O que esperar da Black Friday em 2020? Em tempos de pandemia do novo Coronavírus, muito especula-se sobre como serão as vendas neste dia tão aguardado para quem trabalha na área de vendas.
O fato é que apesar do cenário desafiador em muitos segmentos, grandes empresas estimam recordes nas vendas online, modalidade que apresentou um crescimento expressivo nos últimos meses.
Dados do índice MCC-ENET, elaborado pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico juntamente com o Movimento Compre & Confie, apontaram que as vendas nesse setor aumentaram 110,52% em junho de 2020 na comparação com o mesmo período de 2019.
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Os destaques nas compras realizadas foram equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, resultado principalmente do distanciamento social e da decisão de muitas organizações pelo trabalho remoto, seguidos por móveis e eletrodomésticos, e tecidos vestuário e calçados que ficaram em terceiro lugar.
Mas e como será no dia 27 de novembro, data da tradicional Black Friday? Vale relembrar que a Black Friday foi criada nos Estados Unidos em meados da década de 1990, após o feriado de Ação de Graças, como um dia escolhido para oferecer descontos. No Brasil, a Black Friday chegou em 2011, por meio do portal Busca Descontos e se expandiu para as lojas físicas.
Neste artigo você vai descobrir qual a tendência da Black Friday em 2020 e como aproveitar os descontos para lucrar.
Gigantes do varejo esperam recordes em vendas
A plataforma argentina Mercado Livre realizou uma pesquisa com dados da Ebit Nielsen e IPSOS na qual identificou 41 milhões de visitas ao site em apenas um dia em 2020, número maior do que o alcançado na Black Friday do ano passado, quando alcançou os 32,8 milhões de acessos.
Diante desse cenário otimista, a empresa anunciou investimentos de pelo menos R$ 4 bilhões no mercado brasileiro em suas operações no país, valor também recorde em comparação com os outros anos. E não para por aí! A previsão é que o Mercado Livre invista ainda mais em 2021, com foco na ampliação da capacidade de entregas.
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Quem também estima grandes volumes de buscas e compras pela internet é a Google. Dados divulgados no início do mês de outubro afirmam que no período de 26 de agosto a 22 de setembro de 2020, o número de buscas no site ultrapassou os 72% de pico registrado na Black Friday 2019 nas principais categorias do varejo, que são eletrônicos e utilidades domésticas.
Com o relaxamento das medidas de isolamento social, a expectativa é que as pessoas também realizem compras nas lojas presenciais. No levantamento Peak to Recovery feito pela Criteo, por exemplo, 16 mil das pessoas entrevistadas em 15 países afirmam se sentir confortáveis em frequentar shoppings.
Isso porque, mesmo com a popularização do e-commerce, há quem prefira obter o produto no ato da compra, sem a necessidade de esperar pela entrega do produto, como também pelo valor do frete que acabou subindo dos últimos meses em decorrência da pandemia e também da greve dos Correios.
Participação maior, descontos menores
Apesar das projeções otimistas, de aumento que pode variar de 10% a 30%, a estimativa é que os descontos oferecidos aos clientes sejam menores. Qual a razão disso? A falta de produtos e matéria-prima em decorrência da própria pandemia nos mais variados setores pode acabar resultando em uma necessidade de redução da margem e de custo.
Esse é um dos fatores para que o varejo não consiga oferecer os descontos dos quais os clientes estão acostumados. Por outro lado, para compensar a ausência de descontos mais agressivos, a expectativa é que as lojas e marcas ofereçam condições de pagamento ainda melhores.
As regiões Norte e Nordeste são as que apresentam maior intenção de compra, 92% mais precisamente, de acordo com levantamento da GfK. Do total de consumidores, 38% espera comprar mais na edição 2020 da Black Friday, mesmo em meio ao momento de crise vivenciado em todo o mundo.
A elevação da renda com o pagamento do auxílio emergencial pode ser uma das razões para isso, visto que, somente no Nordeste, a renda média familiar cresceu 26% por conta do benefício.
Itens mais desejados na Black Friday 2020
Com relação às categorias de maior interesse das pessoas na Black Friday 2020, eletrodomésticos e eletrônicos seguem entre os mais desejados.
Estudo realizado pela Provokers apontou que celulares (38%), eletrodomésticos (30%), itens de informática (28%), roupas femininas (28%) e aparelhos de televisão (26%) são as categorias de maior interesse na Black Friday deste ano.
Ainda de acordo com a pesquisa, seis em cada dez consumidores afirmaram que vão esperar a data para adquirir os produtos que pretendiam comprar durante o próximo semestre.
Além disso, reafirmando o que foi apresentado no início do artigo, 82% das pessoas entrevistadas afirmaram que pesquisam os preços na internet antes de comprar e 62% disseram que pretendiam fazer essa busca com antecedência.
Como aproveitar os descontos da Black Friday para lucrar
Todos esses descontos no varejo durante a Black Friday fizeram a data entrar definitivamente para o calendário dos consumidores.
E aqueles mais preocupados com as finanças, obviamente, preferem esperar oportunidades como essa não só para adquirir seus produtos mais desejados, mas também para aplicar o dinheiro economizado em investimentos altamente lucrativos.
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