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Agronegócio
CRAs e Pecuária: A anatomia de uma convergência estratégica em 2025

CRAs e Pecuária: A anatomia de uma convergência estratégica em 2025

Gabriel P Santos

15/08/2025

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Dois mercados em rota de colisão

O primeiro semestre de 2025 desenhou no horizonte do agronegócio brasileiro um cenário de dualidade, quase paradoxal. De um lado, o mercado de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), um dos mais importantes instrumentos de financiamento privado do setor, enfrentou uma contração de 26,9% nas novas emissões. O motivo? Uma bem-vinda, porém disruptiva, mudança regulatória do Conselho Monetário Nacional (CMN), que buscou reconectar o instrumento à sua vocação original. Do outro lado, longe das mesas de operação da Faria Lima, a pecuária de corte, pilar da nossa balança comercial, atingia um ponto de inflexão silencioso, mas decisivo. O abate recorde de fêmeas sinalizou o fim de um ciclo de baixa e o início de uma nova era de retenção de matrizes — um movimento que, invariavelmente, redesenhará a curva de oferta e preços.

À primeira vista, os eventos parecem paralelos, capítulos distintos da mesma história macroeconômica. Contudo, uma análise mais profunda revela que não são apenas simultâneos; são convergentes. A restrição regulatória que freou momentaneamente os CRAs criou o filtro de qualidade que o setor pecuário agora demanda para financiar sua reestruturação. Este artigo decodifica essa intersecção, argumentando que a necessidade de capital “dentro da porteira” para a reconstrução do rebanho nacional não apenas se alinha, mas será o principal catalisador para a revitalização e futura expansão do mercado primário de CRAs. Estamos testemunhando o nascimento de uma simbiose estratégica.

O Paradoxo dos CRAs: Um recuo para avançar

O mercado de CRAs viveu, no primeiro semestre de 2025, um paradoxo de liquidez. Enquanto o mercado primário registrava uma queda expressiva, o mercado secundário explodiu com uma movimentação recorde de R$ 26,6 bilhões. Essa dicotomia não sinaliza a morte do instrumento, mas sim uma profunda recalibração de seu propósito.

A origem dessa mudança reside nas resoluções do CMN, que impuseram regras mais rígidas sobre o lastro das operações. O objetivo era claro e necessário: coibir o uso dos CRAs por companhias de capital aberto cujo vínculo com o agronegócio era meramente tangencial. Grandes empresas, de setores variados, vinham utilizando o instrumento para otimizar suas estruturas de capital, aproveitando os benefícios fiscais destinados ao produtor rural. A regulação, portanto, agiu como um divisor de águas, buscando garantir que o capital incentivado chegasse a quem de fato move a cadeia produtiva primária.

A contração de 26,9% nas novas emissões foi o efeito colateral imediato e esperado dessa intervenção. O mercado, acostumado a um fluxo constante de operações de grande porte e baixo risco corporativo, precisou de tempo para se ajustar. No entanto, a vitalidade do mercado secundário é a prova de que a confiança no CRA como classe de ativo permanece intacta. A liquidez recorde demonstra que os investidores continuam a transacionar papéis de qualidade já emitidos, aguardando que novas estruturas, agora mais alinhadas ao espírito da lei, cheguem ao mercado.

Em suma, o que testemunhamos não foi um enfraquecimento, mas um amadurecimento forçado. O CMN não quebrou a ferramenta; apenas a ajustou, transformando o CRA de um instrumento de financiamento corporativo amplo em um veículo focado no coração do agronegócio: a produção “dentro da porteira”.

Pecuária de corte: o ponto de inflexão de um gigante

Simultaneamente a essa depuração no mercado de capitais, a pecuária de corte brasileira atingia um ponto de inflexão clássico de seu ciclo produtivo. A fase de baixa, caracterizada por preços menos atrativos e custos elevados, levou a um desinvestimento na atividade, cujo principal indicador é o abate acentuado de fêmeas. Quando o produtor descarta suas matrizes, ele está, na prática, liquidando sua “fábrica” de bezerros para fazer caixa, sinalizando o fundo do poço do ciclo.

