O conceito de open finance está ganhando tração rapidamente no Brasil, redefinindo o cenário financeiro e criando um ambiente vibrante repleto de oportunidades e desafios.
Com a integração de diversos serviços financeiros por meio de interfaces de programação de aplicativos (APIs), o open finance promete transformar a interação entre consumidores e serviços financeiros.
Paralelamente, a ideia de um mercado de capitais aberto (open capital market) surge como uma extensão natural dessa tendência, aplicando os mesmos princípios de transparência e integração ao mercado de capitais.
Esse avanço faz parte de um movimento mais amplo conhecido como “movimento open”, que defende os princípios de abertura, transparência e colaboração. Esses valores permitem que os participantes dos mercados atuem de forma mais conectada e integrada.
Qual a raíz do movimento open?
As raízes desse movimento podem ser encontradas no open source, onde o código-fonte de software é disponibilizado publicamente para que qualquer pessoa possa utilizá-lo, modificá-lo e distribuí-lo. A mesma lógica se aplica à open architecture, em que os sistemas são projetados para serem interoperáveis e adaptáveis.
No setor financeiro, o Open Finance incorpora esses ideais, promovendo a integração de serviços através de APIs abertas. Isso possibilita que diferentes instituições financeiras compartilhem dados e serviços de maneira segura e eficiente.
Os benefícios são significativos: os consumidores têm acesso a uma experiência mais personalizada e variada, enquanto o mercado se torna mais inovador e competitivo, permitindo que novos players ofereçam soluções criativas.
Em essência, o “movimento open” busca democratizar o acesso à tecnologia e à informação, promovendo um ambiente mais colaborativo, inclusivo e cada vez mais distribuído.
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O Brasil como líder global em open finance
Segundo o recente relatório “Open Finance Brazil Maturity Index 2023” da Capgemini, o Brasil se destaca como um líder global na adoção do Open Finance. Um dos principais destaques é a crescente adoção do embedded finance por empresas cujo core business não é tradicionalmente financeiro. Essa tendência reflete a previsão de que, eventualmente, toda empresa se tornará uma fintech.
No campo do mercado de capitais, sob a regulação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), novas normativas como a RCVM 60, RCVM 160, RCVM 161, RCVM 175 e RCVM 88 estão transformando o mercado. Essas regulações estão criando uma estrutura mais moderna e flexível para operações financeiras e de capitais, permitindo um ambiente mais dinâmico e adaptável.
Além disso, a agenda de inovação do Banco Central do Brasil, reconhecido como um dos melhores do mundo, também contribui significativamente. O sucesso e avanço do sistema de pagamentos instantâneos, o Pix, junto com o desenvolvimento e lançamento do drex (Real Digital), posicionam o Brasil na vanguarda desse movimento.
A convergência de IA e Web3
A fusão de IA e Web3 está acelerando essa transformação. À medida que as tecnologias descentralizadas ganham tração, surgem inúmeras possibilidades, como a criação de contratos inteligentes e a implementação de finanças descentralizadas (DeFi).
A inteligência artificial, por sua vez, está sendo aplicada para aumentar a eficiência e a precisão das operações, desde a automação de processos até a análise preditiva de mercados.
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Estamos em um ponto de inflexão, marcando uma mudança significativa onde novas empresas estão surgindo em um mercado tradicionalmente dominado por grandes conglomerados financeiros, tanto no Brasil quanto globalmente.
Historicamente, bancos de investimento, mercados de capitais e grandes empresários sempre desempenharam papéis cruciais em grandes revoluções econômicas e tecnológicas. Eles fornecem o capital necessário, assumem riscos e lideram a implementação de novas tecnologias que transformam a sociedade como um todo. Este novo ciclo não será diferente.
O sistema financeiro e seus diversos agentes estão no centro desse processo de transformação, pois a digitalização da economia necessariamente implica na digitalização do dinheiro.
A maturidade das empresas em relação ao open finance e open capital market está progredindo rapidamente. Este cenário aponta para um futuro onde inovação e regulação caminham juntas, criando um ecossistema mais inclusivo, eficiente e dinâmico para todos os participantes do mercado financeiro e de capitais.
Enquanto o open finance se concentra na integração de serviços financeiros, o potencial open capital market expande essa ideia para o mercado de capitais, proporcionando um acesso mais transparente e eficiente a oportunidades em DCM e ECM.
Isso amplia as possibilidades na originação de ativos para uma melhor alocação de capital pelo buy side e facilita processos de estruturação, roadshow e non deal roadshow de operações conduzidos pelo sell side.
A interoperabilidade entre gestores de recursos, boutiques de investimento, bancos, corretoras, fintechs e outros participantes do mercado de capitais é essencial para criar um ecossistema onde dados e serviços possam ser compartilhados de forma segura, digital e eficiente. Isso facilita a captação de recursos e a alocação de capital.
A tecnologia blockchain no centro da transformação
A tecnologia blockchain está no centro dessa transformação do mercado financeiro e de capitais, oferecendo transações seguras, transparentes e imutáveis. Essa tecnologia descentralizada tem o potencial de revolucionar o funcionamento dos mercados, eliminando intermediários, reduzindo custos operacionais e de transação. As transações são validadas por uma rede de computadores, garantindo segurança e imutabilidade dos dados, resultando em maior eficiência, menor risco de fraudes e maior transparência.
Em termos práticos, a blockchain é essencialmente um livro-razão distribuído que registra todas as transações de forma descentralizada. Cada bloco de transações é vinculado ao bloco anterior, formando uma cadeia. Essa estrutura garante que, uma vez registrada, uma transação não pode ser alterada sem modificar todos os blocos subsequentes, o que é praticamente impossível.
