A BlackRock, maior gestora de recursos do mundo, foi contratada pela unidade de Assessoria a Mercados Financeiros (FMA) para avaliar e vender investimentos relacionados a dois credores quebrados, o Silicon Valley Bank e o Signature Bank, e encontrar compradores para US$ 114 bilhões em títulos deixados para o governo.
O cliente da FMA é a FDIC, agência responsável pela estabilidade do setor bancário americano.
A BlackRock tem um histórico de sucesso em lidar com crises e é reconhecida como a gestora de crises preferida de governos e bancos centrais.
A empresa já ajudou a arrumar o estrago deixado pelos fiascos do Bear Stearns e AIG em 2008, ajudou o Banco Central Europeu com testes de estresse bancário e prestou assistência ao Federal Reserve durante a pandemia em 2020.
Além disso, a BlackRock está assessorando a Arábia Saudita na criação de um novo fundo de infraestrutura e ajudando a Ucrânia a criar um fundo de reconstrução de guerra.
A empresa também está auxiliando o Credit Suisse a se desfazer de títulos complexos depois que o banco foi vendido para o rival UBS.
A equipe da FMA da BlackRock tem que se distanciar dos operadores de mercado e gestores de recursos da empresa e manter seus planos em sigilo para evitar dar a alguém uma vantagem injusta.
Para minimizar possíveis conflitos, o grupo fica em sua própria área no 16º andar da sede da empresa em Nova York e tem acesso separado ao sistema de risco e portfólios da BlackRock, o Aladdin.
A BlackRock parece ter administrado habilmente a rodada inicial de vendas em 18 de abril, que envolveu títulos imobiliários. No entanto, os próximos meses podem ser desafiadores, pois as vendas podem chegar a US$ 2 bilhões por semana e o mercado de títulos imobiliários americano está em curso incerto.