Dados do primeiro semestre de 2025 confirmaram esse movimento com um abate recorde de fêmeas, o mais alto dos últimos anos. Esse clímax da liquidação é o gatilho para a virada. Com menos matrizes no campo, a oferta futura de bezerros e, consequentemente, de gado para abate, está matematicamente contratada para diminuir nos próximos dois a três anos.

O mercado, antecipando essa escassez, começa a se ajustar. O pecuarista, agora com uma perspectiva de preços mais altos no horizonte, inverte sua estratégia: ele passa a reter fêmeas. Este é o início da fase de alta do ciclo. No entanto, essa reconstrução do rebanho é um processo lento e intensivo em capital. Exige investimentos em genética, nutrição, sanidade e infraestrutura de pastagem.

Curiosamente, mesmo com a ampla oferta de carne decorrente da liquidação, os preços da arroba encontraram um piso sólido, sustentados principalmente pela robustez da demanda externa. As exportações em níveis recordes atuaram como uma válvula de escape crucial, absorvendo o excedente que o consumo doméstico, ainda desafiado por um cenário econômico adverso, não conseguiu absorver. Esse suporte do mercado global deu ao pecuarista a confiança necessária para iniciar o processo de retenção.

A intersecção perfeita: onde a demanda por capital encontra a oferta qualificada

Aqui, os dois universos — o financeiro e o produtivo — colidem e se alinham de forma perfeita. A nova regulação dos CRAs, que exige uma conexão direta com a atividade primária, criou um funil. O ciclo da pecuária, que entra em uma fase de reconstrução, criou a demanda ideal para passar por esse funil.

A necessidade de capital para a pecuária de corte é a definição literal de financiamento “dentro da porteira”. Os recursos não são para o fluxo de caixa de uma grande corporação, mas para:

  • Retenção de Matrizes: Financiar o custo de oportunidade de não vender a fêmea, mantendo-a no rebanho.
  • Melhoramento Genético: Aquisição de sêmen e embriões de alta qualidade para acelerar o ganho de produtividade.
  • Recuperação de Pastagens: Investimento em adubação e manejo para aumentar a capacidade de suporte das fazendas.
  • Infraestrutura: Construção de cercas, cochos e sistemas de água para otimizar o manejo do rebanho em crescimento.

Cada um desses investimentos é diretamente rastreável, mensurável e, crucialmente, alinhado com o espírito da nova regulação. A pecuária, portanto, não é apenas um setor candidato a usar os “novos” CRAs; ela emerge como o motor natural para a revitalização do mercado primário. As securitizadoras e os coordenadores de ofertas têm, na pecuária, a tese de investimento perfeita para inaugurar essa nova fase do mercado: uma demanda real, pulverizada e com um ciclo econômico claro e favorável.

Conclusão: Um novo capítulo para o financiamento do agro

A aparente crise no mercado de emissões primárias de CRAs no primeiro semestre de 2025 foi, na verdade, o prelúdio de sua evolução. A intervenção regulatória, embora dolorosa no curto prazo, forçou o mercado a reencontrar sua essência. Simultaneamente, o ciclo da pecuária de corte virou, gerando uma demanda massiva e legítima por capital de longo prazo.

A convergência desses dois movimentos é mais do que uma coincidência; é o alicerce do próximo ciclo de crescimento do financiamento do agronegócio. A pecuária de corte, com sua necessidade premente de reinvestimento, fornecerá o lastro de alta qualidade e o propósito que o mercado de CRAs buscava. Para o investidor atento, a oportunidade é clara: financiar a reconstrução de um dos setores mais resilientes da economia brasileira através de um instrumento que, após uma necessária depuração, está mais forte e mais focado do que nunca.


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Gabriel P Santos
Gabriel P Santos
Economista e especialista em investimentos com certificações CNPI, CEA e CFA Level II Candidate.
Gabriel P Santos
Gabriel P Santos
Economista e especialista em investimentos com certificações CNPI, CEA e CFA Level II Candidate.

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