O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) é uma opção popular quando se trata de planejar o futuro financeiro e a aposentadoria.Todo mundo provavelmente já ouviu falar a respeito da previdência privada, que é uma opção à previdência social. Basicamente, ela tem como premissa ajudar um cidadão a cumprir o objetivo de se aposentar sem ter que abrir mão do estilo de vida que tem. Isso porque boa parte dos aposentados pela previdência social recebe apenas um salário.
Por isso, a previdência privada, nome popular do plano de previdência complementar, é uma opção à aposentadoria comum para que o segurado consiga aproveitar a melhor idade com tranquilidade. Confira mais sobre o assunto seguindo a leitura abaixo!
Quais os tipos de previdência privada?
O assunto previdência privada pode causar muitas dúvidas a princípio. Isso porque, diferentemente da previdência social, ela funciona como uma espécie de “plano de investimento” para usufruir no futuro.
Existem dois tipos de previdência privada: VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre). E o que difere as duas é como são declaradas no Imposto de Renda e a indicação de público-alvo que é ideal contratar.
Como funciona o PGBL?
O PGBL é a previdência privada mais indicada para aquelas pessoas que fazem a declaração completa do IRPF, visando aproveitar os benefícios fiscais – é possível deduzir até o limite de 12% da renda bruta tributável ao ano-base. Na prática, significa que a pessoa pagará menos Imposto de Renda nesse primeiro momento, e só começa a incidir tributação sobre o benefício quando ela puder receber o dinheiro.
Especialistas financeiros, no geral, indicam o PGBL para quem tem entre 30 e 50 anos, possui um emprego mais estável e uma renda considerada média ou alta. No caso de quem tem uma renda menor ou está quase se aposentando, o ideal é que contrate o VGBL.
O grande benefício do PGBL é poder descontar os pagamentos mensais do Imposto de Renda. Além disso, o imposto só incidirá sobre o valor acumulado ao final do plano que foi contratado e no resgate do benefício.
Entretanto, o rendimento do PGBL não pode ser definido com certeza. Afinal, assim como qualquer outro investimento, a rentabilidade desse tipo de investimento depende de uma série de fatores. Já o resgate obedece ao período de carência que é definido pela instituição financeira contratada. Entretanto, costuma ser de 60 dias a 24 meses.
No geral, as taxas envolvidas no PGBL são as de administração e a de carregamento, além do Imposto de Renda, como comentado anteriormente. A taxa de administração é cobrada sobre o valor total do investimento, e a de carregamento incide sempre que mais dinheiro for aplicado ou ocorrer o pagamento de uma das parcelas.
Esta última é cobrada pela instituição financeira com o objetivo de remunerar as despesas comerciais, os custos com a distribuição e a manutenção dos sistemas. No geral, a taxa é de 2%.
Utilize o PGBL como uma ferramenta eficaz de planejamento financeiro. Estabeleça metas claras, faça aportes regulares, reavalie periodicamente suas escolhas de investimento e esteja preparado para ajustar sua estratégia conforme necessário.
Período Mínimo para Resgate do PGBL:
Quando você investe em um PGBL, é importante entender que existe um período de tempo, chamado de carência, durante o qual você não pode resgatar o dinheiro investido. Esse período varia de 60 dias a 24 meses, dependendo das regras estabelecidas pelo banco onde você fez o investimento. Essa informação é definida quando você fecha o contrato com o banco.
Durante a carência, não é permitido fazer o resgate do seu investimento nem transferi-lo para outra instituição, processo conhecido como portabilidade. É como se o dinheiro ficasse “travado” por um tempo. Por isso, ao escolher um PGBL, é fundamental ler o contrato com cuidado para entender essas regras. Assim, você evita surpresas desagradáveis e pode planejar seus investimentos de forma mais segura. Estou aqui para ajudar a esclarecer qualquer dúvida que você tenha sobre esse assunto.
Taxas e Tributação no PGBL
Ao investir em um PGBL, é importante entender as três principais taxas envolvidas: a taxa de administração, que incide sobre o valor total investido; a taxa de carregamento, que é cobrada cada vez que você faz uma aplicação ou pagamento das parcelas; e o Imposto de Renda.
