As mudanças regulatórias feitas nos últimos anos no mercado de capitais abriu novas frentes de financiamento para o agronegócio.
As empresas do setor agora conseguem diversificar melhor seu mix de crédito e reduzir seus custos de captação com novos instrumentos financeiros. E isso não se aplica apenas aos “grandes players”: pequenos e médios produtores também contam com alternativas ao seu alcance.
Exemplo disso é o Fiagro-FIDC, fundo de investimento em direitos creditórios que oferece custos mais competitivos e pode servir de fonte regular de financiamento para empreendedores do campo.
Um levantamento feito pelo escritório Martinelli Advogados aponta que o Fiagro-FIDC movimentou R$ 15,1 bilhões até agora em 2023, quase 10% a mais do que no mesmo período do ano passado.
De fato, a transmissão de direitos creditórios a investidores está se tornando uma alternativa atraente de captação de recursos para empresas do agronegócio que possuem um fluxo esperado de pagamentos, mas precisam de liquidez de curto prazo para investir em suas fazendas e crescer.
Diante da escassez de crédito rural com taxas controladas e dos elevados juros de mercado nas linhas tradicionais, o mercado de capitais vem atraindo cada vez mais produtores em busca de uma opção mais acessível para captações recorrentes.
Mas a multiplicidade de instrumentos disponíveis ao agro pode acabar gerando dúvidas em muitos produtores em relação à melhor alternativa para o seu negócio, como CPR, CRA, Fiagro, etc.
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CPR | CRA | FIAGRO | CIC
Neste artigo, vamos falar sobre as características do Fiagro-FIDC e saber por que essa modalidade de crédito para o agronegócio está crescendo tanto nos últimos anos.
Os tópicos que vamos abordar são:
Fiagro-FIDC cresce como nova fonte de captação para o agronegócio
Em cadeias produtivas de ciclo longo, como o agronegócio, o acesso a diferentes fontes de financiamento é fundamental para a competitividade das empresas e sua capacidade de crescimento.
Nesse sentido, a antecipação de direitos creditórios no mercado de capitais vem se tornando uma alternativa interessante para produtores que desejam reduzir prazos de recebimento e melhorar seu fluxo de caixa, liberando recursos para novos projetos.
Existem hoje à disposição do produtor uma multiplicidade de instrumentos financeiros para captar recursos no mercado financeiro, como:
- CPR (Cédula de Produtor Rural): Título de crédito utilizado para financiar a produção agropecuária, lastreado em produtos rurais ou sua comercialização futura.
- CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio): Título de crédito lastreado em recebíveis originados de negócios do agronegócio, permitindo a captação de recursos para empresas do setor.
- LCA (Letra de Crédito do Agronegócio): Título de renda fixa emitido por instituições financeiras, lastreado em operações de crédito voltadas para o agronegócio.
- CDCA (Certificado de Depósito de Crédito do Agronegócio): Título representativo de depósito de produto agropecuário em armazém-geral, possibilitando sua negociação no mercado financeiro.
- Fiagro (Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais): Fundo de investimento destinado a alocar recursos em projetos e ativos relacionados ao agronegócio, proporcionando aos investidores a participação nos resultados do setor.
Uma fonte de captação recorrente para empresas do setor que vem se destacando nos últimos anos é o Fiagro-FIDC, modalidade de fundo de investimento destinada a operações de crédito lastreadas em recebíveis, como duplicatas, faturas, contratos comerciais a receber, etc.
De fato, uma matéria recente publicada pela Forbes mostra que, no primeiro semestre de 2023, o Fiagro-FIDC teve um crescimento expressivo de 9,7% frente ao mesmo período do ano passado, movimentando mais de R$ 15 bilhões.
Esse tipo de Fiagro funciona como uma espécie de condomínio formado por cotas de participação, em que os investidores adquirem direitos e títulos representativos de crédito ligados ao campo.
Dessa forma, empresas do agronegócio que têm créditos a receber podem securitizar esse fluxo de pagamentos futuros na forma de títulos negociáveis no mercado financeiro, que podem ser adquiridos por um FIDC.
