, e que possuem a capacidade de abastecer residências, empresas, comércios, indústrias ou outros estabelecimentos localizados perto do centro de carga são um tipo de geração denominada distribuída.
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Por “distribuída” pode-se entender também neste contexto que a geração de energia está espalhada em diferentes pontos próximos aos sistemas geradores, diferentemente da geração centralizada, na qual as grandes usinas produzem a energia e fazem a distribuição por meio de redes e linhas de transmissão para os consumidores.
Mas por que esse tema é tão importante? A geração distribuída oferece uma variedade de benefícios (que serão detalhados a seguir) e, por isso, tem apresentado um potencial de crescimento cada vez maior no Brasil como em outros países graças a um interesse maior em fontes alternativas de produção de energia que sejam limpas e renováveis.
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Como funciona?
Conforme citado no início deste artigo, a geração distribuída é regulamentada pelo Decreto Lei nº 5.163/2004 que estabelece a forma como a energia elétrica pode ser comercializada, bem como o processo de outorga de autorizações e concessões de geração de energia elétrica.
Outras resoluções foram estabelecidas no decorrer dos anos abordando outros aspectos, como condições gerais para o acesso de micro e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica e muitas outras questões importantes.
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Desde 2012, por exemplo, os consumidores brasileiros podem gerar sua própria energia elétrica por meio de fontes renováveis e passar o excedente para a rede de distribuição mais próxima a partir da Resolução Normativa Aneel nº 482/2012.
Como forma de incentivar ainda mais a geração distribuída entre os consumidores do país, a agência publicou, em 2015, uma atualização da resolução normativa 482 possibilitando ao consumidor a posse dos créditos, caso consiga produzir mais energia do que a consumida em um período, podendo ser utilizados em até 60 meses para diminuir a fatura de energia.
Mas, quais os benefícios da geração distribuída e por que ela tem conquistado o interesse de investidores? Saiba melhor no tópico a seguir.
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Benefícios da geração distribuída?
Levando-se em consideração que o território brasileiro é conhecido pelo seu excelente recurso solar, que vai de 1.550 a 2.350 kWh/m² por ano, o que propicia o uso de energia solar, ou seja, energia elétrica produzida a partir da luz do sol, um tipo de geração distribuída.
Os benefícios da geração distribuída são diversos, tanto para os consumidores, como para empresas e até mesmo investidores que vislumbram um retorno financeiro garantido dos seus investimentos.
Além de aspectos como a possibilidade de diversificação da matriz energética, risco menor de perdas por transmissão de energia, melhor aproveitamento de recursos, maior eficiência energética e geração de empregos, na prática pode-se observar ainda vantagens como:
- Descontos no valor da conta de energia: item já adiantado no tópico anterior, um importante benefício para os consumidores que sofrem os impactos dos aumentos significativos nas tarifas de energia dos últimos anos. No caso de um sistema fotovoltaico (energia solar), por exemplo, apesar de muitos considerarem um investimento alto, deve-se levar em consideração o retorno financeiro em médio e longo prazo, além dos programas de investimentos para estimular a tecnologia fotovoltaica, por exemplo;
- Baixo impacto ambiental: por se tratar de uma fonte de energia renovável em substituição à energia produzida a partir de combustíveis fósseis é possível reduzir os impactos ambientais;
- Acesso universal à energia elétrica: mais um importante benefício da geração distribuída é a possibilidade de universalização do acesso à energia elétrica principalmente no Brasil, que possui diversas regiões com deficiências nesse setor.
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Tendência mundial
Tanto no Brasil como em diversos outros países, a geração distribuição já é uma tendência que tende a crescer cada vez mais justamente pela possibilidade de proporcionar benefícios para a sociedade, além de impulsionar o setor e gerar empregos, contribuindo para a economia.
Pesquisa realizada pelo Greepeace apontou que somente a energia solar tem capacidade para geração de até 4 milhões de postos de trabalho apenas no Brasil.
Ainda de acordo com o estudo, as resoluções normativas que incentivam a adoção da geração distribuída pelos consumidores deve estimular a adesão às placas solares de modo que, em 15 anos, mais de 6 milhões de residências ou comércios deverão produzir energia elétrica dessa maneira.
Países como Japão, Estados Unidos e Alemanha, por exemplo, já investem de forma significativa na geração distribuída e incentivam a população a adotar o uso de energia solar das mais diversas formas.
Estima-se que o país germânico produza 35% de eletricidade por meio de fontes renováveis para que, até 2050, consiga alcançar 100% de energia limpa e inesgotável em utilização, enquanto nos EUA, a expectativa é de que, em 2022, o uso de fontes alternativas de energia cheguem a 30%.
No Brasil, é possível perceber um crescimento no mercado nos últimos anos. Até o final de 2019 foi possível registrar mais de 170 mil instalações de geração distribuída e mais de 227 mil de unidades consumidoras recebendo créditos, com potência instalada ultrapassando os 2.140 MW, segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Ainda de acordo com órgão, a estimativa é de que 1,23 milhão de sistemas estejam conectados à rede de geração distribuída até 2024. A EPE (Empresa de Pesquisa Energética) acredita que serão instalados 78 GWp em sistemas de geração distribuída até 2050.
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