No que diz respeito à tributação, você tem a opção de escolher entre duas tabelas. A primeira é a tabela regressiva, na qual as alíquotas do Imposto de Renda diminuem à medida que o dinheiro permanece aplicado por mais tempo:
- Até 2 anos: 35%
- De 2 a 4 anos: 30%
- De 4 a 6 anos: 25%
- De 6 a 8 anos: 20%
- De 8 a 10 anos: 15%
- Acima de 10 anos: 10%
A outra tabela é a progressiva, na qual as alíquotas do Imposto de Renda aumentam conforme o valor investido e são retidas na fonte. A parte retida na fonte é de 15%, e o restante é ajustado de acordo com a tabela a seguir:
- Até R$22.847,76 no fim do ano: isento de Imposto de Renda
- De R$22.847,77 até R$33.919,80: 7,5%
- De R$33.919,81 até R$45.012,60: 15%
- De R$45.012,61 até R$55.976,16: 22,5%
- Acima de R$55.976,16: 27,5%
Essas informações são cruciais ao considerar um investimento em PGBL, pois ajudam a entender as implicações fiscais e a tomar decisões financeiras mais informadas. Estou aqui para ajudá-lo a entender melhor esses detalhes e a escolher a melhor opção para seu perfil de investimento.
Benefícios fiscais do PGBL: como aproveitar?
Uma das principais vantagens do PGBL são os benefícios fiscais. As contribuições feitas ao PGBL podem ser deduzidas do Imposto de Renda (IR) até certo limite, o que reduz a base de cálculo do imposto a pagar. Isso significa que você pode economizar impostos enquanto investe para o seu futuro.
Portabilidade do PGBL
A portabilidade é uma oportunidade valiosa que permite a troca da instituição onde você adquiriu seu título em busca de condições mais vantajosas. Essa mudança é permitida desde que tenha passado o período de carência exigido pelo banco.
Para realizar a portabilidade, é crucial entender algumas regras essenciais:
- Não é possível transferir seu plano de PGBL para VGBL.
- Contudo, é viável alterar o regime tributário do seu plano, passando de Progressivo para Regressivo.
Apesar de o processo de portabilidade ter se tornado mais simples, é de extrema importância estudar minuciosamente as regras e outros requisitos de cada banco envolvido. Isso garante que problemas não surjam para atrapalhar seus planos. Estamos aqui para ajudá-lo a entender melhor essas nuances e facilitar sua decisão.
Como escolher a melhor seguradora para um plano de PGBL?
Ao escolher uma seguradora para seu PGBL, leve em consideração a reputação da empresa, a variedade de opções de investimento oferecidas, taxas administrativas e a qualidade do atendimento ao cliente.
Qual a diferença do PGBL para o VGBL?
O VGBL, por exemplo, tributa-se apenas nos rendimentos na fonte, já que é possível transmitir esse patrimônio para outra pessoa, sem que haja alguma incidência no Imposto de Renda. Entretanto, ele não oferece a dedução do imposto nos pagamentos mensais feitos.
Por isso, esse tipo de previdência privada é mais indicado para quem tem isenção do Imposto de Renda ou para quem costuma fazer a declaração no modelo simplificado.
O VGBL funciona de forma similar a um seguro de vida, e pode ser transferido para sucessores em casos de morte. Nele também incidem as taxas de administração e de carregamento. Além disso, ele também é isento de ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doações).
É crucial entender as diferenças entre PGBL e VGBL para fazer a escolha certa para o seu perfil. Enquanto o PGBL é mais adequado para pessoas que fazem a declaração completa do IR, o VGBL é mais indicado para quem opta pela declaração simplificada.
Considerações Finais sobre o PGBL
Ao decidir investir no PGBL, é crucial avaliar o perfil de investidor, metas financeiras e tolerância ao risco. Além de considerar as taxas envolvidas, como a taxa de carregamento e as taxas de administração, é essencial escolher instituições financeiras confiáveis e alinhar os objetivos de investimento ao plano escolhido. Resgates antecipados podem resultar em custos significativos, portanto, o planejamento cuidadoso é fundamental.