Entre as opções de investimento em renda fixa, a Cédula de Crédito Bancário (CCB) se destaca pela alta rentabilidade em comparação com outros produtos do mesmo segmento. É atraente para investidores em geral na composição de uma carteira de investimentos de longo prazo.
Vamos detalhar a seguir as características das CCBs e por que esse título de crédito pode impulsionar seus ganhos em renda fixa.
O que é Cédula de Crédito Bancário (CCB)?
Criada em 2004 para aumentar a competitividade do mercado de crédito no Brasil, a Cédula de Crédito Bancário foi modernizada em 2019. Atualmente é uma modalidade de investimento em renda fixa totalmente digital.
Em resumo, podemos dizer que a Cédula de Crédito Bancário (CCB) é um título emitido por instituições financeiras, como bancos e fintechs, a fim de oferecer posteriormente crédito no mercado para pessoas físicas e jurídicas.
Um detalhe interessante desse instrumento é que ele pode ser emitido por instituições financeiras domiciliadas no exterior, ou seja, a CCB pode ser ofertada em moeda estrangeira, desde que siga as normas e a jurisdição vigentes no Brasil. Basta que a instituição estrangeira integre o Sistema Financeiro Nacional e a emissão esteja sujeita exclusivamente à lei e ao foro do Brasil.
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Quais são as vantagens de investir em uma Cédula de Crédito Bancário?
- Rentabilidade superior a diversos outros produtos de renda fixa, como CDBs e LCIs.
- O risco de inadimplência dos mutuários recai inteiramente sobre a instituição financeira que emite a CCB.
- A Cédula de Crédito Bancário pode ser emitida com ou sem garantia real ou de fiador. Evidentemente, os títulos mais interessantes dessa modalidade são aqueles que oferecem uma garantia real ao investidor, como imóveis, por exemplo.
- Até que o crédito seja disponibilizado ao mercado, a instituição financeira que emitiu a CCB deve, por lei, investir o dinheiro em títulos do Tesouro Selic. Desse modo, o Estado brasileiro, de certa forma, também se torna uma espécie de garantia do investimento.
- O setor financeiro é um dos mais estáveis e lucrativos do nosso país. Possui uma legislação sobre sua atividade e é uma das mais rígidas do mundo. Assim, o investidor estará aplicando em um dos segmentos mais sólidos e dinâmicos do mercado, onde a probabilidade de falência ou insolvência é muito pequena.
E quais são as desvantagens das CCBs?
- Não contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), criado para proteger os investidores contra uma falência no setor financeiro, até o valor-limite de R$ 250.000 por CPF.
- Geralmente possui liquidez limitada, pois, na maioria das emissões, o resgate do montante ocorre apenas no vencimento do título. Não é ideal, portanto, para reservas de emergência.
Tributação
Como se trata de um investimento em renda fixa, a alíquota de imposto de renda que incidirá sobre o rendimento varia conforme o tempo de aplicação, como mostramos na tabela abaixo:
Prazo de aplicação | Alíquota de IR |
Até 180 dias | 22,5% |
De 181 a 360 dias | 20% |
De 361 a 720 dias | 17,5% |
Acima de 721 dias | 15% |
Estratégia de investimento em CCB
É importante lembrar que a CCB pode ser remunerada de acordo com uma taxa prefixada ou flutuante (DI, Selic), podendo também se basear em algum índice inflacionário, como IPCA, além da variação cambial, caso esteja denominada em moeda estrangeira.
Se o investidor optar por uma CCB prefixada, deve estar atento à rentabilidade líquida do título, descontando todos os custos, impostos e inflação projetada até o vencimento da obrigação. Essa projeção de inflação para os próximos anos é feita pelas principais casas de análise e economistas do país e pode ser acompanhada, por exemplo, pelo boletim Focus do Banco Central.
De forma geral, a rentabilidade de uma CCB costuma ficar entre 4% e 6% acima da taxa Selic, no caso de uma remuneração pós-fixada baseada na taxa básica de juros da economia.
No entanto, antes de aplicar em uma Cédula de Crédito Bancário, o investidor deve estar atento às garantias constantes da cédula de emissão. É nesse documento que estão todas as condições da oferta, como prazo de vencimento, condições de resgate, etc.
Devido ao fato de os recursos captados pela emissão terem que ser investidos obrigatoriamente em títulos do Tesouro Selic pela instituição emissora, trata-se de uma opção de investimento mais atraente do que o papel do governo em si, pois o próprio Estado passa a garantir a aplicação até que os recursos sejam disponibilizados ao mercado.
Conclusão
Em conclusão, a Cédula de Crédito Bancário (CCB) é uma modalidade de investimento atrativa e com alta rentabilidade dentro do segmento de produtos de renda fixa. Oferece um nível intermediário de risco, pois, apesar de não estar protegido pelo FGC, pode estar lastrado em garantias reais, como imóveis.
Dessa forma, o investidor conta com a tranquilidade de estar investindo em um dos setores mais dinâmicos e robustos da economia nacional, regulado por uma das legislações mais rígidas do mundo.
Além disso, a queda da taxa básica de juros da economia reduziu os custos de captação de recursos das instituições financeiras para a oferta de crédito no mercado, o que, sem dúvida, aumentou a competitividade do setor, permitindo que o investidor tenha acesso a emissões de instituições financeiras tecnologicamente avançadas e altamente promissoras, como as fintechs.
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