As carteiras negociadas podem ser constituídas por créditos vencidos e não pagos, e os gestores desses fundos podem adquiri-los com bom desconto, porém a modalidade mais comum e líquida é a antecipação de recebíveis.
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Quem pode captar recursos com Fiagro-FIDC?
O Fiagro-FIDC permite, portanto, que empresas do agronegócio possam obter recursos junto a investidores para financiar fornecedores e clientes, centralizar caixa para reduzir custos financeiros e recuperar créditos e receitas.
De acordo com o escritório Martinelli Advogados, as principais empresas do campo que podem se beneficiar do Fiagro-FIDC são cooperativas, agroindústrias, agrodistribuidores e produtores rurais.
Não é à toa que os FIDCs, de forma geral, estão crescendo forte nos últimos anos. A B3, empresa que opera a bolsa de valores de São Paulo, indica que foram criados 361 novos fundos de direitos creditórios no ano passado. Na CVM, o número de FIDCs registrados alcançou 1908 no fim de dezembro, uma alta de quase 24% no ano.
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Por que o Fiagro-FIDC está mais atraente para investidores?
O levantamento do escritório de advocacia mostra que o agro representa quase 4% das carteiras de direitos creditórios negociadas no mercado financeiro, o que mostra que ainda há muito espaço para o setor crescer nesse tipo de captação, considerando sua representatividade em nossa economia.
Esse forte avanço dos FIDCs se deve à maior atratividade dos títulos de renda fixa, diante da alta de juros ocorrida desde o primeiro trimestre de 2021, quando a taxa básica (Selic) saiu da mínima de 2% e alcançou os atuais 13,71%.
Isso acabou trazendo mais investidores para esse mercado, graças às taxas de remuneração mais altas e ao fato de o agronegócio ser um setor pujante em nossa economia e, portanto, atrativo para investimentos.
De acordo com Felipe Souto, CEO do Grupo Bloxs, ecossistema de investimentos alternativos e soluções de acesso ao mercado de capitais para pequenas e médias empresas, inclusive do agronegócio:
Quem vem sustentando o PIB e a balança comercial brasileira nos últimos anos é o agronegócio, que teve um ganho expressivo de produtividade, adotando as melhores práticas e tecnologias disponíveis hoje no mundo. Temos um agro moderno e competitivo, com empresas bem administradas e, portanto, atraentes para o investidor, que quer ter participação em negócios do setor.
A Bloxs já estruturou diversas operações para empresas do agronegócio no mercado de capitais, seja na forma de contratos de investimento coletivo (crowdfunding) de até R$ 15 milhões, ou operações estruturadas, como debêntures, CPRs, CRAs e Fiagro, de até R$ 120 milhões.
Com uma equipe de especialistas do setor, a Bloxs oferece um portfólio completo de soluções para os produtores do campo, com um sistema de análise ágil e automatizado das propostas, além da identificação da melhor alternativa de captação, de acordo com as necessidades de crédito de cada empresa.
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Pequeno e médios também podem captar
Os FIDCs se tornaram tão atraentes para as empresas do agronegócio que grandes players passaram a adotar essa modalidade de captação, em razão das suas vantagens em termos de custos e estruturação.
Exemplo disso é a Basf, multinacional alemã que captou R$ 420 milhões em um Fiagro-FIDC para financiar a venda de insumos aos agricultores.
Uma matéria publicada pelo Money Times revela que os recebíveis referentes à comercialização de insumos foram cedidos à Opea Agro Insumos, que será a gestora e a cobradora do fundo. O FIDC da Basf é o primeiro do tipo depois de seis emissões de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) realizadas pela empresa nos últimos anos.
Mas enganam-se os produtores que acreditam que captar recursos no mercado de capitais é apenas “negócio dos grandes”.
Pequenos e médios produtores também podem atrair investidores para os seus negócios através de novas plataformas de tecnologia de acesso ao mercado de capitais, como a Bloxs.
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