A introdução dos smart contracts, contratos autoexecutáveis com termos escritos em código, é uma das maiores inovações trazidas pelo blockchain. Esses contratos garantem a execução automática de acordos quando determinadas condições são atendidas, eliminando a necessidade de intermediários e reduzindo o risco de falhas humanas e fraudes.
Plataformas como Ethereum foram pioneiras nesse campo, permitindo uma ampla gama de aplicações desde seguros automatizados até empréstimos descentralizados.
No mercado de capitais, o blockchain está sendo utilizado para emissão, negociação, compensação e liquidação de ativos.
Exemplos incluem a tokenização de ativos, onde ativos físicos ou financeiros são convertidos em tokens digitais que podem ser negociados em plataformas blockchain. Essa prática facilita a liquidez, a fractionalização de ativos e a acessibilidade a um público mais amplo.
ChainX: uma rede interoperável para o mercado de capitais
O blockchain está no centro dessa transformação. Permite transações seguras, transparentes e imutáveis, ideais para um ambiente de open finance e open capital market. Este é o propósito central da ChainX, uma rede interoperável com o drex (Real Digital) e dedicada ao mercado de capitais. A ChainX promete resolver desafios de privacidade, escalabilidade e programabilidade, utilizando tecnologias avançadas como endereços furtivos, distribuição uniforme de dados e validação paralela de transações, conforme detalhado no whitepaper recentemente publicado.
Apesar dos avanços, o mercado continua colaborando com reguladores para garantir conformidade com as exigências do Banco Central do Brasil e outras autoridades, assegurando a segurança e integridade das transações de alto valor. A segurança da informação permanece uma preocupação central, com empresas buscando aprimorar a gestão de dados e a percepção de segurança pelos consumidores finais e investidores.
Oportunidades de inovação para o mercado
Oportunidades de inovação para os players do mercado de capitais são abundantes. Para empresas do sell side e buy side, ou prestadores de serviços e provedores de infraestrutura, o momento é propício para implementar novas soluções que aumentem a eficiência, diferenciem-se da concorrência e abram novas avenidas de crescimento.
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A capacidade de usar dados abertos para personalizar ofertas e melhorar a gestão de clientes já está sendo explorada por várias empresas. No mercado de capitais, isso significa criar produtos de investimento altamente personalizados, adaptados às necessidades e preferências de diferentes perfis de investidores. A hiperpersonalização não apenas aumenta a competitividade, mas também melhora a retenção e a satisfação do cliente.
A Web3, como representante da próxima geração da internet baseada em blockchain, promete transformar ainda mais o open finance e o open capital market. Com a Web3, a descentralização se torna uma realidade, permitindo que usuários tenham controle total sobre seus dados e ativos digitais. As finanças descentralizadas (DeFi) estão crescendo rapidamente, oferecendo serviços financeiros tradicionais de maneira descentralizada, sem intermediários. Isso se alinha perfeitamente com a filosofia de open finance e open capital market, criando um ecossistema mais inclusivo e acessível.
Dinheiro digital para uma economia Digital
Uma economia verdadeiramente digital demanda um dinheiro verdadeiramente digital, e as CBDCs (Central Bank Digital Currencies) como o Drex (Real Digital) desempenham um papel crucial na integração do Open Finance com o blockchain. As CBDCs oferecem uma versão digital da moeda fiduciária, permitindo transações mais rápidas e seguras.
No Brasil, a interoperabilidade entre o Drex e outras redes como a ChainX pode criar um ambiente financeiro mais eficiente e transparente, facilitando transações em tempo real e reduzindo custos operacionais. A ChainX utiliza tecnologias avançadas para garantir a privacidade dos usuários e lidar com volumes crescentes de transações sem sacrificar a auditabilidade por entidades reguladoras. Essa infraestrutura robusta é ideal para a adoção massiva de tecnologias blockchain no mercado de capitais brasileiro.
O potencial completo do Open Finance e do Open Capital Market ainda está por vir. Para destravar todo esse potencial, é essencial implementar completamente todas as fases regulatórias. A interoperabilidade entre diferentes mercados financeiros e não financeiros promete criar novas oportunidades de negócios e experiências enriquecedoras para consumidores e investidores.
No entanto, essa jornada é complexa e exige um esforço contínuo de todas as partes envolvidas. No mercado de capitais, a promessa é de um ambiente mais dinâmico e acessível, onde empresas podem captar recursos de forma mais eficiente e investidores podem acessar uma gama mais ampla de oportunidades de investimento. Prestadores de serviços também terão mais capacidade de escala.
Capital Markets as a Service (CMaaS) facilita essa transformação
A integração e a criação de um mercado de capitais digital são cruciais para que isso se torne realidade. É nesse contexto que temos trabalhado incansavelmente nos últimos anos, com a forte convicção de atuar como facilitadores estratégicos no processo de digitalização do mercado através de soluções compreendidas no conceito de **Capital Markets as a Service (CMaaS)**. Oferecemos uma oferta completa que inclui tecnologia e um framework regulatório avançado que garante conformidade e segurança em todas as transações.
Para aproveitar todo o potencial e as oportunidades proporcionadas pelo Open Finance e Open Capital Market, os movimentos estratégicos precisam ser feitos agora, integrando tecnologias emergentes como blockchain e inteligência artificial aos seus processos.
O caminho não é fácil, mas podemos construir juntos esse futuro. A Bloxs está aqui para apoiar cada etapa dessa jornada, oferecendo soluções inovadoras e seguras através do nosso CMaaS. Convocamos inovadores, atentos às novas tendências e dispostos a fazer parte dessa revolução, destravando o mercado de capitais e criando novas oportunidades para todos.
Se você está pronto para liderar essa mudança e contribuir para um mercado de capitais mais inclusivo e eficiente, a hora é agora.
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